quinta-feira, 29 de março de 2012

Góis: PSD acusa Câmara PS de amadorismo snob

“Impreparação para gerir os destinos do concelho, amadorismo snob e aventureirismo ruinoso” são as acusações que a Comissão Política do PSD de Góis faz à Câmara Municipal presidida pela socialista Lurdes Castanheira, a propósito do indeferimento definitivo da candidatura a fundos comunitários para o empreendimento turístico do Baião.
Os responsáveis políticos social-democratas, a propósito de informação presente na reunião da Edilidade de 27 de Março, tomaram conhecimento que a empresa promotora do projecto do Baião, a Nature Sanus, foi notificada do despacho de indeferimento definitivo da candidatura ao QREN, por parte do Turismo de Portugal.
Os dirigentes do PSD de Góis acrescentam, ainda, que, “em 20 de Fevereiro de 2012 a referida empresa, em assembleia geral extraordinária, decidiu aprovar a sua dissolução e accionar a cláusula de reversão do prédio adquirido à Câmara Municipal, ou seja, devolver o terreno ao erário municipal”.
“O órgão Câmara Municipal não tinha conhecimento oficial de que fazia parte do conselho de administração da Empresa Nature Sanus Turismo, SA, sendo certo que essa nomeação remonta a Julho de 2010 e está vertida nos registos públicos da empresa”, sublinha a Concelhia do PSD, constatando que “mais uma vez o executivo socialista, na senda do passado recente, não conseguiu levar a bom porto uma iniciativa em que se empenhou profundamente”.
“Dado que a empresa Nature Sanus lança acusações veladas sobre a existência de motivos políticos que estarão por detrás da declaração de inelegibilidade, vimos exigir que o assunto seja devidamente esclarecido publicamente, na medida em que há dispêndio de elevadas somas de dinheiro público no projecto e existe responsabilidade objectiva da Câmara Municipal de Góis na vida societária da empresa”, solicitam os sociais-democratas.
“Perante o elevado número de declarações veiculadas na comunicação social num passado recente, fazendo crer que tudo estava a decorrer da melhor forma, incluindo o avanço de datas concretas sobre o início das obras e correspondentes inaugurações”, o PSD sublinham “a total falta de credibilidade do Partido Socialista e do executivo municipal, nesta matéria, uma vez que consideraram os desejos, embora eventualmente legítimos, como certezas sem qualquer fundamento real”.
“Lançar expectativas infundadas na população e nos agentes económicos não é fazer política, é uma farsa política”, comentam os dirigentes sociais-democratas, acrescentando que “o executivo Municipal do PS demonstra, em todo este processo, impreparação para gerir os destinos do concelho, amadorismo snob e aventureirismo ruinoso”.
“Uma gestão municipal profícua para o concelho de Góis exige mais conhecimento da realidade, actuação sóbria e eficaz na aplicação dos recursos e menos show-off mediático”, conclui o PSD.
in campeão das provincias 29.03.12

terça-feira, 27 de março de 2012

Góis pode ser considerada “capital do desenvolvimento social”


Maria de Lurdes Castanheira revela ter sido surpreendida pelos cortes nas transferências, que vão impedir o cumprimento de algumas promessas eleitorais
Diário de Coimbra (DC): Que balanço faz deste mandato à frente da Câmara de Góis?
Maria de Lurdes Castanheira (MLC): O balanço de quase 30 meses é bastante positivo, no entanto não vamos conseguir cumprir na íntegra o conjunto de compromissos que assumimos, porque houve cortes significativos, mais 600 mil euros, nas transferências da Administração Central.



DC: A redução das transferências influencia negativamente os projectos?
MLC: Influencia, mas também gostava de dizer que estamos a fazer muitos outros investimentos e a responder a problemas que não faziam parte do nosso compromisso autárquico.
(Leia mais na edição impressa do Diário de Coimbra)
20.03.12

Alberto Mateus - Força Interior - Pastar em Góis

quinta-feira, 22 de março de 2012

OJumento - PÂO E CIRCO…

SERÁ QUE SOU BURRO….? 


Vai começar o circo. Começa a cheirar a eleições. Os candidatos começam a surgir. Os partidos começam a agitar-se. É a hora de começar a parecer, falar às pessoas como amigos de longa data, fazer esquecer a forma arrogante que se ostentou a seguir às eleições. É a ordem para que os peões de brega comecem a andar nos cafés, a “conversar”, pagar um copo e, a pouco e pouco, vender o candidato e as grandes potencialidades que ele apresenta e que, infelizmente por maldade, alguns não lhe reconhecem. Está na altura de fazer o levantamento das necessidades de décadas de um povo sacrificado e envelhecido e que se transformarão nas promessas eleitorais a fazer sem o mínimo propósito de as realizar. Nem vai ser preciso mentir muito para as justificar: “Muito faz o(a) Sr. (a) Presidente: com esta crise…”

Olhar, para trás? Nem pensar. Auto-crítica: o que é isso?

Vamos ouvir prometer aquilo que já estava prometido e que não se fez. Vai ser a pavimentação das estradas, agora carreiros de cabras, o saneamento, o médico todo o dia nas aldeias, o Centro de dia a funcionar, os transportes inter e intraconcelhios, a EN 342, o Hotel, as praias fluviais onde não passa Ribeira nenhuma, os postos de trabalho, blá, blá ,blá…
E nós, que vamos votar, nós que temos o seu futuro nas mãos, que fazemos? Criticamos nos cafés, refilamos com tantas festas, falamos da fulana que não sabe quem é o patrão pois hoje está a trabalhar aqui, amanhã acolá e depois nem sabe se trabalha, falamos das utentes em lares a pagar mais de mil euros por mês, refilamos com o uso e abuso dos meios públicos para fins particulares, criticamos o Presidente da Junta que está, com dinheiros públicos, está a montar um café para fazer concorrência aos outros dois que mal se conseguem auto-sustentar, gritamos que aquela só ganhou o concurso para ingresso na Câmara porque se inscreveu no Partido, gritamos que o outro só está na política para servir a sua empresa e já “lá” meteu a mulher, da promiscuidade entre instituições, do pagamento de refeições privadas com dinheiros públicos, etc., etc., etc.

Mas, está quase a começar o circo. Vamos conhecer os novos, velhos candidatos com as novas, velhas propostas. Vamos ser convidados (convocados) para os jantares, primeiro de apoio, depôs de candidatura e, mais tarde, de campanha. Vamos perceber que, embora não nos tenham contactado em três anos e recusado as nossas chamadas, afinal não tinham perdido o nosso número de telemóvel. Vamos perceber que, afinal, até se lembravam que tínhamos pais doentes ou filhos a necessitar de apoio. Como vamos odiar a palavra solidariedade. Como vamos odiar-nos por sermos assim, tão radicais, tão amargos. Como vamos odiar-nos por termos uma memória tão lúcida. Afinal, que queremos nós? O que vemos nos jornais é que está tudo bem, o turismo é muito, o comércio está óptimo, até paga para lhe fazerem as montras para entrarem em concursos camarários, as empresas não param de trabalhar e não têm dificuldade em escoar os seus produtos, temos a festa da truta mais o cabrito da Makro, a tigelada e o mel. Bem, sempre há empresas que fecham. Bem mas isso é porque os empresários estavam habituados a ganhar demais. Agora os concursos para obras da Câmara são, finalmente, transparentes e, por isso, as obras são ganhas por empreiteiros de fora, muito mais bem apetrechados e equipados. É um mimo ver as obras acabadas dentro do prazo; não é como era dantes que se arrastavam no tempo. Como é bom percorrer as ruas de Góis sem tapumes de obras infindáveis no tempo. Claro que também há alguns (muitos) jovens que emigram. Pudera, são jovens e querem é ganhar dinheiro sem fazer nada. Agora, até deram em levar as mulheres e construir a sua vida no estrangeiro. Mal agradecidos! Não querem viver neste concelho privilegiado pela Natureza. Burros…


Ainda bem que temos uma imprensa isenta que não pára de noticiar tudo aquilo que, não sendo notícia, convém publicar. E para quê publicar o que é mau? Já basta aquilo que sofremos. Para quê aumentar a dor? Daqui a pouco estamos todos com uma depressão. Espero que sejam bem pagos, que eles merecem. Bem fazem aquele que, pelo menos, ao fim de semana arejam e vão para as cidades onde moram. Sempre arejam as ideias e as “lecas” que cá ganham. Abençoados sejam. Em Alvares, os porcos já passeiam nas ruas. Ainda os havemos de ver a tomar café no Bar novo…


E, pronto, cá temos o Circo. Já era assim no tempo dos Romanos: pão e circo. Dava-se o pão e promoviam-se espectáculos para que as pessoas se distraíssem e não percebessem que estavam a ser espoliados dos seus direitos e liberdades por políticos impreparados e incompetentes.


Mas, cuidado.
Por cá, já falta o Pão. E, quando falta o Pão, o circo pode vir abaixo…
21/3/12 03:46

terça-feira, 20 de março de 2012

Enfermeiros denunciam tentativas de reutilização de materiais não reutilizáveis


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) denunciou hoje tentativas de reutilização de materiais que não são reutilizáveis em serviços como a diálise, os transplantes ou a cardiologia (pacemakers) que podem pôr em causa a segurança e a vida dos doentes.
Numa conferência de imprensa sobre o impacto das políticas de saúde, o dirigente do SEP José Carlos Martins enumerou vários exemplos da perda de qualidade dos serviços e do material disponibilizado nos serviços de saúde que estarão relacionados com os cortes financeiros.
“Este corte de milhões de euros nas instituições está a provocar uma degradação da qualidade e quantidade de materiais de uso clínico”, disse José Carlos Martins.
O enfermeiro deu exemplos de situações graves, como a tentativa de reutilização de materiais que não são reutilizáveis, como pacemakers, que o sindicato está a apurar de forma a apresentar os casos às “autoridades competentes”.
As áreas da diálise ou dos transplantes foram igualmente apresentadas como as que registam estas tentativas de reutilização indevida de materiais.
Compressas que se deterioram, balões de soro que vertem este material, obrigando à sua substituição, pensos e adesivos de qualidade duvidosa foram outros exemplos apontados por José Carlos Martins.
Além do material, este dirigente sindical disse que “estes cortes – aplicados de forma séria nas instituições – está a provocar a saída de enfermeiros sem que estes sejam substituídos”.
“Temos um número de enfermeiros muito inferior às necessidades dos internados e das dotações seguras que o Ministério da Saúde fixou para as instituições”, disse.
José Carlos Martins sublinhou que, nos serviços cirúrgicos, com uma enorme rotação de doentes, “os enfermeiros já não têm condições de fazer o conjunto de atividades que sabem e que os doentes têm direito”.
Segundo este responsável sindical, a situação é de tal forma grave que já há hospitais com doentes internados nos refeitórios (como no Hospital de Évora), macas nos corredores, enfermarias com mais camas do que aquelas que estavam preparadas, ou menos enfermeiros por turno.
Todos estes casos proporcionam maiores riscos para os doentes, nomeadamente ao nível das infeções hospitalares, mas também afetam os cuidados, como o tratamento de escaras, para o qual já “não existem enfermeiros em número suficiente”.
José Carlos Martins alertou para o aumento do internamento de doentes institucionalizados que chegam aos hospitais com escaras não tratadas.
Perante este cenário, o SEP considera que “os enfermeiros têm razões acrescidas para participar na greve geral de quinta-feira, resultante de “uma enorme onda de insatisfação, frustração e desmotivação no seio da classe”.
in ionline 20.03.12

terça-feira, 13 de março de 2012

Desempregados vão ter entrevistas de emprego acompanhadas para travar fraude

Dentro de três meses, os desempregados inscritos nos centros de emprego vão ter de aceitar entrevistas acompanhadas. Esta é uma das medidas de combate à fraude na procura activa de emprego previstas no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, hoje aprovado em Diário da Republica.

Os centros de emprego vão passar a dispor de “mecanismos que permitam reduzir as práticas fraudulentas no âmbito da procura activa de emprego, nomeadamente recorrendo à figura das entrevistas acompanhadas”, lê-se no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, hoje aprovado em Diário da Republica. A medida deve estar implementada dentro de três meses.

Esta é apenas uma das alterações previstas neste documento, cujo objectivo é “acelerar e potenciar a contratação e a formação dos desempregados, melhorando o acompanhamento que lhes é proporcionado”.

Por outro lado, todos os novos desempregados que se inscrevam num centro de emprego tenham uma acção de formação obrigatória no prazo máximo de duas semanas. Uma alteração que deverá entrar em vigor no prazo de dois meses.

O Governo pretende convocar os desempregados já inscritos, com o objectivo de “refrescar” a informação sobre o perfil dos mesmos e de os reencaminhar para medidas activas ou passivas de emprego. Será dada prioridade a desempregados inscritos há mais de seis meses ou com45 anos ou mais. Os jovens serão preferencialmente reencaminhados para ofertas, estágios ou acções de formação.

9.03.12 in jornal de negócios

quinta-feira, 8 de março de 2012

Empresas resistem a garantir horários flexíveis a mulheres que são mães

Recusa de direitos tem que ser avaliada pela CITE. Pareceres sobre o assunto subiram 88% em 2011. 
Quando a flexibilidade nasce não é para todos. As sucessivas reformas laborais têm tido o objectivo de garantir que as empresas passem a ter margem para alterar os horários em função das suas necessidades. Mas da mesma forma que os sindicatos se opõem às novas medidas, os empregadores evitam os regimes de flexibilidade que já existem, nomeadamente quando em causa estão os regimes a que os pais trabalhadores têm direito por lei.
in jornal de negocios 8.03.12

Despedimento de grávidas está a subir

Ao longo do ano passado, a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) recebeu 114 pedidos de parecer relativos ao despedimento de mulheres grávidas, que tiveram um filho há menos de 120 dias ou que estão a amamentar.
A lei laboral obriga a que a CITE seja consultada nestes casos, já que se presume que possa haver uma situação de discriminação. No ano anterior, o número de pedidos efectuados à CITE foi de 97, revelam os dados solicitados pelo Negócios.
in jornal de negocios 8.03.12

quinta-feira, 1 de março de 2012

Conselho de Parceiros da Beira Serra‏ - Beira Serra beneficia de reforço financeiro do PRODER

Estes projectos inserem-se sobretudo nos sectores considerados como prioritários na ELD – o Turismo e as Respostas Sociais.
Assim foi possível apoiar a criação de 14 novas unidades TER que irão possibilitar a criação de 92 camas em toda a Região, bem como iniciativas que contribuem para a afirmação da Beira Serra como destino turístico de qualidade, como seja a recuperação de património, arquitectónico ou paisagístico ou pequenas estruturas de produção e comercialização de produtos endógenos.
O apoio à dinâmica empresarial da Região, traduz-se na criação de 20 novas micro-empresas, decorrentes dos investimentos apoiados pelo SP3 Proder, o que é assinalável num Território como a Beira Serra, para mais na conjuntura que o País atravessa.
Na área do apoio social, foram aprovados projectos apresentados por 21 IPSS, que assim promovem o aumento ou requalificação dos serviços prestados às populações mais idosas e isoladas, com destaque para o Serviço de Apoio Domiciliário e para os Centros de Dia.
Ao nível do emprego, dos projectos em curso prevê-se a criação de 111 novos postos de trabalho, que na sua maioria serão ocupados por jovens e mulheres, o público-alvo identificado como prioritário na Região. Estima-se que os apoios disponibilizados pelo SP3 Proder, contribuirão ainda para a preservação de cerca de 80 empregos, que de outra forma poderiam ser colocados em causa.
Em termos da concretização efectiva dos projectos aprovados, traduzida em pedidos de pagamento formalizados junto da ADIBER, a taxa de execução da despesa pública programada na ELD é de 30,8%, pelo que a Região está a responder com eficácia aos desafios lançados, demonstrando a necessidade destas ajudas para a concretização dos projectos de investimento por parte dos promotores locais.
Face a estes indicadores de execução foi possível ao GAL ADIBER /Beira Serra beneficiar do reforço financeiro da ELD, através da Reserva de Eficiência recentemente distribuída aos GAL.
Assim, para a execução da Estratégia Local de Desenvolvimento este Território terá disponível uma dotação suplementar de cerca de 1,2 milhões de euros, que será utilizada no aumento das ajudas disponíveis para as Medidas 3.1. (sector empresarial e turismo) e 3.2 (apoio social e reabilitação de património), o qual será disponibilizado em novos Concursos a abrir em breve.
Este é um importante reconhecimento do trabalho que o GAL ADIBER/Beira Serra tem vindo a desenvolver com os seus parceiros, demonstrando a capacidade da Região em absorver as ajudas que lhe são concedidas, transformando as suas ideias em iniciativas concretas geradoras de emprego e de riqueza.
Aprovado o novo plano financeiro da ELD com a introdução deste reforço financeiro é intenção da ADIBER proceder à abertura dos novos concursos a partir da 2ª quinzena do mês de Março sendo realizadas antecipadamente as sessões de divulgação em todos os Concelhos deste Território.

IIIº Congresso da Beira Serra
O Conselho de Parceiros da Beira Serra aprovou ainda a realização do III Congresso da Beira Serra, que se realizará no próximo mês de Outubro, em Arganil.

Considerando que está a ser discutido pela Comissão Europeia em Bruxelas o novo pacote de ajudas financeiras aos Estados Membros para o período de programação 2014-2020, a ADIBER e os Municípios de Arganil, Góis oliveira do Hospital e Tábua entendem que é fundamental que a Beira Serra tome consciência da necessidade de se preparar atempadamente para beneficiar destes apoios, essenciais para a consolidação do seu desenvolvimento.
Para tal, deve ser aberta a discussão pública sobre os eixos nos quais deve assentar a Estratégia a implementar nesta Região no período pós-2013, envolvendo todos os parceiros e actores locais, públicos e privados, bem como as próprias populações, de modo a definir um modelo de desenvolvimento partilhado que possa ir ao encontro das suas reais necessidades, influenciando as politicas publicas que estão previstas para estes Territórios. 
in Arganil.eu

Jantar Debate sob o tema “Reforma da Administração Local”

Realizou-se ontem, 22 de Fevereiro, um Jantar Debate sob o tema “Reforma da Administração Local”, organizado pela Concelhia de Góis do Partido Socialista.
Esta iniciativa, que contou com a presença do Prof. Doutor António Rochette, Prof. da Universidade de Coimbra e Coordenador do Gabinete de Estudos do PS Coimbra, teve como objectivo a discussão da Proposta de Lei n.º 44/XI, recentemente aprovada pelo Conselho de Ministros e que pretende implementar uma reorganização administrativa territorial autárquica.
Para Maria de Lurdes Castanheira, este Jantar Debate, pretendeu ser um momento de reflexão sobre as questões da reorganização do território, agora que o actual governo apresentou uma Proposta de Lei e descartou definitivamente a discussão em torno do Documento Verde. Agradeceu e salientou a importância da presença de António Rochette, especialista na matéria, face às novas orientações contidas na referida proposta, que será discutida em sede de Plenário da Assembleia da Republica muito em breve e que irá, de forma inequívoca, condicionar o futuro do Pais e das suas Freguesias.
António Rochette efectuou uma breve apresentação da nova Proposta de Lei, salientando sobretudo o facto de agora, contrariamente ao que acontecia no Documento Verde, o Governo pretender “empurrar” para os Municípios, em especial para as Câmaras Municipais a decisão de extinguir as Freguesias dos seus Concelhos. Se antes definia o critério que as actuais Freguesias deveriam cumprir para se manterem, actualmente esta condição não se verifica, sendo obrigatória a redução de 25% das Freguesias, independente do número de habitantes, número de equipamentos, distância face à sede de Concelho, que cada Freguesia apresenta.
Referiu igualmente que esta nova Proposta de Lei, não considera um grande numero de características destas estruturas autárquicas, assumindo-se como uma proposta que enferma de graves lacunas que fazem dela uma má reorganização do território. Segundo este especialista, um dos muitos exemplos destas lacunas é o facto da proposta “olhar” da mesma forma as Freguesias Rurais do Interior do País e as Freguesias “Rurais” que circundam as grandes cidades.
António Rochette, afirmou ainda que o PS , através do seu Secretário Geral, já tomou uma posição publica, a qual vai no sentido da não extinção de Freguesias Rurais, por entender que o Governo não a está considerar a Função Social das Freguesias Rurais.
Miguel Ventura, responsável do Gabinete de Estudos do PS Coimbra para a Região do Pinhal Interior Norte, salientou a importância das Freguesias e dos seus eleitos para as populações, sobretudo aquelas em que a população é mais envelhecida e mais isolada e que por esses motivos tem mais dificuldades no acesso a bens e serviços.
No decurso do debate, usaram da palavra todos os Autarcas presentes, os quais afirmaram que a decisão anteriormente tomada por unanimidade em sede de Assembleia Municipal, e que vai no sentido de não extinguir nenhuma das Freguesias do Concelho por considerarem que todas elas são fundamentais para a salvaguarda dos direitos das populações do Concelho de Góis, deverá manter-se. Considerando que o que está em causa são as pessoas e não uma divisão a “régua e esquadro”, elaborada num qualquer gabinete em Lisboa.
Encerrou os trabalhos a Presidente da Concelhia do PS, que se congratulou por mais uma vez o PS de Góis surgir na linha da frente da discussão de temas importantes para o futuro, ao promover este debate interno.
Refere igualmente a Edil de Góis que, embora tendo sempre presente que nenhum Concelho está acima da Lei, caso esta nova proposta seja aprovada pela maioria de direita, Góis assumirá de forma incondicional e intransigente a manutenção das 5 Freguesias.
Lurdes Castanheira manifestou de forma veemente o seu desacordo face ao desrespeito claro e objectivo que esta nova proposta de lei, configura, face à especificidade de cada Freguesia, sobretudo as Freguesias Rurais, que fruto da sua localização, orografia, características da população residente, com uma elevada taxa de envelhecimento, irão mais uma vez ser preteridas em detrimento dos grandes aglomerados, ao impedir estes cidadãos de terem acesso aos mesmos bens e serviços que os seus concidadãos que residam em áreas mais urbanas, referindo que este governo não pode continuar a privilegiar os números face às pessoas.
Referiu igualmente, que a Câmara Municipal de Góis se encontra atualmente a analisar diferentes metodologias de trabalho no sentido de apresentar formalmente um estudo que salvaguarde os reais interesses das populações e reforce a imperativa necessidade de manter todas as Freguesias do Concelho de Góis. 
in Arganil.eu