terça-feira, 31 de maio de 2011

Quem ganha com a abstenção - IMPORTANTE

Sabia que nas legislativas de 2009, mais de metade dos eleitores não votaram nos partidos que nos governam há mais de 30 anos? A abstenção, o voto nulo e o voto branco reforçam os partidos dominantes e ajudam a que fique tudo na mesma. No dia 5, se não quer que os outros decidam por si, VOTE! Partilhe esta informação!


sábado, 28 de maio de 2011

Ana Jorge considerada “persona non grata”


Declarações ao Diário de Coimbra, em que a cabeça-de-lista do PS pelo distrito recupera a possibilidade de autocarros em vez do metro, desencadearam “onda” de protesto
Menos de 15 dias depois de “soltar aos quatro ventos” a «vontade firme» do PS em concretizar o projecto Metro Mondego, Ana Jorge deixou perceber, em entrevista ao Diário de Coimbra publicada ontem, que a implementação de autocarros, sistema de transporte «menos oneroso», pode ser o caminho a seguir para a Linha da Lousã.
Nunca a memória de um candidato terá sido tão curta e tão inábil, na opinião dos defensores da reposição da ferrovia no ramal da Lousã. Ora na nas redes sociais da internet, ora fazendo chegar ao Diário de Coimbra notas de repúdio e de estupefacção, os defensores da reposição da ferrovia no ramal da Lousã pediram a “cabeça” da cabeça-de-lista socialista pelo Círculo de Coimbra. Ou, por outras palavras, que seja o próprio PS a retirar a actual ministra da lista de candidatos pelo distrito.


Ana Jorge não terá “só” esquecido o que disse a 6 de Maio, aquando da apresentação dos candidatos socialistas. Ignorou o valor e importância de uma petição promovida pelo Diário de Coimbra com a indignação de mais de 10 mil pessoas, passou ao lado do movimento que se criou entre os utentes de Coimbra, Miranda e Lousã e, não menos grave, esqueceu a democracia, ao desvendar que o futuro socialista não passa por cumprir uma deliberação da Assembleia da República, tomada há apenas quatro meses. Foram, então, os parlamentares do país, de todos os partidos políticos, a decidir que o projecto Metro Mondego será sobre carris, em ferrovia.
«A culpa é de quem a convidou», lia-se ontem no Facebook, onde os cibernautas foram pródigos neste tipo de comentários. Imposta ou convidada, Ana Jorge vai representar o distrito no Parlamento mas, assegurou Mário Ruivo, o futuro Governo socialista estará lá para cumprir a promessa e garantir a ferrovia. Aliás, garantiu o líder da federação de Coimbra do PS, a defesa da ferrovia é uma posição «inequívoca e intransigente» de todas as estruturas socialistas no distrito.

“Caiu a máscara ao PS”
«Não vale a pena estarem a desviar as atenções do que é essencial», avisou Mário Ruivo, depois de defender Ana Jorge: «pelo que consegui saber, estava a lembrar as diferentes hipóteses que estiveram em cima da mesa», no caso Metro.
A solidariedade política de Mário Ruivo colide, no entanto, com a perspectiva e tempo verbal utilizado pela candidata, dando a entender um horizonte futuro, mas possivelmente próximo: «esse pode ser o caminho a seguir, mas é preciso ver a compatibilização desse tipo de autocarros com os túneis», disse Ana Jorge na entrevista.
Pois é, «caiu a máscara ao PS», observa Marcelo Nuno, ao lamentar que os socialistas andem a «fazer de conta que estão a cortar nas despesas», referindo-se à comissão antigorduras, criada para separar o essencial do acessório e, assim, reduzir custos no projecto de Mobilidade do Mondego. O PS entrou no pagode, critica o líder distrital do PSD, lamentando que só falte um pequeno pormenor - o da compatibilização com os túneis - para se optar pelos autocarros.
«É tempo de mudar de vida e acabar de vez com a mentira e a irresponsabilidade de quem não só não sabe governar como não tem o mínimo respeito pelo povo e lhe mente descaradamente», escreve Marcelo no Facebook.

“Gente sem vergonha”
E se as palavras do líder social-democrata parecem duras, quase se tornam simpáticas se comparadas com as do porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Lousã e Miranda. Jaime Ramos reclama o direito à «crítica frontal» para apontar a «loucura da Senhora Ana Jorge, o seu espírito antidemocrático e de desprezo pelo distrito e por Coimbra». Invocando a decisão da Assembleia da República, em «que todos os partidos foram unânimes na sua exigência» de reposição de ferrovia, Jaime Ramos classifica a cabeça-de-lista socialista «de persona non grata» e remete para o PS a obrigação de retirar a sua candidatura.
«Se o Partido Socialista a mantiver como candidata mostra que as verdadeiras intenções foram só destruir o ramal da Lousã, garantir alguns milhões a empreiteiros e vender carris a “sucateiros”», resume, ao lançar um desafio aos deputados socialistas que votaram pela ferrovia: «têm de dizer se toleram estas afirmações da Senhora Ana Jorge e se convivem com uma política de gente sem vergonha».
Num discurso igualmente contundente, Fátima Ramos, presidente da Câmara de Miranda do Corvo, vê nas declarações de Ana Jorge «um atentado, um caso de polícia». «Queremos na linha um sistema ferroviário de transporte», sentencia a autarca social-democrata, antes de lembrar que «as pessoas merecem respeito» e que «nenhum Governo tem o direito de destruir, gastar dinheiro de todos nós e a seguir colocar um sistema de transporte pior do que o que existia».


É preciso bom senso, aconselha Fátima Ramos, lembrando que há cada vez mais famílias a viver com dificuldades, o que leva a uma maior necessidade de transportes públicos. O Diário de Coimbra não conseguiu ouvir, apesar das tentativas, João Paulo Barbosa de Melo e Fernando Carvalho, presidentes, respectivamente, das Câmaras Municipais de Coimbra e da Lousã. 
in Diário de Coimbra 28/05/11

PS faz desaparecer imigrantes da campanha depois do escândalo (ilustração livre)

As dezenas de imigrantes paquistaneses e indianos que têm agitado bandeiras, dado apertos de mão ao secretário-geral do Partido Socialista nos últimos dias e enchido salas de comício não compareceram ontem na campanha do PS em Campo Maior. A direcção de campanha garantiu ao i que se trata de uma "estrutura voluntária que não é controlada" e que poderá não voltar a aparecer. O desaparecimento destes apoiantes -comerciantes do Martim Moniz, em Lisboa, e trabalhadores da construção civil que estiveram com José Sócrates em Beja, Coimbra e no comício de Évora de sábado - acontece depois de os órgãos de comunicação social, atraídos pelos turbantes, terem começado a fazer perguntas.


"Sócrates é muito boa pessoa, tratou de dar nacionalidade, tratou de tudo", disse ao i um dos indianos presentes no comício de Sábado em Évora, onde foram poucos os alentejanos a encher a sala e visível a população de turbantes. A campanha garante que os imigrantes "se ofereceram em Lisboa como voluntários para acompanhar a comitiva socialista". Ainda assim, há entre os viajantes casos de fome e garantias de que a presença nos comícios é trocada pela certeza de uma refeição quente.



Ontem, o tema foi abordado indirectamente pelo candidato centrista. "Não é preciso trazer gente de fora, nem em transporte colectivo organizado pelo partido. A gente está aqui porque quer e porque está a pensar seriamente votar CDS", afirmou Paulo Portas em Ponte Lima. Nas redes sociais, também houve ecos. Nogueira Leite, conselheiro económico do PSD, ironizou, dizendo que o alegado apoio dos imigrantes nos comícios socialistas em troca de refeições era um exemplo do Estado social que Sócrates defendia. 



Publicitado o caso, desapareceram, primeiro, alguns turbantes - substituídos por chapéus de campanha do PS. Depois, sumiram-se os imigrantes, muitos que mal articulavam uma palavra em português e que não podiam votar nas eleições legislativas de 5 de Junho por não terem nacionalidade portuguesa. A duvida fica: se foram transportados de Lisboa para o Alentejo no autocarro socialista como é que regressaram a casa?



Encostar PSD à direita Nos últimos dias, José Sócrates tem tentado encostar o PSD à direita, numa tentativa de captar votos ao centro. Uma estratégia seguida desde o início da campanha oficial. O secretário-geral socialista agitou o fantasma do regresso aos tempos da ditadura, se o PSD vencer as eleições. "O que ele querem é que haja uma educação para pobres e outra para ricos como havia antes do 25 de Abril", disse o candidato em Elvas, depois de já ter dito em Ourém que o país "teve uma ditadura que nunca apostou na educação", reservada nesses tempos "às elites".



A intenção dos socialistas é a de distanciar o projecto de Passos Coelho da social-democracia e colá-lo o mais possível à direita. Nas muitas referências feitas ao PSD nos primeiros dois dias de campanha, Sócrates critica o projecto de revisão constitucional e as alterações que o programa de Passos preconiza para o Estado social. "O modelo social europeu não é só património dos socialistas, é também dos social-democratas e da doutrina social da igreja católica", afirmou Sócrates, num almoço, no sábado, em Ourém, acusando Passos Coelho de ter "um preconceito social".



O discurso do PS não foge muito do guião definido para esta campanha e passa essencialmente por ataques ao PSD e pela defesa do Estado social, principalmente em áreas como a educação a saúde e o trabalho. "Lutaremos contra o aventureirismo privatizador da direita nas funções sociais do Estado", disse Pedro Marques, cabeça-de-lista por Portalegre, em Elvas.



Os ataques a Passos Coelho não são só feitos pelo secretário-geral do PS e vários socialistas têm realçado o facto de o presidente do PSD não ter experiência de governo. "Não tem experiência, nem equipa", disse o ministro da Agricultura, António Serrano, num almoço em Ourém no Sábado. Umas horas depois em Évora foi Capoulas Santos a acusar Passos Coelho de ter enviado o seu "putativo ministro das Finanças para o exílio no Brasil". Em declarações ao i, o ex-director de campanha de Sócrates para a liderança do PS disse que Catroga "tem muito poucas condições" para integrar um governo de coligação, se o PS vencer as eleições e fizer uma aliança com os sociais-democratas, e classificou como "um susto" a "entourage" de Passos Coelho.



A presença de Sócrates nas arruadas é contida e o PS aposta sobretudo nos almoços e nos comícios ao fim do dia. Em Campo Maior - terra com uma forte influência do comendador Rui Nabeiro, dono da Delta Cafés - o PS conseguiu, até agora, a melhor arruada. Os imigrantes indianos e paquistaneses foram substituídos ontem na rua pelos trabalhadores das empresas do grande magnata do café - o principal empregador da região. O secretário-geral do PS não tem escapado a algumas críticas dos populares, que se insurgem contra a situação a que o país chegou e, como dizia um habitante de Évora, contra "os luxos gastos em campanha". Os socialistas já garantiram que vão gastar menos do que o habitual, mas não abdicaram - como os partidos de direita - dos outdoors, embora só tenham colocado um cartaz em cada distrito.
in i online, 23/05/11

quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Campanha esclarecedora, ou nem por isso


O tema cen­tral desta cam­panha teria de ser a questão da dívida sober­ana, do défice e o con­se­quente pedido de ajuda externa. Mas será que resolvi­das estas questões, temos cam­inho aberto para um futuro risonho? Não me parece.

Até ao momento não foi dis­cu­tido o papel que Por­tu­gal deve adop­tar numa União Europeia (UE) que mostra cres­centes sin­tomas de desagre­gação ou no mín­imo de falta de sol­i­dariedade. Que pos­tura assumir per­ante lid­er­anças que põem em causa tudo aquilo que rep­re­senta o “sonho europeu”? Até agora, nen­hum can­didato daquilo a que chamamos “arco da gov­er­nação” ousou pro­ferir qual­quer comen­tário, evi­tando futuros embaraços.
Para Por­tu­gal é deci­sivo saber qual o cam­inho que a UE vai seguir: rumo a uma maior inte­gração ou rumo ao apro­fun­da­mento da frac­tura. É aqui que se joga o futuro do país, porque em antítese ao que vem sendo dito pelos nos­sos prin­ci­pais inter­locu­tores políti­cos, Por­tu­gal sem­pre neces­si­tou de apoio externo (primeiro da Santa Sé, aquando da inde­pendên­cia; segundo, da aliança inglesa; ter­ceiro, do apoio europeu pós-PREC). Ire­mos a eleições sem saber qual a visão de cada um dos can­didatos rel­a­ti­va­mente ao cenário inter­na­cional ao qual esta­mos inti­ma­mente ligados.
Con­tin­uando no espec­tro inter­na­cional, seria impor­tante perce­ber qual o per­fil da política diplomática a adop­tar face às rev­oluções no Magrebe e no Próx­imo Ori­ente, obvi­a­mente condi­cionado pela pertença àNATO e à UE. Prob­le­mas rela­ciona­dos com migrações, aumento do preço do petróleo e ter­ror­ismo podem ser fac­tores tremen­da­mente deses­ta­bi­lizadores. Está por saber qual a visão dos pre­tendentes a primeiro-ministro.
Podemos con­statar algu­mas simil­i­tudes entre as recentes man­i­fes­tações em Espanha e as revoltas árabes. Em ambas vemos jovens que não acred­i­tam no sis­tema político e seus rep­re­sen­tantes, em luta por uma democ­ra­cia real que lhes per­mita mel­ho­rar a sua condição. Tal como o pro­fes­sor Adri­ano Mor­eira tem vindo a aler­tar, “a fron­teira da pobreza tem cam­in­hado para Norte, tendo já ultra­pas­sado o Mediter­râ­neo”, tor­nando os nos­sos prob­le­mas cada vez mais próx­i­mos aos do hem­is­fério sul, que jul­gá­va­mos tão distante.
O recente protesto da “ger­ação à rasca”, mesmo pecando pela inca­paci­dade de apre­sen­tar pro­postas conc­re­tas, mostrava uma ger­ação que não se sente rep­re­sen­tada pelos seus políti­cos e evi­den­ci­ava ainda um total descrédito no actual sis­tema. Seria impor­tante reti­rar algo destes exem­p­los no sen­tido de evi­tar o recrude­sci­mento da insat­is­fação dos jovens em par­tic­u­lar e da pop­u­lação em geral. Até ao momento, nen­hum can­didato aludiu a estas problemáticas.
Ao nível estri­ta­mente interno, obser­va­mos que foi esque­cido o tema da edu­cação. Depois de todos os par­tidos da oposição tentarem inter­romper a avali­ação dos pro­fes­sores, em cam­panha ninguém falou do assunto. Bem sei que é um tema difí­cil e que retira votos, mas não seria a altura de cada um se com­pro­m­e­ter com aquilo em que acredita?
A cul­tura ficou arredada da dis­cussão política. Ecoam sus­piros de quem quer passá-la a sec­re­taria de Estado, aprovei­tando a falta de din­heiros para sus­ten­tar tal decisão. Os nos­sos can­didatos pare­cem esquecer-se que a cul­tura é uma dis­ci­plina da política, tão impor­tante à sua com­preen­são como qual­quer dis­ci­plina metafísica.
O prob­lema demográ­fico é clara­mente dos mais pre­mentes, tam­bém ao nível europeu. No entanto, não surge hoje na agenda mediática, tornando-se facil­mente descartável.
Temos ainda a justiça, sis­tem­ati­ca­mente alvo de von­tades reformis­tas, sem que as mes­mas não passem de sim­ples notas pro­pa­gandís­ti­cas, pois é sabido que falta a cor­agem para mexer num lóbi com tan­tas lig­ações e sobreposições à própria política.
Por fim, de rel­e­var a ausên­cia do tema cor­rupção desta cam­panha, que vem reforçar o seu carác­ter tabu, como se não se tratasse de um aten­tado ao fun­ciona­mento daquilo a que gostaríamos chamar Estado de Direito.
Esta cam­panha não con­segue chegar junto dos cidadãos, pois con­tinua cen­trada na per­son­al­iza­ção da política, onde reina o ataque à pes­soa ao invés da apre­sen­tação de ideias e mod­e­los de desen­volvi­mento. Quando se fala na defesa ou ataque ao Estado Social ninguém demon­stra como finan­ciará a sua manutenção, ou então como com­pen­sará a sua diminuição. Ninguém ref­ere que a crise que vive­mos além de económica e finan­ceira é acima de tudo uma crise moral e de con­fi­ança. Mais do que dis­cussões suposta­mente ide­ológ­i­cas diluí­das na espuma dos dias pre­cisamos de capaci­dade para uma refundição do Estado democrático, aproximando-o do seu fim primeiro – servir o cidadão.
in Publico, 27/05/11 David San­ti­ago, 27 anos, mes­trando em Relações Inter­na­cionais no ISCSP

domingo, 22 de maio de 2011

Dez zonas do país com níveis muito altos de radiação ultravioleta

 Dez zonas do país apresentam hoje um nível de radiação ultravioleta (UV) muito alto, de acordo com dados do Instituto de Meteorologia (IM).

As zonas de Bragança, Coimbra, Évora, Lisboa, Penhas Douradas, Viana do Castelo, Faro, Sines, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nos Açores, e Funchal, na Madeira, apresentam níveis muito altos de radiação ultravioleta, entre os índices 8 e 10, numa escala em que o máximo é o índice 11.

De acordo com o IM, a incidência de radiação será maior entre as 11h00 e as 15h00 em Bragança e em Faro, entre as 12h00 e as 15h00 em Coimbra, Évora, Lisboa, Sines e Viana do Castelo, entre as 12h00 e as 17h00 no Funchal e entre as 12h00 e as 16h00 em Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada.

No caso de índice muito alto, o IM aconselha a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, protector solar e guarda-sol, bem como evitar a exposição das crianças ao Sol.

A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível de UV exceder os limites de segurança.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, consoante o índice que chega ao 11.

No continente, o IM prevê para hoje céu pouco nublado, aumentando de nebulosidade durante a tarde, com possibilidade de aguaceiros e trovoada, vento fraco e pequena subida da temperatura máxima.

Para o arquipélago da Madeira estão previstos períodos de céu muito nublado e aguaceiros fracos nas vertentes norte e vento moderado.

Nos Açores, o IM prevê períodos de céu muito nublado, com boas abertas e vento fraco a bonançoso.

O IM prevê para Lisboa uma temperatura máxima de 26 graus Celsius, para Faro de 25º e para o Porto de 22º. 

in Público 23/05/11

ESCOLAS PÚBLICAS... AS DIFERENÇAS ENTRE PASSOS E SÓCRATES...


José Sócrates acusa Pedro Passos Coelho de não querer escolas públicas boas.
Com essa acusação, Sócrates, o dissimulado, quis fazer passar-se por paladino da escola pública.
Só que os factos desmentem Sócrates.
José Sócrates tem os dois filhos, Eduardo e José Miguel, em colégios privados de elite: Colégio Moderno e Colégio Alemão.
Pedro Passos Coelho, tem as duas filhas, Joana e Catarina, em escolas públicas.
É tempo de vermos a realidade para além das aparências, das mentiras e das ilusões plantadas pela cegueira ideológica.
Carlos Ferreira

Grupo holandês visitou Góis

O Município de Góis procura promover a divulgação do concelho como destino turístico, assim como dinamizar acções de promoção das empresas locais. Neste sentido, ontem recebeu, uma vez mais, um grupo de 29 agricultores provenientes da Holanda, que, ao longo da sua visita pelo nosso país, reservaram um dia para conhecer o Concelho de Góis, tendo em consideração a sua geografia bem distinta do seu país de origem.

O contacto partiu da agência de Giba Reizen, por forma a levar a cabo uma iniciativa cujo objectivo passa pela realização de um intercâmbio de informação e demonstração de técnicas inerentes à produção agrícola, através da visita a empresas locais associadas ao sector primário (agricultura e pecuária) presentes no Concelho de Góis.

Algumas empresas goienses aceitaram o repto lançado pelo Município, mostrando-se receptivas perante esta iniciativa, pelo que disponibilizaram o acesso às suas instalações e trocaram informações e know-how com o grupo de visitantes.

Ao longo do dia o grupo visitou a Pecuária Várzea de Góis, o Aviário do Nogueiro, a Queijaria de Edith Laubenthal, em Vale de Asna e, por fim, a Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER) e as estufas da Quinta da Ribeira.

O Município de Góis proporcionou, gratuitamente, a cedência de transporte para efectuar a visita pelo concelho, facultando ainda, através do Serviço de Turismo e Acção Cultural, da Divisão Social e Cultural, o apoio no que concerne à elaboração do programa e o respectivo acompanhamento técnico. 

in Portal do Movimento por Góis

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eduardo Catroga: "O PS quer ver-se livre de Sócrates mas precisa de perder as eleições"

Aos 69 anos, Eduardo Catroga está disponível para representar, pela segunda vez, o PSD na pasta das Finanças, no caso deste partido vencer as eleições de 5 de Junho.




O antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva caracteriza-se a si mesmo como um gestor de empresas que fez "umas coisas" na universidade, pois gosta "de dar aulas e de estudar". E que está disponível para a política. Por isso, aceitou coordenar a elaboração do programa eleitoral do PSD. Que explica, insistindo na ideia de que o eleitorado tem que castigar eleitoralmente o PS e responsabilizar José Sócrates pela crise.


O programa do PSD sobrevive às soluções da troika?
Quando me reuni com a troika, comecei por dizer-lhes: ainda bem que esta missão é aberta, vai falar com os partidos políticos, com a sociedade civil, com representantes empresariais, etc. Lamentamos que a missão que a União Europeia e o BCE mandaram cá em Fevereiro, e que está na origem desta crise política, tenha sido uma missão clandestina. Entreguei também um documento em que fazemos a análise crítica do modelo grego. E apresentei as nossas medidas. A troika absorveu medidas mas não absorveu adequadamente a nossa filosofia de virar a austeridade agora totalmente para o Estado, para o sector empresarial do Estado, para as parcerias público-privadas. Mas continua a apostar no aumento de impostos. Somos contra isso.



Como putativo ministro, aceita ficar responsável pelas Finanças com este programa da troika?
O programa do PSD não põe em causa os objectivos de variações orçamentais nem os das políticas estruturais, mas nós garantimos uma coisa: se o PSD for Governo, fica com a liberdade de os convencer tecnicamente de propostas de medidas alternativas sem prejuízo dos objectivos. Ao contrário do PS, que aceitou passivamente tudo - e ao arrepio do que dizia o primeiro-ministro que nunca governaria com o FMI e que assinou sem restrições -, nós, na nossa carta deixamos essa condição. O país foi levado à bancarrota por um conjunto de políticas erradas e não tinha outra alternativa senão intensificar o plano de ajuda externa, porque ajuda externa já temos há um ano e tal, com 40 mil milhões de euros do BCE; agora são mais 78 mil milhões de euros. É apenas a segunda etapa.



Não teme que venha a haver mais desemprego e tensão social?
Não. Por isso é que faz parte do programa do PSD - e isto é inédito a nível mundial - um programa de emergência social. Toda a nossa estratégia é no sentido de virar a austeridade para o Estado e não para os grupos mais desfavorecidos, como queria o PS, congelando pensões de 200 euros e abarcando um milhão de pensionistas.



O senhor garante que o PSD não mexe nas prestações sociais? 
Com certeza. O PSD é o defensor do Estado social. Quem está a destruir o Estado social é o PS.



Mas é o Estado social mínimo...
Não, não, não. É o Estado social sustentável pelos portugueses. Não podemos ter o Estado social que não seja sustentável pelas famílias e pelas empresas. A defesa do Estado social passa por pôr a economia a crescer, por criar emprego. Infelizmente temos de aceitar a pílula amarga para os próximos dois anos a que as políticas de José Sócrates conduziram este país. A troika salientou que o PEC IV era uma abstracção, que não servia, que o Governo devia ter pedido há mais tempo a ajuda externa. O facto de se ter atrasado teve sobrecustos financeiros, sobrecustos no desemprego e sobretudo sobrecustos da dureza das medidas. O que falta para responsabilizar quem levou o país à bancarrota?



O que falta então?
É o voto do povo. 



Mas as sondagens...

Repare: o Hitler tinha o povo atrás de si até à derrocada, até à fase final da guerra. Faz parte das características dos demagogos conseguirem arrastar multidões. José Sócrates, honra lhe seja feita, é um grande actor, um mentiroso compulsivo, que vive num mundo virtual em que só ele tem razão. Tem uma máquina de propaganda montada há seis anos, poderosa. E o PSD tem uma máquina artesanal no campo da comunicação. Mas eu tenho esperança que o bom senso prevaleça entre os portugueses e que quem levou o país à falência não pode liderar o processo de recuperação.



A situação do país não pode obrigar o PSD a alguma forma de entendimento com o PS? No caso de o PSD ganhar, é suficiente um Governo de direita com o CDS?
Acho que não. Mas essa divisão esquerda/direita dos anos 60, à francesa, está ultrapassada. O PS é o quê? Hoje há conservadores que são os partidos à esquerda que não querem adaptar a sociedade, em termos de flexibilidade, ao mundo globalizado, que têm posições rígidas na economia e não adaptáveis aos ventos da mudança. E depois há os progressistas, que são aqueles que querem competitividade compatibilizada com a justiça social e com coesão social, aqueles que querem o Estado forte regulador, um Estado capaz de estar ao serviço dos cidadãos e das empresas, financeiramente sustentável pelas famílias e pelas empresas, que não tem dívidas.


Mas como é que consegue governar com uma pessoa que acaba de caracterizar como "mentiroso compulsivo"?
Era importante que os portugueses resolvessem esse dilema do PS. O PS quer ver-se livre de José Sócrates, mas só se vê livre de José Sócrates se perder as eleições por uma margem significativa.



Mas ele foi agora eleito em congresso.
Mas isso faz parte da mise en scène partidária. Falamos com vozes influentes no PS e estão desejosos que Sócrates perca e com uma diferença significativa. O país precisa da renovação do PS, que o PS tenha um líder que não seja alvo de chacota como foi ontem no Financial Times. O PS tem um problema, foi capturado por um segmento defensor dos interesses instalados na sociedade. Portugal está encurralado. Há um grupo de interesses - não digo que seja só no PS - com ramificações políticas, sobretudo concertado com quem está no poder, algumas grandes empresas, alguns grandes empresários que não quero discriminar, que controlam a alocação de recursos do país. Temos meia dúzia de anos para inverter esta situação, senão Portugal transforma-se na Itália do Sul, sem a Itália do Centro e do Norte a produzir riqueza.
in Publico, 11/05/11

terça-feira, 10 de maio de 2011

Queijo Serra da Estrela e Chanfana representam Beira Serra na final do Concurso "7 Maravilhas da Gastronomia"

No passado dia 7 de Maio foram conhecidos os 21 produtos que estarão na final do Concurso "7 Maravilhas da Gastronomia", entre os quais se encontra o "Queijo Serra da Estrela" na categoria de Entradas, cuja candidatura foi apresentada pela Confraria do Queijo Serra da Estrela e a "Chanfana" na categoria de prato de Carne, numa candidatura promovida por um conjunto de municípios da Região, nomeadamente o Município de Góis.

Considerando que estas são 2 especialidades gastronómicas que têm grande importância no contexto sócio-económico da Beira Serra, a ADIBER saúda esta nomeação que vem comprovar a excelência e a qualidade dos produtos produzidos nesta Região, contribuindo para a sua afirmação enquanto território com oferta qualificada e diversificada, em que a gastronomia se assume como um produto turístico de relevo e com capacidade de atracção de novos visitantes.

Depois da apresentação publica das várias candidaturas da Beira Serra, que incluíam ainda o Bucho de Arganil, a Tigelada de Torrozelas e os Carolos de Tábua, a ADIBER está empenhada na dinamização do Concurso junto da população da Região, no sentido de que os produtos finalistas possam merecer um significativo apoio por parte do publico, de modo a alcançarem um resultado final condicente com a sua importância e qualidade.

A votação decorrerá até ao dia 7 de Setembro de 2011 e poderá ser efectuada através da Internet www.7maravilhas.pt,
Por Telefone - Queijo Serra da Estrela 760302703 e Chanfana 760302713;
Ou por SMS para o numero 68933 com a referência 703 (Queijo Serra Estrela) e 713 (Chanfana);

O nosso empenho neste Concurso surge na sequência do apoio e incentivo que tem sido prestado a todos os produtores, os quais colocam todo o seu saber na produção destes sabores únicos que fazem parte da nossa identidade cultural.

Góis, 9 de Maio de 2011

O Presidente da Direcção,
Miguel Ventura

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ajuda a Portugal será de 78 mil milhões

O primeiro-ministro falou esta noite em São Bento para garantir que não haverá cortes nos subsídios de férias e de Natal. O valor do empréstimo a Portugal será de 78 mil milhões de euros.

Na comunicação ao país sobre o programa negociado entre o Governo e a troika UE-BCE-FMI, José Sócrates negou as notícias das últimas semanas dando conta de que o pacote podia mexer com o subsídio de férias e o de Natal.

O programa, a aplicar durantes três anos, dilatou as metas orçamentais a cumprir até 2013: para este ano, o Governo negociou com a troika uma redução do défice para 5,9 por cento (em vez de 4,6 por cento), de 4,5 para o próximo e de três por cento para 2013 (esta era, aliás, a meta temporal exigida por Bruxelas aos Estados-membros).

Para este ano, Sócrates garantiu, por duas vezes, não serem precisas mais medidas de austeridade. “São suficientes as medidas previstas no orçamento e as anunciadas no âmbito do PEC IV”, chumbado pela oposição no Parlamento.

Falando com o ministro das Finanças do lado esquerdo, Sócrates não entrou em detalhes sobre as medidas que o programa de assistência financeira vai implicar. Limitou-se a elencar medidas não abrangidas no programa. A tónica do discurso centrou-se nisso mesmo: em desmentir “tantas notícias especulativas publicadas pela imprensa”, como começou por criticar.

O plano, para cuja formalização dependerá ainda a consulta final dos partidos da oposição, não mexe, igualmente, nem com o subsídio de férias e o de Natal dos reformados, nem implica “mais cortes nos salários da função pública” ou a redução do salário mínimo.

No essencial, as medidas a aplicar serão as que já estavam abrangidas pelo PEC IV. Os cortes nas pensões acima dos 1500 euros foram, assim, confirmados pelo primeiro-ministro, que garantiu ainda que não haverá redução nas pensões acima dos 600 euros.

“Não haverá privatização da Caixa Geral de Depósitos”, nem da segurança social, garantiu. A venda parcial da CGD tinha sido admitida pelo presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.´

Ao final da tarde, José Sócrates foi recebido em Belém por Cavaco Silva, a quem, diria depois na comunicação ao país, o primeiro-ministro transmitiu hoje os termos da proposta estabelecida com a troika.

“O Governo conseguiu um bom acordo”, considerou. E fechou o discurso, dizendo: “Nós vamos vencer esta crise”.
in Público 3/05/11