segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tradições do Xisto


No passado dia 18 de Maio, o Município de Góis e a Lousitânea, no âmbito das comemorações do Dia Internacional de Museus, este ano sobre a temática “Museus e Turismo”, apresentaram o projectoTRADIÇÕES DO XISTO.
O projecto traduz-se na criação de um ecomuseu no território das quatro aldeias do xisto de Góis – Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira, Pena – e na área abrangida pela Serra da Lousã, com o objectivo fulcral e fundamental de atrair os próprios habitantes das povoações e/ou novos habitantes para aí encontrarem perspectivas de futuro. Esta ideia pretende ir mais além, dando continuidade e solidez ao preconizado pelo programa da Rede das Aldeias do Xisto.
O desejo de manter o território como um lugar uno e excepcional. Proporcionar o desenvolvimento das comunidades, enquanto protagonistas da história vivida e a viver nesses espaços. Dinamizar o seu património natural e cultural.
Contamos com a sua presença na aldeia do xisto de Aigra Nova, no Concelho de Góis, dia 18 de Maio, pelas 10h00m. Vamos partilhar consigo um pouco das vivências, estórias e emoções das comunidades das aldeias do xisto!

PROGRAMA

10h00m
ANIMAÇÃO NA ALDEIA
Ateliers de animação e de recepção dos participantes
    - Concentração de cabras das aldeias
    - Oficina do queijo de cabra
    - Mesa de estacaria
    - Bancada de degustação do mel das aldeias
    - Representação da sementeira do milho

11h00m
CERIMÓNIA OFICIAL DE APRESENTAÇÃO PÚBLICA
    Presidente da Câmara Municipal de Góis, José Girão Vitorino
    Presidente da CCDRC, Dr. Alfredo Marques
    Presidente Turismo Centro de Portugal, Dr. Pedro Machado
    Presidente da ADXTUR, Dr. Paulo Fernandes
    Presidente da Lousitânea, Dr. Paulo Silva
    Representante das Aldeias do Xisto de Góis, André Claro

11h30m
APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO PROJECTO “TRADIÇÕES DO XISTO”    Vídeo “Núcleo Vivo das Aldeias do Xisto”

12h00m
BRINDE DE LICOR DE MEL E LICOR DE CASTANHA
19.05.09

Ecomuseu dá vida às tradições do xisto

Projecto dinamizado pela Liga dos Amigos da Serra da Lousã
é amanhã inaugurado na aldeia de Aigra Nova, concelho de Góis

Não há relíquias blindadas, mas peças simples e, sobretudo, gente com histórias para contar, numa viagem de descoberta do mundo serrano, possível de fazer em escassos metros quadrados. Falamos do Ecomuseu das Tradições do Xisto, que amanhã é inaugurado na Aldeia do Xisto da Aigra Nova, concelho de Góis. Um espaço que se pretende vivo, de pessoas, de memórias, de vivências e de tradições do território do xisto.
in Diario de Coimbra 12.10.12

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Bandeira ao contrário, gritos e canto lírico


A bandeira de Portugal foi hoje hasteada de pernas para o ar pelo Presidente da Cavaco Silva, na varanda do Município de Lisboa, no início das comemorações do 5 de Outubro que ficaram ainda marcadas por dois protestos, um dos quais singular protagonizado por uma cantora lírica.
Mal a bandeira começou a subir, ouviu-se entre a assistência, quem chamasse a atenção para o facto, mas a bandeira ainda ficou hasteada durante algum tempo para evitar 'dar muito nas vistas', segundo se percebeu na atitude das entidades organizadores que tentaram escapar às câmaras da televisão.
"É o estado do país", ouviu-se entre as pessoas que assistiam à cerimónia, que não deviam chegar a meia centena, ao contrário do que tem sido hábito em anos anteriores. As circunstâncias em que se deu este erro com a bandeira nacional ainda estão por apurar.

Dois protestos que furaram a segurança 


As comemorações dos 102 anos da implantação da República, dia que deixará de ser ferido nacional,que já estavam a gerar polémica, dado o caráter particular que lhe foi conferido por uma cerimónia à porta fechada, ficaram ainda marcadas por um protesto de duas mulheres, no Pátio da Galé. 
Ainda no final do discurso de Cavaco Silva, uma mulher, que se encontrava no fundo da sala,  começou a protestar dizendo que lhe faltava dinheiro, medicamentos, assistência social e que queria falar com algumas das entidades presentes. 
A mulher de 57 anos dizia-se desesperada com a sua situação de pensionista com 227 euros por mês e que já estaria na miséria completa senão fosse o filho. "As pessoas têm de começar a gritar, as pessoas têm de começar a falar. Tudo isto é um disparate, com esta gente aqui cheia de dinheiro", gritava quando a segurança a tentava por fora da sala. 
Entretanto, irrompe pela sala a cantora líria Ana Maria Pinto a cantar a música "Firmeza" de Lopes-Graça, com um poema Bde José João Cochofel, terminando com uma grande salva de palmas, parecendo até que a sua intervenção fazia parte do programa das comemorações.
"O meu dever cívico é não cooperar, é resistir. Canto pela alma de Portugal", disse a cantora ao Expresso.
"Canção para Fernando Lopes-Graça pôr em música", assim se chama a letra que Cochofel escreveu e que Ana Maria Pinto escolheu para cantar no Pátio da Galé, onde, quase em privado, se assinalava o dia em que a República foi implantada em Portugal, no ano de 1910.
"Não seja o travor das lágrimas/capaz de embargar-te a voz;/que a boca a sorrir não mate/nos lábios o brado de combate./Olha que a vida nos acena para além da luta./Canta os sonhos com que esperas,/que o espelho da vida nos escuta", é o poema que Cavaco Silva não ouviu, por já ter saído por um das portas laterais.
in Expresso 5.10.12


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