terça-feira, 29 de novembro de 2011

ADIBER aprova ajudas financeiras ao investimento superiores a 1,8 milhões de euros

Terminados os processos de decisão dos Pedidos de Apoio submetidos ao GAL ADIBER / Beira Serra, de que a ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra é Entidade Gestora, foram aprovadas ajudas financeiras ao investimento, que ascendem a 1.884.800 euros, disponibilizadas pelo Subprograma 3 do PRODER no âmbito dos 2º Avisos de Concurso que decorreram até 31 de Janeiro ultimo.
Tendo como referência os 34 projectos agora aprovados com dotação financeira, os quais se encontram distribuídos pelos vários Concelhos da Zona de Intervenção – Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua -, prevê-se que seja realizado um investimento global superior a 3 milhões de euros, que virá contribuir de forma determinante para a modernização e para o aumento da competitividade do tecido económico local, e para a qualificação e disseminação dos serviços de proximidade de base social, a crianças e idosos, prestados pelas IPSS’s locais.
Numa clara aposta na valorização do potencial local e dos factores distintivos da Beira Serra e na implementação da Estratégia Local de Desenvolvimento aprovada pela parceria local representada no Conselho de Parceiros da Beira Serra, as ajudas do Proder têm-se revelado como determinantes para o processo de desenvolvimento deste Território que tem no turismo e na acção social os seus sectores estratégicos prioritários, a partir dos quais tem sido possível criar novos empregos, gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida de quem reside/resiste nesta região de montanha.
Tendo em consideração as propostas apresentadas pelos investidores, assentes na dinâmica associada às micro-empresas e à necessidade de criação do próprio emprego, é previsível que sejam gerados 53 novos postos de trabalho em toda a Região.
Na acção relativa à diversificação turística, serão apoiadas 8 novas unidades turísticas de qualidade na modalidade TER, num total de 54 camas e um Parque de Campismo Rural no Concelho de Tábua, que virão dar um forte contributo para a diversificação da oferta turística desta Região, com base nos seus factores distintivos e diferenciadores.
Ao nível do apoio social a prioridade está direccionada para a melhoria dos serviços prestados em regime de apoio domiciliário e centro de dia, contribuindo para a manutenção dos idosos nas suas aldeias, retardando o processo de institucionalização em valência de lar, com os elevados custos sociais e financeiros que tal solução acarreta, garantindo que as nossas aldeias se mantém humanizadas e com vida.
Com as recentes aprovações, o GAL ADIBER / Beira Serra apresenta uma taxa de compromisso das ajudas programadas de 90%, num sinal de que a Região da Beira Serra possui empreendedores económicos e sociais interessados em dar expressão prática às suas ideias, apesar da conjuntura actual, aproveitando da melhor forma as oportunidades que estão à sua disposição.
A ADIBER está actualmente empenhada em colaborar estreitamente com todos os Promotores, no sentido de criar as condições que lhes permitam acelerar a execução física e financeira dos seus projectos, fazendo com que os apoios possam ser efectivamente aplicados na economia real e assim contribuírem para minimizar os efeitos e os impactos nas populações, decorrentes do momento de dificuldades que o País atravessa.
Com uma taxa de execução global que já alcançou 25% do total das ajudas programadas, importa incrementar este nível de concretização, demonstrando que os investidores locais mantêm a capacidade de realização dos seus compromissos e que os projectos propostos são essenciais para responder a necessidades identificadas e que estiveram na base da sua aprovação.
As decisões ora tomadas, constituem mais um importante passo para a afirmação dos territórios rurais como espaços de elevado potencial que urge valorizar e transformar em produtos com valor de mercado, num processo que deve conduzir à redução das assimetrias que os separam das regiões mais desenvolvidas, motivando e incentivando à fixação de pessoas que aqui encontrarão alternativas de qualidade a um estilo de vida urbano que actualmente já não responde às suas expectativas.
É com estes exemplos de investimento no mundo rural que se comprova que há ainda quem acredite no futuro destas Regiões, não só como espaços de fruição, mas sobretudo como territórios que podem oferecer uma qualidade de vida condicente com as exigências das sociedades actuais, apresentando-se, neste caso, a Beira Serra como um Território Vivo, Criativo e Empreendedor, onde vale a pena viver. 
in Arganil.eu

sábado, 19 de novembro de 2011

Polícia alemã tenta recuperar obra furtada de Damião de Góis com ajuda da Internet e editoras

A polícia alemã está a recorrer à Internet e a editoras especializadas para tentar recuperar um valioso livro de Damião de Góis roubado na Feira do Livro de Frankfurt, disse hoje à Lusa um porta-voz das autoridades. Portugal tem quatro exemplares da obra de Damião de Góis roubada na Alemanha.
A obra, uma edição original escrita no século XVI, com valor estimado de 18500 euros, desapareceu do pavilhão do alfarrabista holandês Asher Rare Books a 16 de outubro - último dia da edição deste ano da maior mostra livreira mundial.
"Alguém levou o livro enquanto os funcionários do pavilhão estavam a conversar com o público. A polícia foi avisada rapidamente e foram feitas buscas nas imediações mas não se encontrou nada", disse à Lusa um porta-voz da polícia de Frankfurt.
Os investigadores colocaram, entretanto, uma foto da capa do livro na página da polícia do Estado de Hessen, e esperam a colaboração de editoras especializadas para tentar resgatar a obra.
"Trata-se de um livro que não se pode vender de qualquer maneira porque está num índex. Qualquer editora notaria logo de que se trata, por isso, supomos que possa ter sido roubado para ser oferecido a colecionadores", disse a mesma fonte.
A obra de 30 páginas, redigida em 1542 pelo humanista Damião de Góis, uma importante figura do Renascimento, nascido em Portugal, em 1502, intitulava-se "Hispania damiani a goes equitis lusitani" e foi originalmente impressa em Lovaina, na Bélgica.
O tablóide alemão Bild noticia o furto na sua edição regional, e afirma, com base no parecer de especialistas, que um colecionador poderá pagar pela livro dez vezes mais do que o valor que lhe está atribuído.
Portugal tem quatro exemplares da obra de Damião de Góis roubada na Alemanha
Em Portugal existem quatro exemplares da obra "Hispania damiani a goes equitis lusitani" do humanista português Damião de Góis, disse à Lusa a diretora adjunta da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), Maria Inês Cordeiro.
Contactada pela Lusa, a diretora adjunta da BNP, Maria Inês Cordeiro, disse que existem 33 exemplares daquela obra em todo o mundo, dos quais quatro em Portugal, citando o especialista Francisco Leite de Faria, autor de "Estudos bibliográficos sobre Damião de Góis e a sua época".
Segundo aquela responsável, os quatro exemplares existentes em Portugal encontram-se na BNP, na Biblioteca D. Manuel II do Paço Ducal de Vila Viçosa, na Academia de Ciências de Lisboa e na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Existe uma digitalização da obra feita por esta instituição de Coimbral.
A obra roubada tem um valor estimado em 18.500 euros, mas segundo o jornal alemão Bild, um colecionador poderá pagar pela obra rara dez vezes mais do que o valor em que foi avaliada.
Sobre esta questão, Maria Inês Cordeiro afirmou à Lusa: "Sobre o valor, é sempre imprevisível, pois pode haver alguém disposto a dar muito dinheiro. No entanto, acho francamente excessivo que um colecionador conhecedor desse dez vezes o valor indicado".
"Hispania damiani a goes equitis lusitani" foi impressa em 1542 em Lovaina, na Bélgica, onde Damião Góis viveu.
O humanista Damião de Góis (1502-1574) foi amigo de Erasmo de Roterdão e conheceu Martinho Lutero, sendo uma das figuras de referência do Renascimento europeu.
O roubo da obra na Feira de Frankfurt foi considerado "extraordinário" e ocorreu no pavilhão do alfarrabista especializado holandês Asher Rare Books, disse um porta-voz da polícia alemã, citado pela agência France Presse.
in SIC Noticias03.11.2011  

O Jumento


VALE A PENA REFLECTIRMOS. QUE SOCIEDADE ESTAREMOS A CRIAR? DE QUEM É A CUPA? NÃO SERA, TAMBÉM NOSSA'

NA REVISTA SÁBADO

16-11-2011
Por André Barbosa e Tânia Pereirinha e imagem de Joana Mouta

Enquanto Portugal se ri da auxiliar de acção médica concorrente da Casa dos Segredos, que julga que África é um país da América do Sul, a SÁBADO fez um teste básico a 100 alunos de universidades de Lisboa.

Ana Amaro, de 18 anos, que frequenta a licenciatura com o mestrado integrado em Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), está a fumar à porta da faculdade, em Alfama. Aceita participar no teste de cultura geral da SÁBADO (20 perguntas, divididas por dois questionários de 10, ambos com um grau de dificuldade mínimo), mas está mais preocupada em acabar o cigarro. À quinta questão (qual é a capital dos Estados Unidos?), começa a atrapalhar-se. “Estados Unidos...? A esta hora é muita mau”, queixa-se. Não são 7h, são 13h30, e os colegas começam a sair para o almoço. Mas Ana parece ter acordado há 10 minutos, suspeita que a própria confirma. 
A partir daí, é sempre a cair. 

Não sabe quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo, quem fundou a Microsoft, quem é Maria João Pires nem que instrumento toca. E não parece preocupada. Afinal, acabou de acordar.
“Não dei isso no 12.º ano”, “Cinema não é comigo”, “Não me dou bem com a literatura” – na arte de justificar a ignorância, os estudantes universitários inquiridos pela SÁBADO têm nota máxima. “Se perguntasse alguma coisa de psicologia, agora cultura geral...”, diz Janine Pinto, optando pela desculpa número um.

– Quem pintou o tecto da Capela Sistina?
– Ai, agora... Tudo o que tem a ver com capelas e igrejas não sei (desculpa número dois dos universitários). 
– E quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo? 
– Eh pá! Coisas com Jesus Cristo?! Sou fraca em religião ... (desculpa número três). 
E se é que isto serve de desculpa, aqui vai a número quatro: Janine, tal como muitos outros inquiridos, não está num curso de Teologia, nem de Artes.

Mas Bruno Marques, 18 anos, no 1.º ano de Ciências da Cultura na Faculdade de Letras, escorrega num tema que deveria dominar.
– Quem é Manoel de Oliveira?
– Já ouvi falar, mas não sei quem é.
– Estás em Ciências da Cultura. Dás Cinema? 
– Sim, algumas coisinhas, mas não sei...

Pedro Besugo, 18 anos, estreante no curso de Turismo da Lusófona, admite não saber qual é a capital de Itália. Perante a insistência da SÁBADO (“Então estás a tirar Turismo e não sabes?”), responde: “Será Florença?” Não é. Como também não é Veneza, nem Milão ou Nápoles, como outros responderam.

Não saber quem pintou a Capela Sistina ou Mona Lisa (um aluno responde Miguel Arcanjo; outro Leonardo di Caprio) é igualmente grave. Talvez não tanto como pensar que África é um país da América do Sul ou não fazer ideia do que é um alpendre. Mas Cátia Palhinhas, do reality show Casa dos Segredos2, autora destas e de outras respostas, que põem o público a rir, não frequenta o ensino superior – é auxiliar de acção médica e está a tirar o 12.º ano à noite no programa Novas Oportunidades. 

Aos 22 anos, sonha tornar-se “conhecida e vencer na televisão”. Por isso, não está nada preocupada em saber qual o maior mamífero do mundo – “É o dinossauro!”, disse há umas semanas.
Há universitários que respondem “mamute” à mesma questão. Catarina, 20 anos, aluna de Psicologia do ISPA, fica na dúvida: “É o elefante. É o mamute. É o elefante. Acho que é o elefante. O elefante é de África e o mamute da Antárctida”.

Leia o artigo completo na revista desta semana.

17/11/11 05:05

Nova circular retira trânsito pesado da vila de Góis


Escrito por José Carlos Salgueiro   
CONTRATO ASSINADO


A Câmara Municipal de Góis assinou ontem, com a empresa “Irmão Almeida Cabral, Lda.” o contrato de adjudicação da circular externa de Carvalhal dos Pombos, uma obra que é considerada estruturante pela presidente da autarquia.
Lurdes Castanheira disse ao Diário de Coimbra que se trata de «uma infra-estrutura estruturante, uma vez que faz ligação a partir da EN 2 e EN 342, desviando, particularmente o trânsito pesado que, assim, não passa dentro da vila».

(Leia mais na edição impressa do Diário de Coimbra)

14.11.11 Diario de Coimbra

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Anónimo disse...


HOJE, NO JORNAL "AS BEIRAS". SEM DÚVIDA, MUITO INTERESSANTE...

Juntas de freguesia

Luís Santarino

Se me tivesse passado pela cabeça que iria assistir a uma espécie de vamos contar mentiras – comédia divinalmente interpretada, de Alfonso Paso, que eu assisti em tempos quando a televisão pública ainda passava umas peças no debate sobre a Reforma Administrativa do Estado, não me teria deslocado à Figueira da Foz. Por outro lado, ficaria imensamente triste e desiludido, porque acho que nunca me diverti tanto!

No meio daquele alvoroço, o secretário de Estado Paulo Júlio, tenho para mim, aliás bem expresso no rosto, era o que mais se divertia.

Colocou a discussão no povo. O povo foi-se reunindo por aqui e por acolá e decidiu: reformem lá o que quiserem, mas a minha freguesia… nunca!

Se eu não estivesse por dentro da coisa, acharia que aquilo mais parecia um encontro de boas pessoas que, a dado momento, se encangalhou. De repente, presidentes de junta rurais e presidentes de junta citadinos entram em grande confusão. O delírio! Pelo meio, Fátima Campos Ferreira vai dando a palavra a uns presidentes de câmara. Cada um a seu jeito, lá vai dizendo que até consideram os presidentes de junta vereadores. Não. Esta não. Não é que eu ia dando uma sonora gargalhada? Ficar-me-ia mal, eu sei…mas aliviava!

Não há regra sem excepção. Sendo que a excepção é os presidentes de câmara gostarem dos das junta, a regra é; cum caraças, lá vou eu ter de aturar aquela gente! Por isso, acabar, juntar, adicionar, somar, qualquer coisa acabada em “ar”, com as juntas é um bem nacional.

Se o povo soubesse as e das guerras que existem, sempre que se aproximam eleições autárquicas, seja pelo cabeça de lista, como pelo tesoureiro ou o vogal, despedia-os a todos.

O que o povo quer é trabalho e esperança. Sobretudo alguém que lhe transmita esperança. Está-se bem a marimbar se a sua junta fica assim ou assado!

O pequeno poder de influenciar pelo favor pedido a outrem, é a maior desgraça que aconteceu a este País de tão diminuta dimensão. Claro que não estamos a falar noutro tipo de corrupção. Nada disso. Influenciar consciências, condicionar opiniões, não; isso não é corrupção. É TERCEIRO MUNDO!

Acabar com 1500 juntas de freguesia não chega. Tem de acabar com bem mais em nome da democracia, da decência e do rigor.

As rurais dever-se-ão manter. São a única ligação dos cidadãos ao mundo. Por isso é inquestionável que se mantenham.

O porreiríssimo vai saber como se vai chamar, por exemplo, a freguesia que vai a suceder a S. Martinho do Bispo e Santa Clara, associadas a mais umas quantas de grande valor cultural… digo eu! Tenho cá uma ideia, mas como não sou daquelas bandas, eles que se entendam.

Pronto. Agora é que foi o caraças. Já não posso ser candidato a nada. Estou a ser politicamente incorrecto. Talvez. Mas não sou parvo e nem me deixo enganar.

Todos sabemos, quem anda na política há muitos anos, para que servem as freguesias e as secções dos partidos políticos. Tão só para dar poder a um bando de analfabetos que poluem de forma sistemática, a forma pedagógica de fazer política.

Não enganem mais o povo. Não merece!

2/11/11 05:22