terça-feira, 25 de junho de 2019

Pedrógão Grande: Góis e Penela fazem balanço positivo da atuação do Governo

Castelo Branco, 13 jun 2019 (Lusa) -- As Câmaras de Góis e de Penela fazem um balanço positivo da atuação da Administração Central, ao nível de apoios e investimentos disponibilizados, passados dois anos dos incêndios de junho de 2017.


O balanço que faço, apesar de todos os prejuízos, é positivo, no que diz respeito aos apoios e investimentos da parte da Administração Central", afirmou à agência Lusa a presidente da Câmara de Góis, Maria de Lurdes Castanheira.


Já o seu homólogo de Penela, Luís Matias, realça que a capacidade de resposta "foi boa" e recorda que o país nunca tinha passado por uma situação como aquela que se viveu durante os incêndios de 2017.


"Penela não teve o nível de prejuízo e de estruturas afetadas como outros concelhos, quer ao nível de habitações, quer de infraestruturas", frisou.


Luís Matias disse que todas as infraestruturas municipais afetadas foram requalificadas e repostas, bem como toda a parte da sinalética, pavimentos e contentores de lixo.


A autarca de Góis explicou que a maior intervenção no seu concelho veio do Fundo Ambiental para a recuperação e requalificação do rio Ceira e da ribeira de Sinhel.


Adiantou ainda que foi também feita a estabilização de emergência, recuperação de taludes, remoção e limpeza de todo o material lenhoso em áreas não particulares, entre outros trabalhos.


"As duas empreitadas ultrapassam o milhão de euros e estão em franco desenvolvimento. O atraso que se verificou (os trabalhos eram para estar concluídos em 2018), teve a ver com procedimentos e a burocracia inerente", sublinhou.


Maria de Lurdes Castanheira explicou que, como ambas ultrapassavam os 350 mil euros, ficaram sujeitas ao visto do tribunal de Contas. Disse também que as próprias circunstâncias climáticas influenciaram o decorrer dos trabalhos.


Já em relação às habitações afetadas pelo incêndio de junho de 2017, oito que ficaram totalmente destruídas e quatro parcialmente danificadas, explicou que ainda não há nenhuma família instalada.


Contudo, entende que a entidade que deve responder sobre o assunto é a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), "que é a entidade promotora das empreitadas".


A autarca adiantou que a câmara fez um empréstimo, no valor de cerca de 166 mil euros, ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), para apoiar pessoas que perderam segundas habitações.


"Como não houve apoios para estas habitações por parte do Estado, a câmara criou um regulamento com essa finalidade. O empréstimo é de 165.796 euros, a ser pago em cinco anos. O investimento total, entre público e privado, ultrapassa os 300 mil euros", explicou.


No concelho de Góis, foram afetadas pelo incêndio 34 segundas habitações e há 13 pessoas que já se candidataram a esta ajuda.


Os incêndios de junho de 2017, que começaram em Pedrógão Grande, provocaram a morte a 66 pessoas e ferimentos a mais de 250.


Uma extensa área florestal foi devastada pelo fogo, assim como inúmeras empresas e habitações.


in, DN

 

Lusiaves diz que vai avançar com investimentos em Góis e Oleiros

Três unidades avícolas já estão a avançar em Oleiros e Góis, num investimento superior a 18 milhões de euros, informou o grupo Lusiaves, que mantém intenção de investir na zona afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande.



A Lusiaves já arrancou com três novos investimentos, um em Oleiros e dois em Góis, concelhos afetados pelos grandes incêndios de 2017, num “valor global de investimento superior a 18 milhões de euros”, informou o grupo, em resposta escrita enviada à agência Lusa.


A empresa tinha também anunciado a intenção de construir unidades de produção nos três concelhos mais afetados pelo grande incêndio de 17 de junho de 2017 (Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos), mas, dois anos depois, ainda “não foi possível identificar terrenos livres de condicionantes, nem terrenos que os proprietários estivessem interessados a vender”.


Em agosto de 2017, a Lusiaves tinha anunciado a intenção de investir 64 milhões de euros nesses três concelhos do norte do distrito de Leiria, com a perspetiva de criar 300 postos de trabalho em unidades de produção de ovos para incubação e aves.


Em Góis, o grupo identificou dois terrenos para unidades de produção – uma propriedade da Câmara e outra de uma junta -, sendo que foram estabelecidos protocolos em relação aos mesmos e “já foram apresentados os respetivos estudos de impacte ambiental”.


Neste concelho do distrito de Coimbra, a Lusiaves prevê um investimento superior a 11,5 milhões de euros e a criação de 65 postos de trabalho.


Em Oleiros, no distrito de Castelo Branco, o grupo pretende criar uma unidade de engorda de peru, num investimento superior a 6,5 milhões de euros, tendo já sido adquiridos os terrenos, estando neste momento a aguardar a emissão do parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro relativamente ao estudo de impacte ambiental apresentado, informou.


Na resposta enviada à Lusa, o grupo refere ainda que está “disponível para avaliar novas possibilidades de investimento no interior do país e tem estado em conversações, analisando algumas possibilidades noutros municípios, mas, até ao momento, nenhum deles com desenvolvimentos relevantes”.
 in, Noticias De Coimbra, 16, 06, 2019