sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Prospero Ano Novo!

Que nesta quadra festiva, a Harmonia, União e Fraternidade Reinem entre nós!



A momentosa questão do Pai Natal vs. a tormentosa questão do Menino Jesus


Quero deixar claro que, antes de escrever esta crónica, perguntei ao director deste jornaleco qual a posição editorial do mesmo sobre o assunto em debate. Respondeu-me que não tinha posição editorial e que queria a verdade. Pois bem, caros amigos, tereis a verdade, e se tiverem queixas enderecem-nas a ele, pois é dele e só dele a culpa do que ficarem a saber.
Àqueles leitores mais impressionáveis ou cuja devoção ultrapassa qualquer racionalidade (ao contrário do que recomenda Sua Santidade, o Papa Bento XVI) digo que mais vale ficarem por aqui do que persistirem numa revelação que pode não ser inteiramente do vosso agrado. Aos outros, aos que vindes comigo, que não vos feneça a coragem e o ânimo. Vamos a isto.
A grande questão deste tempo é, como sabeis, quem dá os presentes às crianças, se o Pai Natal, se o Menino Jesus. As duas escolas digladiam-se, e as suas armas estão bem visíveis nas frontarias dos edifícios: numas, uns homúnculos de vermelho com um saco de gatuno às costas trepam prédio acima; noutras, um pano aberto com um menino seminu deitado numas palhinhas com um halo que parecem espigas de milho a rodear-lhe a cabeça. Os primeiros apoiam o Pai Natal e os segundos o Menino Jesus. As suas posições são irreconciliáveis!
Dizem os defensores do Pai Natal que o velho São Nicolau, o Santa Claus, que vive no Pólo Norte rodeado de pequenos duendes e viaja numa noite por todo o mundo num trenó puxado por renas voadoras com nomes amaricados, é o verdadeiro distribuidor de presentes. Dizem os segundos que o menino nas palhas, por quem se reza uma missa do galo à meia-noite, é tão poderoso que mesmo sem se levantar da cama faz com que os meninos de todo o mundo possam ter uma PlayStation 3 ou um piãozito de madeira, consoante a condição social e a ambição expressa na carta ao... ia dizer Menino Jesus, mas ao Pai Natal também se escrevem cartas, havendo pelo menos um caso relatado em Paarvus, muito ao Norte da Finlândia, em que um menino recebeu presentes dos dois e ainda o rendimento mínimo português...
Quem tem razão? Na verdade, não me parece que possa ser a facção do Pai Natal. Que raio tem o São Nicolau a ver com o nascimento do filho de Deus? Porque havia de viver no Pólo Norte e não ter aparecido na Conferência de Copenhaga, onde tanto se discutiu o degelo? E os duendes? São críveis? As renas? Por amor de Deus! Mas um menino recém-nascido, nas palhas deitado, por muito poder que tenha, pode ler cartas? E quem transporta os presentes se não há renas nem trenó?
Foi assim que cheguei à conclusão lógica: não é o Pai Natal nem é o Menino Jesus! Estou neste momento inclinado a pensar que se trata de mais uma obra social do Governo do eng. Sócrates. Conhecendo o nosso primeiro-ministro, sabe-se que, embora não tenha renas, não lhe era impossível arranjar um grupo de outros animais que fizesse aquele trabalho. Isto a nível nacional, porque a nível planetário não há dúvida que é o Presidente Obama que distribui as PlayStations e os piões... Por isso, se para o ano virem uns homúnculos vestidos de fato liso com gravata de uma só cor, com sacos de gatuno, a subir os prédios (não sendo os fiscais do IRS), é porque as pessoas passaram a homenagear quem deve ser homenageado. O Presidente Obama, seminu, numas palhas, não terá tanta graça, mas também se arranja.
Feliz Natal para todos, e não se esqueçam de quem vos dá os presentes...
Comendador Marques Correia - Cartas Abertas
Texto publicado na edição do Expresso de 19 de Dezembro de 2009
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/a-momentosa-questao-do-pai-natal-vs-a-tormentosa-questao-do-menino-jesus=f553136#ixzz1hNcWgqtt

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Passos Coelho sugere a emigração a professores desempregados


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sugere que os professores desempregados emigrem para países lusófonos, realçando as necessidades do Brasil.
Questionado sobre se aconselharia os “professores excedentários que temos” a “abandonarem a sua zona de conforto e a “procurarem emprego noutro sítio”, Passos Coelho respondeu: “Em Angola e não só. O Brasil tem também uma grande necessidade ao nível do ensino básico e secundário”, disse durante uma entrevista com o Correio da Manhã, que foi publicada hoje.

Pedro Passos Coelho deu esta resposta depois de ter referido as capacidades de Angola para absorver mão-de-obra portuguesa em sectores com “tudo o que tem a ver com tecnologias de informação e do conhecimento, e ainda em áreas muito relacionadas com a saúde, com a educação, com a área ambiental, com comunicações”.

“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos”, disse ainda o primeiro-ministro.

“Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, explicou.

Portugal é um dos países da Europa com menores níveis de escolarização da população, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, publicado no mês passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Enquanto em Portugal a escolarização média da população com mais de 25 anos era de 7,7 anos, na Grécia e em Itália era de 10,1 anos, em Espanha de 10,4. Na Alemanha era de 12,2 e nos EUA de 12,4.

Para as crianças que entram agora na escola, esta diferença é bastante menor: o número de anos de escolaridade esperados era de 15,9, no caso de durante a vida da criança se mantiverem as taxas de escolarização actuais, o que pode estar em causa dada a dimensão da crise. Em Espanha era de 16,6 anos, na Irlanda de 18 e na Alemanha de 15,9.
in publico.pt 18.12.11

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Convenção do PS em Góis

A Comissão Politica Concelhia do PS de Góis, presidida por Maria de Lurdes Castanheira, organiza no próximo sábado, dia 10 de Dezembro, pelas 14.30 uma Convenção Autárquica cujo tema de base será a Reforma da Administração Local. Nesta iniciativa estará presente António José Seguro, Secretário-Geral do Partido Socialista, bem como Maria Amélia Antunes, Presidente da Câmara Municipal do Montijo; Jorge Veloso, membro do Conselho Directivo da ANAFRE e António Rochete, Coordenador do Gabinete de Estudos da Federação do PS Coimbra, bem como os Presidentes da Federação de Coimbra do PS e da Juventude Socialista.
A Comissão Politica do PS de Góis, pretende com esta Convenção, promover o debate sobre todo o processo de Reforma da Administração Local e o envolvimento dos cidadãos no projecto de desenvolvimento local do Concelho de Góis.
RCA 6.12.11

BLC 3 produz pela primeira vez a nível mundial biocrude das giestas


BLC 3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro, com sede em Oliveira do Hospital acaba de conseguir fabricar, em laboratório, pela primeira vez a nível mundial, biocrude proveniente da giesta.
Segundo a BLC 3 o biocrude vai agora ser refinado, à escala laboratorial, para obter biocombustíveis substitutos da gasolina e do gasóleo.
“Este resultado científico, conseguido através de uma espécie autóctone bastante rica em açucares e com grande capacidade de se multiplicar sem a intervenção direta do homem, vem abrir uma excelente perspetiva para a obtenção de biocombustíveis de 2ª geração, no âmbito do projeto que a BLC 3 se encontra a desenvolver – o BioRefina-Ter – e cuja pré-candidatura aos fundos comunitários, no valor de 118 milhões de euros foi recentemente apresentada em Bruxelas”, refere João Nunes responsável da plataforma.
O BioRefina-Ter foi considerado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia como “um projeto prioritário e de grande interesse nacional”, tendo conseguido “atrair uma rede de conhecimento que engloba vinte entidades de I&D de dois países europeus, facto que permite assegurar a criação de um consórcio de excelência para o desenvolvimento de uma das mais promissoras indústrias do século XXI – a bioenergia”.
Numa primeira fase, o projeto, que no ano passado foi financiado pelo Fundo Florestal Permanente em 500 mil euros, abrangerá os concelhos de Oliveira dom Hospital, Tábua, Arganil e Góis, através da construção de uma Biorrefinaria de demonstração com capacidade para produzir cerca de 25 milhões de litros de biocombustíveis de segunda geração com base em vegetação espontânea.
Quando o conceito tecnológico estiver provado e a logística operacionalizada, o BioRefina-Ter tem a pretensão de alavancar a indústria nacional de bioenergia, replicando o modelo em todo o país, por via de uma biorrefinaria que poderá gerar entre 250 a 300 milhões de litros de biocombustíveis.
De acordo com os estudos científicos que vêm sendo efetuados, o BioRefina-Ter revela-se como um “projeto altamente estratégico para reduzir a dependência dos derivados do petróleo, estimando-se que possa gerar em Portugal uma poupança anual de 1.500 milhões de euros nas importações de petróleo”, assegura João Nunes.
Uma das particularidades deste projeto, que procura valorizar no território a vegetação que hoje está destinada a ser devorada pelos incêndios florestais, “prende-se com o facto de não entrar em competição nem com as culturas alimentares nem com a floresta, uma vez que tem como principal matéria-prima os matos e incultos existentes em solos esqueléticos e sem capacidade para uso agrícola rentável”.
in Diario das Beiras 21.11.11

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Auditoria a que temos direito



Nos próximos dias 16 e 17 de Dezembro, vai realizar-se a Convenção de Lisboa, com o objectivo de instituir um processo de Auditoria Cidadã à Dívida Pública. Esta Auditoria é a concretização de um direito fundamental de todas e todos: o de saber o que estamos a pagar, o que devemos pagar e se podemos pagar. Isso significa fazer o levantamento e tratamento de toda a informação relevante, mas também tornar essa informação disponível e compreensível para quem tem de decidir.
A tarefa de auditoria é extensa. Em Portugal, a Dívida em sentido estrito está na sua esmagadora maioria titularizada, ou seja, existe sobre a forma de títulos que são emitidos pelo Estado como forma de financiar a sua actividade. Existe muita informação disponível sobre esses títulos, mas também muita que falta, nomeadamente sobre as operações que estão associadas a cada emissão, as condições contratuais e a forma como tem evoluído o stock de dívida nos últimos anos.
Essa informação é relevante a vários níveis. A estrutura de maturidades do stock actual afecta o risco de refinanciamento, o conhecimento das operações de gestão associadas a cada emissão é indispensável para obter um retrato completo do stock actual e as condições contratuais das emissões activas afectam a capacidade que o Estado tem de impor uma reestruturação a eventuais minorias de credores (dependendo da existência ou não de Cláusulas de Acção Colectiva, por exemplo).
O facto de grande parte da dívida estar titularizada significa que não é possível associar muita da má despesa que se fez no passado a emissões específicas de dívida (ou a credores). Os títulos de dívida pública financiam a despesa do orçamento do Estado indiscriminadamente, independentemente desta dizer respeito à compra de submarinos ou ao financiamento do Serviço Nacional de Saúde. No entanto, saber a quem se deve pode ser importante num contexto de reestruturação.
Por outro lado, o problema da dívida não é só o da dívida em sentido estrito. Muitas áreas da política económica têm afectado e poderão afectar a evolução futura do nosso endividamento. Os negócios ruinosos realizados através de Parcerias Público-Privado, o sub-financiamento e consequente endividamento de Empresas Públicas, as privatizações e consequente privação do Estado das receitas correspondentes, as operações de salvamento do sistema financeiro são outros aspectos sobre os quais se terá de debruçar uma auditoria cidadã. Porque também aqui as decisões a tomar são muitas e podem afectar de forma decisiva a evolução da nossa economia e dos nossos níveis de endividamento.
A questão determinante em todo o processo é a da reestruturação da dívida. É essa a questão a que teremos de dar resposta e a Auditoria serve essencialmente para informar e apoiar as escolhas que terão de ser feitas a esse nível. Hoje é evidente para qualquer pessoa que se debruce seriamente sobre o assunto que a nossa trajectória de endividamento é insustentável.
A questão é portanto a de saber se a inevitável reestruturação servirá para manter uma economia moribunda ligada ao respirador enquanto os nossos credores realizam receitas extraordinárias a partir da especulação ou se, pelo contrário, esses credores são responsabilizados e penalizados, em benefício de uma reestruturação liderada pelo Estado Português e centrada nas necessidades de promoção do crescimento e do emprego e na defesa do Estado social e dos direitos do trabalho.
É-nos frequentemente dito que uma reestruturação da dívida é impensável, resultará em danos irreversíveis para a nossa reputação e constitui uma violação de obrigações contratuais do Estado Português.
Em primeiro lugar, uma reestruturação da dívida é tudo menos impensável e constitui, pelo contrário, um facto relativamente banal na história económica, incluindo a mais recente. Essa história, aliás, demonstra que os danos de reputação dos processos de reestruturação de dívidas são muito menores do que nos é vendido, conseguindo muitos dos países que os levaram a cabo regressar aos mercados poucos anos (ou meses) depois. De qualquer forma, este argumento ignora o facto muito simples de que, actualmente, o Estado português não tem acesso aos mercados, estando dependente de um acordo ruinoso com a Troika para assegurar o seu financiamento.
Além disso, de acordo com as próprias previsões desta entidade (absurdamente optimistas), Portugal terá, no fim desta intervenção da Troika, uma economia mais pobre, um desemprego nunca antes visto e uma dívida… muito maior. Ou seja, ainda piores condições para se financiar.
Em resumo, a única coisa que nos garante a Troika é a recessão, seguida de outra intervenção da Troika. Na realidade, nenhum cenário coloca danos tão graves para a nossa reputação do que uma recessão prolongada e os riscos de desagregação social e política. Ninguém empresta a países arruinados.
Finalmente, a questão das obrigações contratuais. Este é talvez o argumento mais descarado de quem se opõe a uma reestruturação. Isso porque o que está a acontecer hoje em dia com as políticas de austeridade implementadas são violações contratuais várias, repetidas e continuadas. Os cortes nos salários da função pública ou nas pensões violam relações contratuais, aliás consagradas na lei, para já não falar da Constituição. Um pouco por todos os sectores, da cultura à saúde, passando pelas Universidades e pelos apoios sociais, relações de confiança estão a ser quebradas e direitos estão a ser desmantelados.
Assim, a questão que esta Auditoria terá de colocar ao país é esta: numa situação insustentável, quais os direitos que iremos defender, quais serão as prioridades, quem iremos proteger, quem iremos condenar? Deveremos proteger quem especulou contra a nossa economia, condenando milhões de portugueses à privação e à pobreza? Ou deveremos proteger os direitos que dão forma à nossa democracia, impondo pequenas perdas a quem nunca conheceu semelhantes dificuldades? A esta pergunta, nenhum cidadão hesitará em responder. Só uma auditoria séria e competente a poderá colocar a todo o país.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Pampilhosa da Serra reduz número de freguesias

Os órgãos autárquicos de Pampilhosa da Serra, aprovaram, por unanimidade, a redução das freguesias do concelho de dez para oito, disse hoje o vice-presidente da Câmara, Jorge Custódio.
A proposta de diminuição do número de freguesias, através da junção de Fajão com Vidual e de Portela do Fojo com Machio, resulta de um processo desencadeado pela edilidade, para responder às "exigências que a situação económico-financeira do País impõe", afirmou o autarca à Agência Lusa.
"Preferíamos manter as dez freguesias, mas reconhecemos que é necessário um esforço de todos e que é necessário dar o exemplo", defendeu Jorge Custódio.
in arganil.eu 3.12.11

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Campanha de recolha de alimentos para o Programa  de Ajuda Alimentar a Carenciados 
Entrada = 1 Produto Alimentar

Câmara de Góis presta tributo ao voluntariado

«O voluntariado tem de ser um compromisso colectivo», afirma Lurdes Castanheira, presidente da Câmara de Góis, que defende, ainda, que o «poder local tem de funcionar como um pilar fundamental, exortando e reconhecendo o voluntariado». Por isso, o município vai fazer uma homenagem pública às instituições, colectividades, associações e individualidades que no dia-a-dia alimentam esta causa. Uma causa que, enfatiza a autarca, tem em Góis «uma expressão muito relevante», seja no desporto, nas colectividades culturais, no folclore, na música ou ao nível da acção social.
(Leia mais na edição impressa do Diário de Coimbra)
in Diario de Coimbra 5.12.11

domingo, 4 de dezembro de 2011

Site ps.pt atacado pelo movimento AntiSecPT



O site ps.pt teve um deface há minutos pelo grupo hacktivista/ativista AntiSecPT.
Também foram disponibilizados vários documentos no URLhttp://www.ps.pt/dmdocuments/
www_ps_pt
clica para ampliar

Tendo em conta que o Tugaleaks e um dos seus editores, Rui Cruz, é mencionado na página com deface, informamos que:
O Tugaleaks e em particular em meu nome pessoal, agradecemos que o movimento AntiSecPT tenha conhecimento e faça a leitura diária do nosso site.
No entanto, é de todo importante referir que o website do qual sou editor apenas faz a divulgação de matérias relevantes para o povo Português e nunca atacou qualquer website nem vai atacar.
Não tenho como editor, nem o Tugaleaks como website, qualquer ação ou opinião pública sobre este assunto nem agenda política.
Os movimentos hacktivista ou ativistas fazem a leitura do que colocamos online conforme podem, e cada um age de sua livre consciência.
P’lo Tugaleaks,
Rui Cruz
in tugaleaks.com 4/11/11

Vale a pena ver

www.ps.pt

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ADIBER aprova ajudas financeiras ao investimento superiores a 1,8 milhões de euros

Terminados os processos de decisão dos Pedidos de Apoio submetidos ao GAL ADIBER / Beira Serra, de que a ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra é Entidade Gestora, foram aprovadas ajudas financeiras ao investimento, que ascendem a 1.884.800 euros, disponibilizadas pelo Subprograma 3 do PRODER no âmbito dos 2º Avisos de Concurso que decorreram até 31 de Janeiro ultimo.
Tendo como referência os 34 projectos agora aprovados com dotação financeira, os quais se encontram distribuídos pelos vários Concelhos da Zona de Intervenção – Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua -, prevê-se que seja realizado um investimento global superior a 3 milhões de euros, que virá contribuir de forma determinante para a modernização e para o aumento da competitividade do tecido económico local, e para a qualificação e disseminação dos serviços de proximidade de base social, a crianças e idosos, prestados pelas IPSS’s locais.
Numa clara aposta na valorização do potencial local e dos factores distintivos da Beira Serra e na implementação da Estratégia Local de Desenvolvimento aprovada pela parceria local representada no Conselho de Parceiros da Beira Serra, as ajudas do Proder têm-se revelado como determinantes para o processo de desenvolvimento deste Território que tem no turismo e na acção social os seus sectores estratégicos prioritários, a partir dos quais tem sido possível criar novos empregos, gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida de quem reside/resiste nesta região de montanha.
Tendo em consideração as propostas apresentadas pelos investidores, assentes na dinâmica associada às micro-empresas e à necessidade de criação do próprio emprego, é previsível que sejam gerados 53 novos postos de trabalho em toda a Região.
Na acção relativa à diversificação turística, serão apoiadas 8 novas unidades turísticas de qualidade na modalidade TER, num total de 54 camas e um Parque de Campismo Rural no Concelho de Tábua, que virão dar um forte contributo para a diversificação da oferta turística desta Região, com base nos seus factores distintivos e diferenciadores.
Ao nível do apoio social a prioridade está direccionada para a melhoria dos serviços prestados em regime de apoio domiciliário e centro de dia, contribuindo para a manutenção dos idosos nas suas aldeias, retardando o processo de institucionalização em valência de lar, com os elevados custos sociais e financeiros que tal solução acarreta, garantindo que as nossas aldeias se mantém humanizadas e com vida.
Com as recentes aprovações, o GAL ADIBER / Beira Serra apresenta uma taxa de compromisso das ajudas programadas de 90%, num sinal de que a Região da Beira Serra possui empreendedores económicos e sociais interessados em dar expressão prática às suas ideias, apesar da conjuntura actual, aproveitando da melhor forma as oportunidades que estão à sua disposição.
A ADIBER está actualmente empenhada em colaborar estreitamente com todos os Promotores, no sentido de criar as condições que lhes permitam acelerar a execução física e financeira dos seus projectos, fazendo com que os apoios possam ser efectivamente aplicados na economia real e assim contribuírem para minimizar os efeitos e os impactos nas populações, decorrentes do momento de dificuldades que o País atravessa.
Com uma taxa de execução global que já alcançou 25% do total das ajudas programadas, importa incrementar este nível de concretização, demonstrando que os investidores locais mantêm a capacidade de realização dos seus compromissos e que os projectos propostos são essenciais para responder a necessidades identificadas e que estiveram na base da sua aprovação.
As decisões ora tomadas, constituem mais um importante passo para a afirmação dos territórios rurais como espaços de elevado potencial que urge valorizar e transformar em produtos com valor de mercado, num processo que deve conduzir à redução das assimetrias que os separam das regiões mais desenvolvidas, motivando e incentivando à fixação de pessoas que aqui encontrarão alternativas de qualidade a um estilo de vida urbano que actualmente já não responde às suas expectativas.
É com estes exemplos de investimento no mundo rural que se comprova que há ainda quem acredite no futuro destas Regiões, não só como espaços de fruição, mas sobretudo como territórios que podem oferecer uma qualidade de vida condicente com as exigências das sociedades actuais, apresentando-se, neste caso, a Beira Serra como um Território Vivo, Criativo e Empreendedor, onde vale a pena viver. 
in Arganil.eu

sábado, 19 de novembro de 2011

Polícia alemã tenta recuperar obra furtada de Damião de Góis com ajuda da Internet e editoras

A polícia alemã está a recorrer à Internet e a editoras especializadas para tentar recuperar um valioso livro de Damião de Góis roubado na Feira do Livro de Frankfurt, disse hoje à Lusa um porta-voz das autoridades. Portugal tem quatro exemplares da obra de Damião de Góis roubada na Alemanha.
A obra, uma edição original escrita no século XVI, com valor estimado de 18500 euros, desapareceu do pavilhão do alfarrabista holandês Asher Rare Books a 16 de outubro - último dia da edição deste ano da maior mostra livreira mundial.
"Alguém levou o livro enquanto os funcionários do pavilhão estavam a conversar com o público. A polícia foi avisada rapidamente e foram feitas buscas nas imediações mas não se encontrou nada", disse à Lusa um porta-voz da polícia de Frankfurt.
Os investigadores colocaram, entretanto, uma foto da capa do livro na página da polícia do Estado de Hessen, e esperam a colaboração de editoras especializadas para tentar resgatar a obra.
"Trata-se de um livro que não se pode vender de qualquer maneira porque está num índex. Qualquer editora notaria logo de que se trata, por isso, supomos que possa ter sido roubado para ser oferecido a colecionadores", disse a mesma fonte.
A obra de 30 páginas, redigida em 1542 pelo humanista Damião de Góis, uma importante figura do Renascimento, nascido em Portugal, em 1502, intitulava-se "Hispania damiani a goes equitis lusitani" e foi originalmente impressa em Lovaina, na Bélgica.
O tablóide alemão Bild noticia o furto na sua edição regional, e afirma, com base no parecer de especialistas, que um colecionador poderá pagar pela livro dez vezes mais do que o valor que lhe está atribuído.
Portugal tem quatro exemplares da obra de Damião de Góis roubada na Alemanha
Em Portugal existem quatro exemplares da obra "Hispania damiani a goes equitis lusitani" do humanista português Damião de Góis, disse à Lusa a diretora adjunta da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), Maria Inês Cordeiro.
Contactada pela Lusa, a diretora adjunta da BNP, Maria Inês Cordeiro, disse que existem 33 exemplares daquela obra em todo o mundo, dos quais quatro em Portugal, citando o especialista Francisco Leite de Faria, autor de "Estudos bibliográficos sobre Damião de Góis e a sua época".
Segundo aquela responsável, os quatro exemplares existentes em Portugal encontram-se na BNP, na Biblioteca D. Manuel II do Paço Ducal de Vila Viçosa, na Academia de Ciências de Lisboa e na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Existe uma digitalização da obra feita por esta instituição de Coimbral.
A obra roubada tem um valor estimado em 18.500 euros, mas segundo o jornal alemão Bild, um colecionador poderá pagar pela obra rara dez vezes mais do que o valor em que foi avaliada.
Sobre esta questão, Maria Inês Cordeiro afirmou à Lusa: "Sobre o valor, é sempre imprevisível, pois pode haver alguém disposto a dar muito dinheiro. No entanto, acho francamente excessivo que um colecionador conhecedor desse dez vezes o valor indicado".
"Hispania damiani a goes equitis lusitani" foi impressa em 1542 em Lovaina, na Bélgica, onde Damião Góis viveu.
O humanista Damião de Góis (1502-1574) foi amigo de Erasmo de Roterdão e conheceu Martinho Lutero, sendo uma das figuras de referência do Renascimento europeu.
O roubo da obra na Feira de Frankfurt foi considerado "extraordinário" e ocorreu no pavilhão do alfarrabista especializado holandês Asher Rare Books, disse um porta-voz da polícia alemã, citado pela agência France Presse.
in SIC Noticias03.11.2011  

O Jumento


VALE A PENA REFLECTIRMOS. QUE SOCIEDADE ESTAREMOS A CRIAR? DE QUEM É A CUPA? NÃO SERA, TAMBÉM NOSSA'

NA REVISTA SÁBADO

16-11-2011
Por André Barbosa e Tânia Pereirinha e imagem de Joana Mouta

Enquanto Portugal se ri da auxiliar de acção médica concorrente da Casa dos Segredos, que julga que África é um país da América do Sul, a SÁBADO fez um teste básico a 100 alunos de universidades de Lisboa.

Ana Amaro, de 18 anos, que frequenta a licenciatura com o mestrado integrado em Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), está a fumar à porta da faculdade, em Alfama. Aceita participar no teste de cultura geral da SÁBADO (20 perguntas, divididas por dois questionários de 10, ambos com um grau de dificuldade mínimo), mas está mais preocupada em acabar o cigarro. À quinta questão (qual é a capital dos Estados Unidos?), começa a atrapalhar-se. “Estados Unidos...? A esta hora é muita mau”, queixa-se. Não são 7h, são 13h30, e os colegas começam a sair para o almoço. Mas Ana parece ter acordado há 10 minutos, suspeita que a própria confirma. 
A partir daí, é sempre a cair. 

Não sabe quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo, quem fundou a Microsoft, quem é Maria João Pires nem que instrumento toca. E não parece preocupada. Afinal, acabou de acordar.
“Não dei isso no 12.º ano”, “Cinema não é comigo”, “Não me dou bem com a literatura” – na arte de justificar a ignorância, os estudantes universitários inquiridos pela SÁBADO têm nota máxima. “Se perguntasse alguma coisa de psicologia, agora cultura geral...”, diz Janine Pinto, optando pela desculpa número um.

– Quem pintou o tecto da Capela Sistina?
– Ai, agora... Tudo o que tem a ver com capelas e igrejas não sei (desculpa número dois dos universitários). 
– E quem escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo? 
– Eh pá! Coisas com Jesus Cristo?! Sou fraca em religião ... (desculpa número três). 
E se é que isto serve de desculpa, aqui vai a número quatro: Janine, tal como muitos outros inquiridos, não está num curso de Teologia, nem de Artes.

Mas Bruno Marques, 18 anos, no 1.º ano de Ciências da Cultura na Faculdade de Letras, escorrega num tema que deveria dominar.
– Quem é Manoel de Oliveira?
– Já ouvi falar, mas não sei quem é.
– Estás em Ciências da Cultura. Dás Cinema? 
– Sim, algumas coisinhas, mas não sei...

Pedro Besugo, 18 anos, estreante no curso de Turismo da Lusófona, admite não saber qual é a capital de Itália. Perante a insistência da SÁBADO (“Então estás a tirar Turismo e não sabes?”), responde: “Será Florença?” Não é. Como também não é Veneza, nem Milão ou Nápoles, como outros responderam.

Não saber quem pintou a Capela Sistina ou Mona Lisa (um aluno responde Miguel Arcanjo; outro Leonardo di Caprio) é igualmente grave. Talvez não tanto como pensar que África é um país da América do Sul ou não fazer ideia do que é um alpendre. Mas Cátia Palhinhas, do reality show Casa dos Segredos2, autora destas e de outras respostas, que põem o público a rir, não frequenta o ensino superior – é auxiliar de acção médica e está a tirar o 12.º ano à noite no programa Novas Oportunidades. 

Aos 22 anos, sonha tornar-se “conhecida e vencer na televisão”. Por isso, não está nada preocupada em saber qual o maior mamífero do mundo – “É o dinossauro!”, disse há umas semanas.
Há universitários que respondem “mamute” à mesma questão. Catarina, 20 anos, aluna de Psicologia do ISPA, fica na dúvida: “É o elefante. É o mamute. É o elefante. Acho que é o elefante. O elefante é de África e o mamute da Antárctida”.

Leia o artigo completo na revista desta semana.

17/11/11 05:05

Nova circular retira trânsito pesado da vila de Góis


Escrito por José Carlos Salgueiro   
CONTRATO ASSINADO


A Câmara Municipal de Góis assinou ontem, com a empresa “Irmão Almeida Cabral, Lda.” o contrato de adjudicação da circular externa de Carvalhal dos Pombos, uma obra que é considerada estruturante pela presidente da autarquia.
Lurdes Castanheira disse ao Diário de Coimbra que se trata de «uma infra-estrutura estruturante, uma vez que faz ligação a partir da EN 2 e EN 342, desviando, particularmente o trânsito pesado que, assim, não passa dentro da vila».

(Leia mais na edição impressa do Diário de Coimbra)

14.11.11 Diario de Coimbra

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Anónimo disse...


HOJE, NO JORNAL "AS BEIRAS". SEM DÚVIDA, MUITO INTERESSANTE...

Juntas de freguesia

Luís Santarino

Se me tivesse passado pela cabeça que iria assistir a uma espécie de vamos contar mentiras – comédia divinalmente interpretada, de Alfonso Paso, que eu assisti em tempos quando a televisão pública ainda passava umas peças no debate sobre a Reforma Administrativa do Estado, não me teria deslocado à Figueira da Foz. Por outro lado, ficaria imensamente triste e desiludido, porque acho que nunca me diverti tanto!

No meio daquele alvoroço, o secretário de Estado Paulo Júlio, tenho para mim, aliás bem expresso no rosto, era o que mais se divertia.

Colocou a discussão no povo. O povo foi-se reunindo por aqui e por acolá e decidiu: reformem lá o que quiserem, mas a minha freguesia… nunca!

Se eu não estivesse por dentro da coisa, acharia que aquilo mais parecia um encontro de boas pessoas que, a dado momento, se encangalhou. De repente, presidentes de junta rurais e presidentes de junta citadinos entram em grande confusão. O delírio! Pelo meio, Fátima Campos Ferreira vai dando a palavra a uns presidentes de câmara. Cada um a seu jeito, lá vai dizendo que até consideram os presidentes de junta vereadores. Não. Esta não. Não é que eu ia dando uma sonora gargalhada? Ficar-me-ia mal, eu sei…mas aliviava!

Não há regra sem excepção. Sendo que a excepção é os presidentes de câmara gostarem dos das junta, a regra é; cum caraças, lá vou eu ter de aturar aquela gente! Por isso, acabar, juntar, adicionar, somar, qualquer coisa acabada em “ar”, com as juntas é um bem nacional.

Se o povo soubesse as e das guerras que existem, sempre que se aproximam eleições autárquicas, seja pelo cabeça de lista, como pelo tesoureiro ou o vogal, despedia-os a todos.

O que o povo quer é trabalho e esperança. Sobretudo alguém que lhe transmita esperança. Está-se bem a marimbar se a sua junta fica assim ou assado!

O pequeno poder de influenciar pelo favor pedido a outrem, é a maior desgraça que aconteceu a este País de tão diminuta dimensão. Claro que não estamos a falar noutro tipo de corrupção. Nada disso. Influenciar consciências, condicionar opiniões, não; isso não é corrupção. É TERCEIRO MUNDO!

Acabar com 1500 juntas de freguesia não chega. Tem de acabar com bem mais em nome da democracia, da decência e do rigor.

As rurais dever-se-ão manter. São a única ligação dos cidadãos ao mundo. Por isso é inquestionável que se mantenham.

O porreiríssimo vai saber como se vai chamar, por exemplo, a freguesia que vai a suceder a S. Martinho do Bispo e Santa Clara, associadas a mais umas quantas de grande valor cultural… digo eu! Tenho cá uma ideia, mas como não sou daquelas bandas, eles que se entendam.

Pronto. Agora é que foi o caraças. Já não posso ser candidato a nada. Estou a ser politicamente incorrecto. Talvez. Mas não sou parvo e nem me deixo enganar.

Todos sabemos, quem anda na política há muitos anos, para que servem as freguesias e as secções dos partidos políticos. Tão só para dar poder a um bando de analfabetos que poluem de forma sistemática, a forma pedagógica de fazer política.

Não enganem mais o povo. Não merece!

2/11/11 05:22

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Metro Mondego: Ministro Álvaro vai ter música em Janeiro


O Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda do Corvo decidiu ir a Lisboa para cantar as Janeiras ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, no dia 07 de Janeiro de 2012, apelando à população e às organizações locais para que se associem a esta “viagem de simpatia para com os membros do Governo responsáveis pela continuidade da obra do Metro Mondego/Ramal da Lousã”.
“Com esta ida a Lisboa o Movimento Cívico pretende reunir com o ministro da Economia e com o secretário de Estado dos Transportes, para obter informações concretas sobre a continuação das obras no Ramal da Lousã/Metro Mondego, de modo a garantir a existência de um sistema de transporte público de passageiros, sobre carris, de preferência eléctrico, entre Serpins e Estação Velha/Coimbra”, referem os activistas.
Segundo o porta-voz do Movimento Cívico, o médico Jaime Ramos, “perante as circunstâncias económicas de Portugal todos aceitam que as novas linhas, a construir dentro da cidade de Coimbra (Baixa - HUC), possam ser adiadas até haver uma melhoria das condições financeiras”.
Contudo, o Movimento Cívico recorda que este processo do Ramal da Lousã/Metro “não deve ser confundido com obras megalómanas e novos projectos, uma vez que se trata de uma infra-estrutura com mais de cem anos, construída no tempo da monarquia, que transportava mais de um milhão de passageiros por ano”.
“Independentemente de todo o contexto salienta-se que o Presidente da República e o primeiro-ministro assumiram publicamente posições que garantem que se vai encontrar uma solução para se efectivar a circulação de pessoas, sobre carris, entre Serpins e Coimbra/Estação Velha”, acentua o Movimento.
Os cidadãos recordam, ainda, que “todos os partidos na Assembleia da República assumiram o compromisso de o Estado concretizar uma ligação ferroviária, sobre carris, Serpins/Coimbra/Estação Velha”.
in Campeão das Províncias

Feira dos Santos com sabor a mel e castanha



O Mel DOP Serra da Lousã e a castanha servem de cartão-de-visita para a Feira dos Santos, uma tradição de que as gentes de Góis se orgulham em manter viva.
A 01 de Novembro, no dia que é dedicado aos entes queridos já falecidos, a população e os visitantes são convidados a juntar-se no Parque do Baião para (a)provar produtos endógenos e conhecer aqueles que, com criatividade e engenho, usam o mel e as castanhas para dar um sabor genuíno a doces, bolos, aguardentes, licores e outras bebidas artesanais.
Empenhado em fazer deste certame um evento de referência quer no concelho quer na região, o Município de Góis aposta na presença de apicultores que produzem mel certificado DOP Serra da Lousã. A eles, juntam-se os produtores e vendedores de castanhas, artesão e outros comerciantes.
Aberta ainda à participação de empresas, instituições públicas e privadas, a Feira dos Santos tem inscrições a decorrer até hoje, dia 28 de Outubro.
Para além de um torneio de malha, que junta elementos das várias colectividades do concelho, e de uma competição internacional de pesca de truta – peixe que está em destaque nas ementas dos restaurantes de Góis – o programa de actividades alusivo à Feira dos Santos integra três concursos, dedicados, respectivamente, ao Mel DOP Serra da Lousã (em parceria com a cooperativa de apicultores Lousãmel), aos doces e bolos com mel e castanhas e, não menos interessante, a bebidas engarrafadas produzidas de forma artesanal.
Estando o Outono a dar sinal e com o dia de São Martinho a aproximar-se, a feira culminará com um tradicional magusto, ao fim da tarde, oferecido à população pela Câmara de Góis, no Parque do Baião.

Mantém-se a tradição

Antigamente, a matança do porco era feita no recinto da festa. População e forasteiros juntavam-se e faziam a tradicional “torresmada”, prato bastante comum nesta época do ano e que, de forma natural, sempre esteve associado à Feira dos Santos.
Adaptada aos novos tempos, a ligação entre os costumes populares e o dia reservado pela Igreja Católica à celebração em honra de todos os santos e mártires, continua a manter-se.
Depois de visitarem, nos cemitérios, os seus entes queridos já falecidos, a população junta-se no parque das margens do rio Ceira para manter a tradicional “torresmada”, que será preparada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Góis.
Neste dia, o primeiro do mês de Novembro, é tempo de recordar usos e costumes e a estória – conta-se – de um grupo de amigos, porventura agricultores, que todos os anos traziam para a feira o porco e, ali mesmo, faziam a matança e passavam o Dia de Todos os Santos em convívio.
Quem ainda não visitou a vila de Góis e desconhece o que este concelho tem para oferecer, tem por estes dias uma boa oportunidade para adquirir produtos regionais, comprovar a simpatia das gentes locais e conhecer este território de belas paisagens.


Evento visa promover as potencialidades do concelho

Truta no rio e à mesa dos restaurantes

O desejo de dar continuidade ao trabalho de promoção dos recursos e potencialidades do concelho de Góis, aliando o saber fazer à dedicação dos restaurantes locais, leva o Município de Góis a dinamizar a Festa da Truta, evento cuja primeira edição vai realizar-se entre os dias 29 de Outubro e 01 de Novembro.
Confeccionada e acompanhada de variadas formas, a autarquia espera conseguir, em breve, que a truta venha a tornar-se numa presença assídua no cardápio dos estabelecimentos de restauração e mesas da região.
“O apoio à pesca nas suas concessões e a gastronomia local fomentam a oferta turística como um produto ligado ao turismo cultural, divulgando recursos locais já existentes, mas nem sempre bem aproveitados”, explica a presidente da Câmara, Maria de Lurdes Castanheira.
Ao nível da gastronomia, a festa dedicada à truta envolve 15 estabelecimentos de restauração, com o peixe a ser confeccionado e servido como aperitivo.
Gratuitamente, a especialidade pode ser apreciada à mesa dos restaurantes Portela do Torgal, Taberna Mário Carneiro Garcia, Alto da Serra, O Costa da Rotunda, Primavera, Encosta da Seara, Cantinho, Ti Maria do Augusto, O Goiense, Dom Garfo, Caravela, Caçoila, Beira Rio, Tranca da Barriga e Central.
Antes de a truta chegar ao prato dos comensais ou, sequer, às mãos de quem a sabe preparar, é preciso pescá-la. Nesse sentido, durante quatro dias, as margens do rio Ceira acolhem os pescadores que participam no concurso internacional de pesca à pluma, que é levado a cabo com o apoio da Associação Regional das Beiras de Pesca Desportiva.
in Campeão das Províncias