segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Homens da Luta na Moção de recandidatura de José Sócrates

Será que sou burro……….? Extractos Ilustrados

Tudo na vida, tem um começo e um fim. Hoje, é a última vez que me dirijo aos leitores do Varzeense. Foi quase um ano de permanência em vossas casas, dividindo convosco sentimentos e inquietações que, de outra forma, não poderia fazer. Tentei com algum humor, falar daquilo que me preocupa e inquieta. Brincando, falei de coisas sérias, tentando fazer alguma crítica social e política, nacional e local. …
Não é fácil transmitir sentimentos, Se, pessoalmente, ainda se vai conseguindo, por escrito, corre-se o risco de se ser mal interpretado. Se alguma vez ofendi algum dos meus amigos leitores, ficam asa minhas desculpas. Por vezes a intenção com que uma ideia se passa a escrito, não é interpretada da mesma forma por quem a lê.

Importa nesta altura referir que não me escondi sob a capa do anonimato. Sempre estive (como não podia deixar de ser…) perfeitamente identificado perante a direcção do Varzeense e poderia ser, se houvesse razão para isso, chamado à atenção para qualquer acto, ou artigo menos correcto. Compreenderão que, para o tipo de escrita que decidi usar, teria de criar uma imagem. Optei pelo Jumento porque é um animal de força, simpático e muito teimoso tal como eu própria. Se não fosse assim, como poderia ter criado o Malhadiço, a mula da cooperativa ou a vaca Irhin que comigo esteve no presépio?

Gostaria igualmente de vos afirmar que o que escrevi foi aquilo que sentia na altura sem qualquer cópia de qualquer outro artigo publicado por outro. Sempre que fiz citações, identifiquei as fontes Não deveria ser necessário afirmar isto mas, infelizmente, pude constatar que, actualmente e no passado, há artigos assinados no Varzeense que são plágios ( cópias parciais ou totais) de artigos publicados por outros na Internet. Isto não dignifica quem o faz e demonstra um total desrespeito por todos nós que lemos o Varzeense, para além de, à luz da nossa legislação, ser crime. Sou como sempre fui, uma pessoa inquieta, preocupada e atenta ao que se passa à minha volta. Preocupa-me o estado que a que chegou o nosso País. Preocupa-me a falta de seriedade de quem nos governa mas também a pouca credibilidade das alternativas. Estamos a atravessar uma crise profunda. Económica sim mas, muito mais de valores. E se aquela é passível de ser ultrapassada, esta vão demorar muito mais tempo. …A corrupção grassa um pouco por todo o lado. altas figuras da nossa sociedade estão acusadas pelos mais variados crimes e serão julgados por isso. Mas todos nós temos algumas dúvidas da eficácia da nossa justiça, duvidando que venham a ser condenados. E pobre o país em que a população deixe de acreditar na justiça. 

A crise é violente mas infelizmente só para alguns. A criação de "Jobs for the Boys" nunca foi tão intensa e vergonhosa. Um qualquer incompetente se inscrito num partido tira o lugar a outro mais competente. Repare-se que até o Dr. Mário Soares foi obrigado a referi-lo num artigo de opinião publicado recentemente (1 de Fevereiro no DN).
Por cá a situação é a mesma. Os empregos para os "rapazes" estão à vista. …É preciso andar muito distraído para não perceber que estamos mais desedificados, que alguns estabelecimentos comerciais e empresas estão a fechar, que os fios eléctricos (de cobre) são roubados…, que há aldeias que foram pilhadas, igrejas assaltadas, etc. 

Empregos precários que "arranjamos", são uma farsa. Servem apenas para ocupar as pessoas até  novo subsídio de emprego, mascaram as estatísticas criando competição, de uma maneira infame, com o mercado de trabalho… E Quantos de nós já não nos insurgimos contra pessoas e instituições que permanentemente como que brincam à caridadezinha, distribuindo dinheiro e bens àqueles que não precisam em detrimento dos verdadeiros pobres que infelizmente existem bem perto de nós!? Quem por cá passou o Natal, regressou ao passado. …Viram a quantidade de jovens que nem nos apercebíamos que tinha emigrado!?…

Brincamos com a formação. Formamos não para conferir aptidões, mas para manter ocupações…. Quantas pessoas adquiriram formação que nunca aplicaram ou virão a aplicar? Quantos "doutorados" temos em poda, apicultura, hotelaria, informática, olivicultura?
Começam a ouvir-se vozes a pedir reorganização administrativa. Lisboa já começou com a diminuição drástica das freguesias. Quando chegar aos concelhos, alguém tem duvidas que Góis estará em perigo? …
Algum de nós se deu a trabalho de verificar se o programa do Governo (ou da Câmara Municipal) está a ser cumprido? Alguém reclama? Alguém se indigna?



O JUMENTO INDIGNOU-SE.  O JUMENTO TERMINOU.

Espero que tenha valido a pena…
(O Jumento)
in Varzeese, 15/02/11

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Góis dedica montaria a Girão Vitorino

Góis vive amanhã a sua primeira e única montaria ao javali do calendário venatório. Mas mais do que uma caçada, representa uma homenagem ao antigo autarca, José Girão Vitorino, bem como o cumprimento de uma promessa que este havia feito, em 2008, altura em que se realizou a última montaria no concelho.
Helena Pedruco, engenheira da Câmara Municipal de Góis, recorda que, na altura, os preparativos correram da melhor forma e foram muitos os caçadores que ocorreram a Góis, mais concretamente à freguesia de Alavares, onde decorreu a montaria. Todavia, a sorte esteve do lado da caça e não dos caçadores «e não se abateu qualquer exemplar». Um resultado que deixou a organização, da responsabilidade da Câmara de Góis, visivelmente apreensiva e levou o então presidente, José Girão Vitorino, a fazer uma promessa, no sentido de organizar uma montaria para oferecer aos frustrados caçadores. A doença, que acabaria por lhe roubar a vida, não deixou que o antigo autarca cumprisse a promessa, mas a actual presidente, Lurdes Castanheira, decidiu assumir essa tarefa e honrar o compromisso feito, transformando, também, esta montaria numa homenagem a José Girão Vitorino.
Trata-se, pois, como sublinha Helena Pedruco, de «uma montaria especial» aquela se vai realizar amanhã nas freguesias de Góis e Cadafaz. A oferta que Lurdes Castanheira pretendia fazer aos monteiros que ali se deslocaram em 2008 não é possível, «por questões burocráticas», explica aquela técnica, ser feita a custo zero. Todavia, o valor da inscrição (com pequeno almoço e almoço incluído) acabar por ser «simbólico», uma vez que se cifra em 12,5 euros, significativamente mais barato do que é habitual.
Caçadores interessados não faltam, garantiu ontem ao Diário de Coimbra Helena Pedruco, apontando as 60 inscrições já preenchidas e uma lista de espera que já ultrapassa as duas dezenas, com alguns «caçadores inconformados» por já não haver “espaço” para participarem. Quanto aos javalis, de acordo com aquela responsável, «eles têm sido vistos e, inclusive, temos fotografias», que atestam a presença dos animais na mancha. Todavia, adianta, «uma montaria é sempre uma incógnita», tendo em conta que os animais podem afastar-se para outras zonas. Mais grave  – e esse é o grande receio da organização – são as situações de “boicote”, como recentemente aconteceu na Lousã, recorda Helena Pedruco. Por isso os organizadores estão a planear, até amanhã, “montar guarda” ao espaço, no sentido de evitar a presença de intrusos mal intencionados.
Restabelecer equilíbrio
Esta primeira e única montaria deste ano no concelho de Góis e também a primeira desde a má experiência de 2008, tem um objectivo lúdico, dando resposta ao prazer da caça, mas tem também em vista a necessidade de restabelecer um equilibro biológico na região. Helena Pedruco aponta os prejuízos florestais e agrícolas que o excesso de animais desencadeia e recorda que, nas últimas três décadas, com a migração para as cidades, o abandono dos campos e das matas, se criou, na região de Góis, um ”paraíso” para os javalis. «Há sossego e há comida», e, como tal, o número de exemplares foi aumentando ao longo dos últimos anos. E, sublinha, «se há épocas em que há fartura alimentar», por exemplo na época da castanha ou dos cogumelos, há outras alturas, especialmente no Verão, em que escasseia e leva os javalis a «descerem para junto das populações», atacando as culturas. Helena Pedruco sublinha o efeito nefasto desse “assalto”, tendo em conta que se trata de «uma agricultura de subsistência, que requer muita mão-de-obra e custos elevados», cuja destruição, para além do prejuízo económico, «tem um forte impacto psicológico». Isso tem levado, esclarece, «muitas pessoas a deixarem de cultivar os terrenos que estão mais distanciados das povoações».
A caçada pretende, pois, esclarece aquela técnica camarária, «restabelecer o equilíbrio ambiental», salvaguardando a população de javalis, mas também os habitantes das aldeias do concelho e os seus bens. E isso só se consegue “controlando” o número de exemplares, ou seja, abatendo alguns deles. A montaria amanhã cumpre, precisamente, esse propósito.

Encontro dos monteiros
junto aos Paços do Concelho
O encontro dos monteiros está marcado para as 6h00, junto aos Paços do Concelho de Góis. Segue-se o “taco”, o pequeno-almoço reforçado, que vai ser servido na Residência de Estudantes, espaço onde o director da montaria, José Luís Pereira Dinis, vai dar alguns conselhos aos participantes. «Estamos a falar de uma caçada, do uso de armas de fogo e, como tal, todo o cuidado é pouco», refere Helena Pedruco. Às 10h00 caçadores e matilhas partem utmo à mancha e antes das 11h00 tudo deve estar a postos para a caçada, que se prolonga até às 14h00, altura em que se assiste ao regresso à Residência de Estudantes, onde também vai ser servido o almoço.
in Diario de Coimbra 25/02/11

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PROGRAMA DE TV CENSURADO EM PORTUGAL - PLANO INCLINADO (SIC NOTÍCIAS)


Este é o mais recente programa de televisão censurado pelo sistema político português. Nesta última emissão do "Plano Inclinado", transmitido na SIC Notícias a 12 de Fevereiro, o fiscalista Henrique Medina Carreira e o ex-dirigente socialista Henrique Neto explicam que os partidos políticos funcionam como máfias e estão a levar Portugal à bancarrota económica pela segunda vez na História de Portugal.


Henrique Neto revelou a forma como a Maçonaria controla os partidos (ver minuto 26:33). Depois deste programa ir para o ar, a SIC cancelou todas as emissões seguintes.

Os convidados também concordam que não existe nenhuma alternativa dentro do parlamento, com partidos como o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista a defenderem ideias retrógradas do séc. XIX. 


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A SIC Notícias decidiu suspender o programa Plano Inclinado. António José Teixeira e Mário Crespo falam em momento de «ponderação». Medina Carreira recusa comentar.

Plano Inclinado está suspenso por tempo indeterminado. António José Teixeira, director de Programas da SIC Notícias, explica que o canal está a «ponderar o futuro do programa», mas não dá uma data para o regresso do formato.
«Estamos a trabalhar nisso», disse ao SOL António José Teixeira, acrescentando que esta reflexão sobre Plano Inclinado se insere«numa reformulação que foi iniciada no início do ano com o 10.º aniversário do canal».
Mário Crespo, apresentador do programa, também não se quer alongar em comentários. «É um programa com dois anos, estamos a reanalisar o painel e a repensar o formato».
Crespo desdramatiza, porém, a pausa inesperada da emissão, lembrando que esta «não é a primeira vez» que Plano Inclinado esteve suspenso. «Também interrompemos no Natal».
Já o professor Medina Carreira recusa comentar a suspensão do programa. «Eu não sou da SIC, para perceber o que aconteceu tem de perguntar à empresa».
in, SOL 21/02/11

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mais um Editorial Pertinente do Portal do Movimento

 Um município em silêncio


Já vai meio de Fevereiro e, a memória tem destas coisas, continuamos à espera que a Câmara Municipal de Góis explicite o que vimos a Senhora Presidente afirmar, em cerimónias públicas no ano passado, de que "depois de arrumada a casa", coisa que consumia o seu primeiro ano de mandato, iria dar seguimento ao seu programa.

Nada ouvimos e nada transpareceu ainda sobre o assunto.

Sabemos que os tempos estão difíceis. Que os dinheiros estão parcos. Que há clientelas que é preciso satisfazer, mas nada impede que nós, povo anónimo de Góis, não possa ser inteirado de qual é a estratégia de desenvolvimento e projecção do concelho de Góis.

Bem sabemos que há uma rotina diária mas, perdoem-nos a franqueza, um município como o de Góis, em termos administrativos e financeiros, não passa de uma pequena média empresa, só que com uma plêiade de quadros que uma empresa não suportaria.

Ora não poderão esses quadros serem utilizados, não em tarefas de rotina, mas modelando-os como elementos criativos, com olhos virados para o futuro?

Esta é a grande tarefa que qualquer bom executivo se empenhará em construir e realizar.

in, portaldomovimento.com

sábado, 12 de fevereiro de 2011

As escutas, a privacidade e as figuras públicas

Ultimamente o tema da privacidade tem sido objecto de posições contrapostas, o que não admira, dado o melindre que a questão envolve. Há quem entenda que o teor das conversas em que interveio uma alta figura do Estado como interlocutora da pessoa alvo de uma escuta autorizada pelo juiz competente, no âmbito de um processo crime, deve ser trazido a público, considerada a sua relevância social ou política, mesmo que não se confirme a sua relevância criminal; e há os que, do outro lado, antepõem sistematicamente o direito à privacidade a essa pretensão. São conversas de teor privado, dizem, e ninguém tem o direito de conhecer o seu conteúdo. 

O problema, porém, parece-me mal focado. É verdade que todas as pessoas gozam do direito à reserva da vida privada e familiar (art. 26.º da Constituição). Este direito, no entanto, como qualquer outro direito fundamental, não é absoluto. Conflituando com outros direitos de igual valia, como, por exemplo, o direito à informação sobre a coisa pública, a solução não reside em dar-lhe primazia incondicional em relação a esses outros direitos, mas em estabelecer um regime de concordância prática em que, por vezes, o direito á privacidade tenha de ceder face à realização de outros direitos fundamentais, sem que, todavia, fique descaracterizado no seu núcleo impostergável. A medida da cedência tem de ser pautada por princípios de necessidade, adequação e proporcionalidade, como decorre do art. 18.º da Constituição, de forma a que cada um dos direitos possa ter, na situação, o máximo de eficácia possível, de acordo com as regras da mútua compressão e da proibição do excesso. Na linguagem própria do Código Civil, «havendo colisão de direitos iguais da mesma espécie, devem os titulares ceder na medida do necessário para que todos produzam igualmente o seu efeito, sem maior detrimento para qualquer das partes» (art. 335.º).





E já que falei no Código Civil, consagra este, na secção dos direitos da personalidade, art. 80.º: «1 – Todos devem guardar reserva quanto à intimidade da vida privada de outrem; 2 – A extensão da reserva é definida conforme a natureza do caso e a condição das pessoas.» Daqui decorre que os indivíduos que são «figuras públicas» (os políticos, os membros de órgãos de soberania, os detentores de cargos públicos, etc.) têm uma extensão de protecção de reserva da sua vida privada menor do que a que é conferida a cidadãos anónimos. Escreveu Kundera em "A Insustentável Leveza do Ser": «Quem escolhe, por exemplo, uma carreira política, escolhe deliberadamente o público para seu juiz».
Ora, a menor extensão da reserva é justificada não só porque essas pessoas têm os olhos dos seus concidadãos permanentemente em cima de si, mas também e sobretudo porque os actos da sua vida privada são muitas vezes indesligáveis das funções públicas que exercem. Nessa medida, certos desses actos são inescapáveis ao julgamento da opinião pública, e o público tem o direito a ver esclarecidos muitos dos comportamentos dessas pessoas que decorrem, aparentemente, na esfera privada, mas que têm reflexo ou estão mesmo imbricadas nas funções públicas de que estão investidas.
Por conseguinte, não é pelo facto de serem privadas que as conversas em que interveio uma figura pública, ainda por cima dizendo-se que têm conteúdo politico relevante, não podem ser reveladas. Podem ser sonegadas ao conhecimento público por outras razões: por terem sido obtidas por meio de intercepção nas telecomunicações em condições ilícitas, estando feridas de nulidade; por dizerem respeito a um processo em segredo de justiça; por terem sido mandadas destruir por quaisquer das razões indicadas no n.º 6 do art. 188.º do Código de Processo Penal (CPP), havendo, ainda assim, quem defenda que, nestes casos, a destruição só seria possível depois de exercido o contraditório pelos outros intervenientes processuais.
De resto, a publicação de conversações mantidas no processo pode ser permitida, se se verificarem duas condições: se o processo já não estiver em segredo de justiça e se os intervenientes expressamente consentirem na publicação (n.º4 do art. 88.º do CPP), o que significa que a interdição de publicação de conversações telefónicas realizadas no âmbito dum processo não é absoluta.
Ora, não sendo absoluta, pode justificar-se a revelação em face do exercício de um direito que, em dado contexto, tenha prevalência sobre o direito à reserva da palavra ou da vida privada.
Acresce que a lei visa «a publicação por qualquer meio de conversações ou comunicações interceptadas no âmbito de um processo» e já não a explicitação do assunto sobre que versaram essas conversas ou comunicações, supostamente de interesse público.
Em todo o caso, o titular do cargo público pode e deve dar explicações sobre o teor de supostas conversas e comunicações que foram objecto de controvérsia pública e deveria, por imperativo moral e político, consentir na revelação delas no momento azado, desde que constantes do processo, sob pena de ficar a pairar a suspeita de que pretende furtar-se a qualquer coisa que lhe é desfavorável e que o poderia penalizar em termos da função que exerce.
por Artur Costa
in, blogsinedie.blogspot.com

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Porque se Afastam os Jovens?

Há já algum tempo fizemos uma abordagem ao tema acima citado, na presunção de que estávamos a tocar num assunto pertinente, cheio de actualidade e de interesse regional. Em boa hora o fizemos porque, sobre o mesmo, o nosso amigo Carlos Arinto dissertou sobre ele, de forma inteligente, mostrando a outra "face da moeda" que não tínhamos descortinado. Enveredou por outra vertente da mesma realidade, que nenhum regionalista "obstinado" será capaz de aceitar, pela simples razão de que a sua mente está "formatada" nas ideias dum tempo duro em que tudo se concentrava na necessidade duma fonte de água potável. - É bom não esquecer que o regionalismo eclodiu em circunstâncias sociais próprias, no início do século XX.
Fê-lo com tal discernimento que abriu janelas não imaginadas e calou muitas "verdades feitas" que só emperram a caminhada que já devia ter. sido feita, para lá de ter desmistificado as razões onde assentam o nosso repetido "orgulho bacoco". Numa assentada, justificou a ausência dos nossos jovens "com o facto da sociedade serrana não ser uma sociedade aberta como a que existe nas grandes cidades." Esta é, na verdade, uma das nossas grandes pechas, Senão vejamos:
Nos tempos que de- correm, não é admissível que existam rivalidades históricas entre aldeias, ou vilas, que dificultem a boa convivência e harmonia entre povos. Pois já basta a inquietante desertificação e a serra agreste para semearem a aridez humana, senão ainda o isolamento de cada um no seu "casulo", que fará dos poucos ainda mais poucos. Pelo contrário, o que devia ser estimulado como veículo de aproximação entre os
povos, era o desporto sobre qualquer forma ou modalidade. Tal como tem sido experimentado em torneios de verão nas aldeias à volta dos penedos.
O texto a que temos vindo a reportar-nos (publicado no Jornal de Arganil de 18.11.2010) é muito extenso e traz à tona d'água questões importantes que mereciam alguma reflexão, como as que dizem respeito à ausência de apego à terra que algum dos seus fami- liares o viu nascer como a seguir nos referimos:
"Os jovens hoje sentem alguma 'vergonha e acabrunhamento' dizerem que são descendentes de qualquer aldeia perdida lá na serra, porque não possuem adjectivos para defenderem a realidade que desconhecem. Sabem só que é solidária e de abandono. E caem na banalidade do 'lugar bom para descansarem".
Esta situação incómoda, muito sentido pelos jovens, já a abordámos algumas vezes por não termos referências, nem identidade que nos projectem ao nível nacional. Quando alguém nos pergunta donde somos, aquilo que temos "à mão" mais conhecido é a Serra da Lousã. Ora a nossa melhor e mais vistosa referência é os Penedos de Góis, mas essa está calada sem: qualquer visibilidade a nível nacional, como monumento imponente da natureza que se ergue; outras regiões bem gostariam de tê-la por perto!
Estas são apenas algumas questões das muitas que foram apontadas no referido artigo e que ainda não vimos na imprensa, qualquer gesto ou achega, sobre este pertinente as- sunto. Assim sendo, chego à conclusão que devemos andar muito distraídos, ou então andamos envolvidos em pequenas tricas, ou ... meras futilidades, para ocupar o tempo. O que é uma grande pena!
Adriano Pacheco
in O Varzeense, 30/01/2011

Editorial do Portal do Movimento Sugere Grande Reflexão

308 municípios, 4.260 juntas de freguesia e 132 mil funcionários

É perante este cenário que o governo pretende tirar da gaveta e rever o mapa autárquico.
Convencer os autarcas parece ser o principal desafio que envolve o Executivo e o Parlamento.
Todavia se for para uma simples operação cosmética, das muitas a que já nos habituaram, melhor será que engavetem de novo o mapa autárquico.
Se recuarmos um pouco na história recordaremos que Alvares já foi sede de concelho, o que veio a perder em 24 de Outubro de 1855, sendo hoje uma freguesia do concelho de Góis.
Isso deve levar a autarquia de Góis a pôr as sua barbas de molho.
Somos um concelho em que a população tem diminuído de uma forma contínua, em que o seu tecido económico não tem evoluído, permanecendo estagnado.
É portanto um desafio acrescido que o município de Góis poderá ter que enfrentar nos tempos mais próximos.
Que argumentos, que estratégias, que trabalho é que devemos apresentar para não corrermos o risco que, há mais de um século, ditou o destino de Alvares?
Essa tarefa compete aos políticos do nosso concelho. Unindo esforços e congregando a sociedade civil.
Talvez assim cheguemos lá.
Não se esqueça, citando um comentador, de "que um dos problemas da política portuguesa é a incapacidade para antecipar problemas e preparar soluções."
in,portaldomovimento.com

Sócrates começou a "Construir o Futuro" na Escola Básica

Estabelecimento de ensino é o primeiro a ser ligado à Rede de Nova Geração, ontem apresentada, que pretende fazer chegar a fibra óptica a todo o território nacional.O primeiro-ministro ligou ontem a Escola Básica de Penacova a uma rede de fibra óptica, uma cerimónia simbólica, que se vai repetir por todo o país, tendo em vista a criação de uma rede de comunicações que dê igualdade de oportunidades a todos os municípios, sejam do litoral ou do interior.
Em termos da região Centro, o projecto ontem apresentado em Penacova, envolve 42 municípios dos distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém e Leiria.
Trata-se de 47 milhões de euros, que representam a instalação de 7.600 quilómetros de fibra óptica, que vai servir 200 mil pessoas, como explicou o presidente da Comissão Executiva da Visabeira Global, que vai executar o projecto.
Ontem, em Penacova, onde marcaram presença dezenas de autarcas da região, Paulo Varela afirmou ainda que, todos estes clientes «vão fazer parte de uma rede das mais evoluídas do mundo».
Não poderia estar em maior sintonia com José Sócrates, que começou a sua intervenção defendendo que «a melhor forma antecipar o futuro é construí-lo», sustentando que, é isso mesmo que está a ser feito com este projecto.
O chefe de Governo fez uma introdução onde destacou a importância de haver comunicações eficientes para que haja uma coesão do território e do desenvolvimento económico do país.
«É neste campo que não queremos ficar para trás», disse José Sócrates, frisando, várias vezes o papel pioneiro de Portugal na implementação das redes de nova geração, tanto na União Europeia como no resto do mundo. Assim, defendeu o primeiro--ministro, «Portugal está na linha da frente neste domínio», sublinhando que «estamos hoje, aqui, em Penacova, a construir o futuro», salientando ainda que a escolha de uma escola não foi inocente, no sentido em que «o desenvolvimento também se faz com educação, conhecimento e inteligência».

Fibra óptica em todo o país
José Sócrates disse ainda que o objectivo do projecto é levar a fibra óptica a todo o território nacional, «esbatendo as assimetrias entre o litoral e o interior». «Não queremos que haja um Portugal do litoral e um Portugal do interior», referiu, salientando que «somos o único país da União Europeia que decidiu fazer o projecto para todo o território».
O projecto, no que toca à região Centro, representa um investimento de 46,8 milhões de euros, 30,3 dos quais financiados por fundos comunitários. Irá servir uma população estimada de 200 mil pessoas, que equivalem a 70 mil habitações e 15.500 empresas.
Em termos globais, o investimento é de 182 milhões de euros, em 139 municípios, pretendendo abranger um milhão e 200 mil portugueses.
Em termos gerais, como foi explicado durante a cerimónia, trata-se de levar ao interior ligações à internet e televisão por cabo, a alta velocidade, potenciando, desta forma, também a facilidade de trabalho e comunicação das empresas e das pessoas.

Municípios premiados com alguma antecedência
Apesar de ontem ter sido feita a primeira ligação à fibra óptica, no âmbito da criação da Rede de Nova Geração, todos os autarcas envolvidos foram galardoados com o “Título de Excelência”, recebido, de forma simbólica, pelo autarca de Penacova.
Entre os municípios envolvidos contam-se Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Góis, Miranda do Corvo, Mortágua, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela, Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Tábua e Vila Nova de Poiares.
A abrir a cerimónia, Humberto Oliveira havia saudado a realização da iniciativa na Escola Básica de Penacova e fez um paralelo entre as décadas de 70 e 80, em que começaram a ser realizadas as redes de electricidade e abastecimento de água, frisando mesmo a dificuldade actual em cumprir com as taxas médias no que toca a saneamento e tratamento de águas residuais.
«Abraçamos este projecto de corpo e alma», referiu, frisando a intenção de «também contribuir com os nossos pequenos Simplex», sendo que, uma das últimas novidades é a adesão do município ao Instituto Pedro Nunes, como sócio efectivo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Clube Naval do Funchal destaca-se em Góis


As atletas do Clube Naval do Funchal estiveram em destaque no Torneio Open de Cadetes e no Torneio Open Sub-23, que se realizou este sábado, em Góis. Inês Lopes(-48Kg) e Débora Gouveia (- 63 Kg) conquistaram a primeira posição no Torneio Sub-23, enquanto Mariana Gonçalves (-52 Kg) ocupou a segunda posição, sendo todas as atletas do clube insular.
Já no Torneio de Cadetes venceram Rodrigo Lopes (-42Kg ), Claudio Gonçalves (-50 Kg), do Clube Naval do Funchal, e ainda Maria Luísa Rocha(-52 Kg) e Henrique Ferreira (-60 Kg), do Judo Clube da Madeira.
in O Jogo 08/02/11

“Onda” de assaltos a igrejas na Pampilhosa e em Góis

Foram várias as igrejas e tempos religiosos assaltados durante o último fim-de-semana. Os assaltantes “escolheram” a zona da Pampilhosa da Serra e o vizinho concelho de Góis e as situações foram comunicadas à Guarda Nacional Republicana. O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento da GNR da Lousã está a investigar o caso.
Segundo apurámos, o primeiro assalto terá ocorrido ainda na sexta-feira, na igreja de Pessegueiro, na Pampilhosa da Serra. Os assaltantes terão entrado no templo depois de arrombarem uma porta lateral e levaram um valor estimado em 500 euros, que se encontrava na caixa das esmolas.
Também naquela freguesia do concelho da Pampilhosa da Serra, no mesmo dia, foram arrombadas e vandalizadas duas “alminhas”. Trata-se de pequenos altares de culto, cujas caixas de esmolas também foram alvo dos assaltantes, desconhecendo-se o valor do furto.
De acordo com fonte do Destacamento da GNR da Lousã, no dia seguinte, ou seja, no sábado, foi a vez de ser assaltada a igreja matriz da localidade de Ponte do Sótão, no concelho de Góis. Um assalto que terá sido perpetrado entre a meia-noite e as 8h00 da manhã. Também aqui os assaltantes arrombaram uma das portas da igreja, introduzindo-se no seu interior. Desconhece-se, todavia, de acordo com a mesma fonte, qual o valor do dinheiro que os larápios terão levado consigo.
Ainda no concelho de Góis e no mesmo dia, há registo de um segundo assalto, praticado no Santuário de Nossa Senhora do Rosário. Mais uma vez, os assaltantes recorreram ao método do arrombamento, para se introduzirem no interior da igreja, desconhecendo-se, também, qual o valor do dinheiro existente na caixa das esmolas, do qual se apoderaram.

Pontos comuns
Em comum os assaltos têm o recurso ao arrombamento, bem como o furto dos valores da caixa das esmolas. Para além disso e dos prejuízos decorrentes do assalto, os larápios não se terão apoderado de quaisquer outros artigos.
O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento da GNR da Lousã está a investigar o caso, no sentido de apurar eventuais ligações entre os diferentes assaltos e proceder à identificação dos respectivos autores.
Recorde-se que em 2008 se assistiu a um verdadeiro surto de assaltos a igrejas e capelas, com particular incidência nos concelhos de Oliveira do Hospital, Arganil, Tábua, Seia e Penacova, cujos suspeitos foram detidos nos princípios de Janeiro de 2009.,no âmbito de uma investigação levada a efeito pelo NIC da Lousã. Foram cinco os implicados neste processo, indivíduos com idades entre os 24 e 30 anos, todos da zona de Oliveira do Hospital. O alegado cabecilha desta “organização”, que terá sido responsável por 35 furtos, ainda está, segundo apurámos, a cumprir pena de prisão, facto que, a priori, o “afasta” desta nova onda de assaltos. Todavia, não será de descurar a existência de uma renovada “célula” daquele grupo, uma vez que o “modus operandi” é bastante semelhante. Ou seja, arrombam a porta da igreja e apoderam-se do pecúlio existente na caixa das esmolas.
in Diario de Coimbra 08/02/11

Miguel Ventura empenhado no progresso da Beira Serra

Convicto da meta que pretende atingir nestes dois anos, Miguel Ventura tomou posse como presidente da direcção da ADIBER, numa cerimónia que reuniu presidentes das autarquias da Beira Serra e diversas entidades, onde apresentou o «caminho» que pretende trilhar. E são três áreas “prioritárias”: o «desenvolvimento local e rural», «a formação, qualificação e emprego» e «os novos direitos dos cidadãos». 
Relativamente à primeira, pretende-se «contribuir para o aumento da produtividade do tecido económico, a partir da valorização das potencialidades locais e dos seus factores identitários e distintivos, através do apoio a pequenas incitativas empresariais, cuja dinâmica empreendedora permite criar novos postos de trabalho e gerar riqueza, essencial ao progresso». Miguel Ventura lembrou que já estão “comprometidos” 2,4 milhões de euros, no âmbito do Subprograma 3 do PRODER, em projectos que representam 4,6 milhões de euros e possibilitarão criar 58 novos postos de trabalho e a manutenção de cerca de 80.  E acrescentou que «a boa execução do programa permitirá beneficiarmos do aumento da sua dotação orçamental, captando mais meios para a região». 
Também a formação, a qualificação e o emprego assumem «uma importância crescente no combate à exclusão social e na promoção do emprego e da competitividade da região». Por isso, «continuaremos a pugnar por um território mais solidário e inclusivo socialmente, em que sejam disponibilizadas oportunidades para que todos os cidadãos possam aceder a uma melhor qualidade de vida», onde também «os novos direitos dos cidadãos estarão no centro das nossas preocupações». 
Miguel Ventura assume esta «missão não será fácil», e «por isso mesmo, será mais estimulante e requer uma disponibilidade crescente de todos os actores locais». «Este é um trabalho que só resulta se for compreendido pelos seus beneficiários», disse ainda, sublinhando que a ADIBER «se orgulha de dispor de uma equipa técnica multidisciplinar, jovem, dedicada e extremamente competente, que dá todas as garantias de um trabalho sério e de qualidade e está consciente das responsabilidades perante a região».
Homenagem a José Cabeças
O novo presidente fez questão de recordar José Cabeças, pois «foi sob a sua carismática liderança que um grupo de pessoas interessadas no progresso do concelho de Góis e inconformadas com o facto de surgirem novas possibilidades para o desenvolvimento do território que não estavam ao alcance das autarquias, formalizaram a criação da então denominada Associação de Desenvolvimento de Góis». Destacou ainda a acção de Lurdes Castanheira, actual presidente da Câmara de Góis, sócia-fundadora e secretaria da direcção durante 15 anos. 
Para Carlos Castanheira, presidente da Assembleia Geral, a ADIBER «é liderada por um homem que a ela se entregou e alma e coração (…). Um jovem determinado, sério, ambicioso, conhecedor do que faz, homem de gabinete e de terreno, a pessoa certa no lugar certo», disse, referindo-se a Miguel Ventura. A José Cabeças prestou «uma justa e sincera homenagem», lembrando que «hoje deixa de pertencer formalmente aos quadros, mas pertencerá sempre de direito». Uma palavra ainda para Lurdes Castanheira, «generosa, dinâmica, exigente e que põe em tudo o que faz a grandeza da sua maneira de ser». 

Novos corpos
sociais da ADIBER
Para além de Miguel Ventura, presidente da direcção, tomaram posse os restantes elementos dos órgãos sociais, eleitos na semana passada, em assembleia-geral extraordinária. A direcção integra ainda Lurdes Barata, como secretário, Maria Luísa da Silva, tesoureira sendo Valentim Rosa e Joaquim Mateus, respectivamente primeiro e segundo vogais. João Mourão e Elvira Costa são os vogais suplentes.
A presidir à Assembleia-
-Geral continua Carlos Castanheira, que tem como vice-
-presidente  Erminda Muro, ocupando José Francisco Rolo as funções de secretário. Como secretário suplente está a  Junta de Freguesia de Póvoa de Midões, representada por José Oliveira O Conselho Fiscal é presidido por Hélder Barata, tendo como primeiro vogal a  Junta de Freguesia de Alvares, representada por Victor Jesus Marques e  Sandra David é a segunda vogal. Como vogais suplentes estão Ana Luísa Oliveira e Carlos Gomes. 

in Diario de Coimbra, 08/02/11