Ultimamente o tema da privacidade tem sido objecto de posições contrapostas, o que não admira, dado o melindre que a questão envolve. Há quem entenda que o teor das conversas em que interveio uma alta figura do Estado como interlocutora da pessoa alvo de uma escuta autorizada pelo juiz competente, no âmbito de um processo crime, deve ser trazido a público, considerada a sua relevância social ou política, mesmo que não se confirme a sua relevância criminal; e há os que, do outro lado, antepõem sistematicamente o direito à privacidade a essa pretensão. São conversas de teor privado, dizem, e ninguém tem o direito de conhecer o seu conteúdo.
O problema, porém, parece-me mal focado. É verdade que todas as pessoas gozam do direito à reserva da vida privada e familiar (art. 26.º da Constituição). Este direito, no entanto, como qualquer outro direito fundamental, não é absoluto. Conflituando com outros direitos de igual valia, como, por exemplo, o direito à informação sobre a coisa pública, a solução não reside em dar-lhe primazia incondicional em relação a esses outros direitos, mas em estabelecer um regime de concordância prática em que, por vezes, o direito á privacidade tenha de ceder face à realização de outros direitos fundamentais, sem que, todavia, fique descaracterizado no seu núcleo impostergável. A medida da cedência tem de ser pautada por princípios de necessidade, adequação e proporcionalidade, como decorre do art. 18.º da Constituição, de forma a que cada um dos direitos possa ter, na situação, o máximo de eficácia possível, de acordo com as regras da mútua compressão e da proibição do excesso. Na linguagem própria do Código Civil, «havendo colisão de direitos iguais da mesma espécie, devem os titulares ceder na medida do necessário para que todos produzam igualmente o seu efeito, sem maior detrimento para qualquer das partes» (art. 335.º).
E já que falei no Código Civil, consagra este, na secção dos direitos da personalidade, art. 80.º: «1 – Todos devem guardar reserva quanto à intimidade da vida privada de outrem; 2 – A extensão da reserva é definida conforme a natureza do caso e a condição das pessoas.» Daqui decorre que os indivíduos que são «figuras públicas» (os políticos, os membros de órgãos de soberania, os detentores de cargos públicos, etc.) têm uma extensão de protecção de reserva da sua vida privada menor do que a que é conferida a cidadãos anónimos. Escreveu Kundera em "A Insustentável Leveza do Ser": «Quem escolhe, por exemplo, uma carreira política, escolhe deliberadamente o público para seu juiz».
Ora, a menor extensão da reserva é justificada não só porque essas pessoas têm os olhos dos seus concidadãos permanentemente em cima de si, mas também e sobretudo porque os actos da sua vida privada são muitas vezes indesligáveis das funções públicas que exercem. Nessa medida, certos desses actos são inescapáveis ao julgamento da opinião pública, e o público tem o direito a ver esclarecidos muitos dos comportamentos dessas pessoas que decorrem, aparentemente, na esfera privada, mas que têm reflexo ou estão mesmo imbricadas nas funções públicas de que estão investidas.
Por conseguinte, não é pelo facto de serem privadas que as conversas em que interveio uma figura pública, ainda por cima dizendo-se que têm conteúdo politico relevante, não podem ser reveladas. Podem ser sonegadas ao conhecimento público por outras razões: por terem sido obtidas por meio de intercepção nas telecomunicações em condições ilícitas, estando feridas de nulidade; por dizerem respeito a um processo em segredo de justiça; por terem sido mandadas destruir por quaisquer das razões indicadas no n.º 6 do art. 188.º do Código de Processo Penal (CPP), havendo, ainda assim, quem defenda que, nestes casos, a destruição só seria possível depois de exercido o contraditório pelos outros intervenientes processuais.
De resto, a publicação de conversações mantidas no processo pode ser permitida, se se verificarem duas condições: se o processo já não estiver em segredo de justiça e se os intervenientes expressamente consentirem na publicação (n.º4 do art. 88.º do CPP), o que significa que a interdição de publicação de conversações telefónicas realizadas no âmbito dum processo não é absoluta.
Ora, não sendo absoluta, pode justificar-se a revelação em face do exercício de um direito que, em dado contexto, tenha prevalência sobre o direito à reserva da palavra ou da vida privada.
Acresce que a lei visa «a publicação por qualquer meio de conversações ou comunicações interceptadas no âmbito de um processo» e já não a explicitação do assunto sobre que versaram essas conversas ou comunicações, supostamente de interesse público.
Em todo o caso, o titular do cargo público pode e deve dar explicações sobre o teor de supostas conversas e comunicações que foram objecto de controvérsia pública e deveria, por imperativo moral e político, consentir na revelação delas no momento azado, desde que constantes do processo, sob pena de ficar a pairar a suspeita de que pretende furtar-se a qualquer coisa que lhe é desfavorável e que o poderia penalizar em termos da função que exerce.
por Artur Costa
in, blogsinedie.blogspot.com
Os trabalhos para os rapazes e raparigas continuam a aparecer, apesar da crise e dos cortes. As meninas do progride, não se sabe como, foram parar à Câmara, mais uma nova migrante que das 9 às 5 de segunda a sexta frequenta Góis, deve ser mão de obra essencial que pelos nossos desempregados locais não poderia ser preenchida; e já agora, as novas criações e promoções de postos. Tudo isto me faz pensar que com a diminuição da população residente e aumentos dos postos a Câmara de Góis deve andar a trabalhar para fora.
ResponderEliminarExcelente artigo. Concordo com o seu ponto de vista.
ResponderEliminarmuito anonimamente porque aqui vilependiar é mato...
O PS dos ministros e deputados tem de garantir aos seus apaniguados vida fácil, caso contrário quem lhes cola cartazes ou levanta a a mãozinha nos comícios?
ResponderEliminarÉ por isso que as câmaras municipais estão cheias destes chulos da mãozinha levantada.
Só mostra... que não são manetas! RIR
ResponderEliminarMais uma imposta pelo sacristão o rei do tacho.
ResponderEliminarO que é que foi imposto pelo sacristão?
ResponderEliminarOLHEM JÁ VIRAM COMO ESTÁ O SITE DO CANDIDATO DIAMANTINO GARCIA À CMGÓIS?
ResponderEliminarwww.diamantinogarcia.com - agora é um site de diamantes soltos? Isto é alguma brincadeira? Acho que ele quis apagar as promesas que fez, visto que não ganhou e esquecer mais um periodo negro da vida dele. Porque a nossa presidente, essa mantem o site, para quem quiser conferir as suas promessas - isto é que é transparência e rigor! http://www.lurdescastanheira.com/
isto é que importa - o resto é treta!
O que tu querias que "importasse" eu sei bem o que é! Mas pode tirar o cavalinho da chuva que não levas nada!... Lambe-botas!...
ResponderEliminarQuantas é que já foram cumpridas, podes listar?!
ResponderEliminarNão há espaço aqui para listá-las todas, mas posso ir dando algumas aos poucos
ResponderEliminarNão te esqueças que só temos 1 ano e meio... vocês já estão há 30 anos na oposição e nada!
Organização e Gestão Local:
- O compromisso de uma nova cultura política local assente numa atitude proactiva no exercício de todas as competências que a lei confere às Autarquias.
- A criação de um Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Local.
- A aposta num financiamento municipal de actividades recreativas, culturais e sociais mais transparente e assente em critérios objectivos de avaliação dos seus resultados.
- A articulação com as Juntas de Freguesia, através da contratualização plurianual, designadamente nas áreas de gestão dos espaços públicos e prestação de serviços de âmbito social.
- O compromisso por uma administração municipal rigorosa, aberta, moderna e amiga do cidadão.
- A generalização do uso das novas tecnologias (sistemas de informação) na prestação de serviços locais, garantindo uma maior transparência e celeridade nos procedimentos.
- A disponibilização de serviços electrónicos a que os munícipes possam aceder, bem como a prestação de informação actualizada sobre o estado dos processos.
- Reinstalar os serviços municipais no edifício dos Paços do Concelho.
- Construir o novo estaleiro e oficinas municipais.
- Implementar a politica de gestão da qualidade dos serviços municipais.
- Institucionalizar sistemas eficazes e transparentes de auditoria financeira, de compras e de obras públicas.
hahahahaha, isto é só rir!
ResponderEliminarComo é que tens a lata de vis aqui listar promessas que nem sequer foram ou estão em vias de serem cumpridas?! Por aí se vê a vossa seriedade, não sei que és, mas a julgar por o que escreves, ou és da raia miúda ou és o exemplo perfeito da comédia que se tornou a gestão desta Câmara.
- A criação de um Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Local. Aonde? Alguém sabe?
- O compromisso por uma administração municipal rigorosa, aberta, moderna e amiga do cidadão. Amiga do cidadão, aberta, rigorosa?????? Estás claramente a delirar! Nunca vi tamanha falta de rigor, e de hostilidade para com o cidadão como se tem visto ultimamente. Claramente LC não é presidente de todos!
-prestação de informação actualizada sobre o estado dos processos. hahahaha
- Construir o novo estaleiro e oficinas municipais. O verbo está no infinitivo pessoal ou seja continua promessa. Deveria estar no gerúndio ou até no particípio passado.
Olha e a transparencia….valha-nos Deus!
Reinstalar os serviços municipais no edifício dos Paços do Concelho não é mérito nenhum. Quem é que iniciou e teve a iniciativa das obras?
ResponderEliminarRapazida
ResponderEliminarO sr. Miguel Ventura pres.da Adiber e o 3º Socialista que não é de Gois.
Adiber escola de virtudes,apredem muito a lidar com os euros.
Os de Gois não tocam na xinxa.´´E,É.É.
Gois terra Mátir
Transparência
ResponderEliminarRigor
Seriedade
Trabalho e Responsabilidade
Diamantinos, Antões, Vitós, Vitinhos, Abilios! Com estes sim era ver Góis a avançar...
Que foi?
Não é piada!
Já disse que não é piada!!
Tá bem, pronto... dassss não se pode brincar!
Filipes, Migueis Mourões, Catarinos, Tozes Sapateiros…. arre isso é que é trabalho, rigor e muita, muita seriedade. hahahahahaha
ResponderEliminarTransparência não, senão eles borram-se todos.
Muito mais!
ResponderEliminarCom todas estas promessas e obras a decorrer e bla bla bla...parece que góis só passou a existir agora...
ResponderEliminarEstou certo... ou estarei a ficar maluco
Já não vinha aqui cultivar-me a já algum tempo, e pelo que li parece que não estão satisfeitos com a presidente da camara.
ResponderEliminarSe houvesse eleições agora em quem votavam????
(Podiam fazer aqui um estudo sobre isso)
NO PAI NATAL PQ ESSA MERDA ESTÁ TÃO DE RASTOS QUE SÓ ELE FARIA MELHOR.
ResponderEliminarFuturamente vou passar a chamar todos os anónimos de grandes FILHOSB DA PUTA, como gostam de se assumir! Verdade ou mentira? RIR
ResponderEliminarSÓ PODES SER MAIS UM AFILHADO DA LULU, O PAI NATAL NÃO FALA COMO TU.
ResponderEliminarA cegueira é total. Como é possível elencar uma série de factos que todos sabemas que não foram realizados. Só falta juntar o Tribunal Arbitral, a revisão do PDM, o mercado municipal, a tranferência do presépio para local definitivo (alicerces de uma qualquer construção...), etc.
ResponderEliminarBoa pergunta, anónimo das 23:17!
ResponderEliminarEm quem votar caso houvesse novas eleições...
Estamos fod. e mal pagos, esse é que é essa!
ENTÃO OS COMENTÁRIOS AGORA SÃO TODOS ELIMINADOS? PERDEU-SE A LIBERDADE DE EXPREÇÃO? ASSIM NÃO VALE.
ResponderEliminarDeve ter sido por causa dos anónimos FILHOS DA PUTA! RIR
ResponderEliminarORDEM PARA DEFENDER: Quem ler o Varzeense, percebe o que digo. Quem tanto criticou o Girão vem em fotografia a assinar empreitada de construção de passeios!!!, em rua que ninguém conhece. Fotógrafo: o secretário que recebe mais de 1500 euros/mês. Depois, os lacaios: 1- o gadelhas vem falar de voluntarismo e aproveita para defender os acusados que "só" falsificaram documentos e usaram fundos comunitários para outros fins...coitadinhos!!! 2- O novo presidente da ADIBER (pasme-se) vem dar os parabéna à CM por ter soldadado umas curvas nos sinais da vila. Para isso precisa de várias linhas, mostrando que não tem, nem sabe, fazer nada.3- O lambe botas da Várzea a quem só falta reformar o gato e o piriquito, uma vez que ele, a mulher e a filha já estão e conseguiu meter a sogra no lar de VNC passsando à frente de toda a gente vem vhamar cegos aos que não vêem o magnífico progresso da nossa terra e aponta várias obras todas do anterior executivo e a da ETAR de VNC que não está a ser feita pela CM mas pelas àguas do centro. Este, para além de lambe botas e cego, também é ....burro!!!
ResponderEliminarORDEM PARA RESPONDER A MERDITAS ANONIMAS
ResponderEliminarTodos assinam o que escrevem (bom principio).
Claro que aparecem logo merditas como este aqui de cima, sem inteligência suficiente para fazer oposição de cara destapada.
E francamente imaginar que este tipo de ataque rasteiro vem de quem queria estar no poder e já lá esteve, deixa-me satisfeito pela superioridade com que a maioria dos goienses os mandou berdamerda :)
Uma maioria muito muito pequena como tu bem sabes, mas gostas de ignorar.
ResponderEliminaró das 16:14 deste boa resposta ao engº da várzea... eu acho que ele ainda anda inchado porque ainda não se restableceu da derrota de há 1 ano atrás... Ele fala mal dos forasteiros, mas apesar de arranjar uma casa da camara para a filha, um forasteiro (=zé ninguém, que aliás tentou colocá-lo na camara também), acabou por levá-la para um buraco londe de góis... que miséria
ResponderEliminaró malcheiroso do pombal, toma mais coisas que a camara fez este mandato:
ResponderEliminar- estimulou o espírito empreendedor, a inovação e a criatividade.
- Afirmou a identidade do nosso Município para que este se transforme num ponto de
referência (uma “âncora”), mediante a definição de estratégias de desenvolvimento
territorial.
- Apoiou as indústrias existentes e incentivar a criatividade e inovação enquanto
passo decisivo no processo de diferenciação e atractividade local.
- Está a instalar o Pólo Industrial de Góis (Alagoa).
- Amplia e requalifica o Pólo Industrial de Cortes.
- Dinamiza o Pólo Industrial de Vila Nova do Ceira.
- Revitalizou o comércio local.
- Reforçou a competitividade na relação da autarquia com as instituições, empresas e
famílias, cruzando, naturalmente, com domínios tão distintos como transportes,
comunicações, energia e habitação.
- Implementou uma política energética municipal com vista à racionalização dos
consumos dos edifícios públicos, promovendo a utilização de energias renováveis.
- Promove um Plano Municipal de Qualificação de forma a “criar” cidadãos activos,
preparados para competir e, por essa via, alcançar novas oportunidades.
- Reforçou a cooperação estratégica intermunicipal em particular na concepção e
gestão de projectos de qualidade, tais como na área do turismo, habitação,
equipamentos desportivos e sociais.
- Reforçou a cooperação e o intercâmbio de experiências com municípios de outros
países, nomeadamente europeus, através da formalização de processos de
geminação.
- queres mais?
Ena cum raio, tanta água...
ResponderEliminarÓ meu das 21.14 tu falas de que concelho pareces aquele tipo das Nações Unidas a ler o discurso que não era dele
ResponderEliminarTranscrever o programa eleitoral talvez seja boa ideia! Para se verem bem as promessas!... Que não se cumprem!... Escrever é fácil!...
ResponderEliminarEste tretas das 21:14 é cá um "jeitoso". Gozista!... Tou-te a entender!...
ResponderEliminarTanta mentira, copy/paste (que já começa a ser um hábito nesse vosso executivo) de algum panfleto. Mas nós sabemos bem que desde então muito comercio encerrou, tanto na sede quanto no concelho, muitas pessoas têm tido a vida dificultada propositadamente e vêm as suas iniciativas e empreendedorismo ser boicotado e até minado por esta câmara. Lembram-se do encontro de concertinas de Alvares?
ResponderEliminarE muitos mais, que não gostariam de ver as suas histórias espalhadas por aqui. Continuem assim que as histórias não aparecem agora, mas aparecerão em ano de eleições.
José Rodrigues a presidente, já!
ResponderEliminarOnde pára a liberdade
ResponderEliminarque este blogger apregoa,
se ele vai cortando à toa
tudo quanto não lhe agrade?
RIR
Tudo o que não lhe agrade não. Tudo o que não está de acordo com as condições que ele coloca.
ResponderEliminarSó mesmo parra riri... à gargalhada, carago! VIT
ResponderEliminarA Pitunisa, carago!
ResponderEliminarborrou-se toda de medo
e foi ver, muito em segredo,
o penico em que me cago!
UDP
Tu bem a chateias mas a mulher esta-se a cagar para ti e para a tua descendência oh monte de esterco.Fez ela bem em deixra-te a falar ao espelho, ou seja o teu penico...
ResponderEliminarÒ Nunes, seu velhadas poltrão!!! Porra que nunca mais morres! Que soda!!!
ResponderEliminarÓ Nunes que fraco nível! Isso é lá português que se apresente? Calhoada?!!! Isso precisavs tu era de levar nos... cornos! Sua besta!!!
ResponderEliminarAcaso mereces, mais? Para a tua craveira... chega bem! E ficam sobras, pá!
ResponderEliminarTu adoras isto pá! E ainda dizes que está a morrer?! Que farias depois? Vê-se que é o teu escape.
ResponderEliminarNão é por gosto,pá; é por espírito de missão! É para, como se faz às alimárias, pôr um frei nos dentes a estes FILHOS DA PUTA que, sob o anonimato, andam para aí a caluniar toda a gente a torto e a direito. Ainda bem que existe um Nunes para lhes refrear... os maus instintos! UDP
ResponderEliminarToda a gente não. As figuras públicas, os políticos locais. Se leres o texto talvez aprendas que quem anda a chuva molha-se .
ResponderEliminar«Quem escolhe, por exemplo, uma carreira política, escolhe deliberadamente o público para seu juiz».