terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uma aldeia abandonada renasce como unidade turística e ecológica

Uma aldeia do concelho de Góis, que esteve vários anos abandonada, está a renascer como comunidade ecológica no âmbito de um projecto turístico cujo investimento privado ronda um milhão de euros.

O empreendimento assenta na recuperação e adaptação das casas do Loural, uma pequena povoação onde viveram cerca de 15 famílias, no território da União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal, entre as serras do Açor e da Lousã, no distrito de Coimbra. 

O promotor é o português Francisco Nunes Castanheira, casado com uma cidadã holandesa e radicado em Haia, que comprou todas as propriedades urbanas e rústicas da povoação, incluindo uma área florestal, que totalizam 30 hectares. 

Cláudia Passos, gerente do Loural Village, contou à Lusa que o projecto prevê a instalação de "habitantes permanentes" que promoverão a produção florestal e agropecuária "de uma forma sustentável". 

Os primeiros residentes são a própria Cláudia Passos, ex-professora do ensino básico, o marido e os filhos do casal, uma menina e um menino, de três e sete anos, respetivamente, que participam nas tarefas diárias da família e não frequentam qualquer estabelecimento de ensino. Ambos aprendem a ler e escrever em casa, com os pais. Só o rapaz tem aulas de natação e música, em Arganil. 
Segundo a gerente, "foram recuperadas cinco casas" no Loural, para alojamento de férias, estando prevista para breve a reabilitação de mais habitações, além de currais e palheiros.


Os terrenos de cultivo totalizam sete hectares, onde aqueles moradores encetaram já produções para consumo familiar. 


As receitas do alojamento a turistas "terão uma importância económica" para a viabilidade do Loural Village, enquanto "aposta autossuficiente e sustentável", que passa pela valorização da floresta autóctone e das energias alternativas. 

Um moinho de água, que outrora produziu farinha, vai ser adaptado para obtenção de energia elétrica, enquanto um forno será restaurado para voltar a cozer broa ou confecionar diferentes iguarias. 
O complexo turístico dispõe ainda de piscina, sala de reuniões e uma pequena biblioteca, referiu Cláudia Passos. 

Neste momento, dois voluntários -- um francês e um norte-americano -- estão a trabalhar na comunidade, ao abrigo de um programa internacional na área da agricultura biológica. As infraestruturas públicas, como arruamentos, saneamento e abastecimento de água, foram realizadas pela Câmara Municipal de Góis, que gastou 253 mil euros, com financiamento europeu através dos programas Mais Centro e Proder. 

Por seu turno, a empresa Banema, que aplica "madeiras exclusivas" no Loural Village, salientou que este é "um projecto turístico 100% sustentável". Estas madeiras "salientam o aspeto rústico das casas e fazem com que haja uma harmonia da construção com a natureza, o que contribui para alcançar o objetivo de criação de um espaço para meditação", disse o administrador Joaquim Neves.



O Loural Village "vem suprir uma grande lacuna" ao nível do alojamento turístico e promover "uma dinâmica completamente diferente" num concelho flagelado pela desertificação, disse à Lusa a presidente da autarquia, Lurdes Castanheira. "Trata-se da primeira unidade vocacionada para o turismo a surgir naquele território" de Cadafaz e Colmeal, acentuou a autarca do PS.











in Fugas.Público.Hoteis, por Lusa 02.12.2014

15 comentários:

  1. As infraestruturas públicas, como arruamentos, saneamento e abastecimento de água, foram realizadas pela Câmara Municipal de Góis, que gastou 253 mil euros, com financiamento europeu através dos programas Mais Centro e Proder. - See more at: http://goislivre.blogspot.pt/#sthash.7YRZrxKK.dpuf

    Não me parece que este valor, referido na notícia, esteja correcto.
    Seja este ou outro, parece-me uma parceria de apoiar, e com algum interesse para o Concelho, embora lamente que não seja tomada atitude igual com outros. Espera-se apenas que prossiga os fins indicados e não outros com bem menos interesse.

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  2. Afinal o actual Executivo socialista de Góis ainda ajuda a fazer alguma coisa.

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  3. O projecto não é do atual executivo. A candidatura foi aprovada no tempo do Sr Girão. Respeitem a memória...

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  4. esta e todas, mas este executivo faz alguma coisa para alem de pagar favores políticos?

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  5. Projecto de que tempo?
    Tenham juizo!

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  6. Acontecimentos considerados atípicos na política local levam o Grupo Independentes por Góis (GIG) a exigir que os goienses sejam novamente ouvidos nas urnas.

    Em comunicação enviada a NDC o GIG lembra que a Presidente do Município de Góis, Maria de Lurdes Castanheira, anunciou na na reunião da Câmara do dia 25 de novembro que iria retirar todos os pelouros ao vereador do seu partido, José Rodrigues, por alegada falta de confiança política, acrescentando que a autarca informou ainda que estas alterações seriam levadas a cabo a partir do primeiro dia do mês de dezembro.

    Na Assembleia Municipal do dia 29 de novembro, o Grupo Independentes por Góis demonstrou a sua profunda preocupação perante estas declarações, através da intervenção do seu líder de bancada, Miguel Fortunato. O deputado do GIG disse não ser justificável que, após um ano de mandato, o Partido Socialista (PS) de Góis chegue à situação atual, pondo em causa a governabilidade do concelho.

    Já há um ano atrás, a Presidente do Município, após ter repetido incansavelmente, durante a campanha eleitoral, que a equipa seria a mesma, retirou o cargo de vice-presidência ao vereador José Rodrigues, assim que tomou posse.

    A agravar esta crise política, vieram a lume declarações do Presidente da Assembleia Municipal que ponderou demitir-se do cargo, caso a lista que encabeçava para as eleições dos delegados para o Congresso do Partido Socialista perdesse.

    A verdade é que esta lista saiu derrotada pela lista do vereador José Rodrigues e o Presidente da Assembleia Municipal não se demitiu, conclui o GIG.
    in http://www.noticiasdecoimbra.pt/independentes-por-gois-exigem-eleicoes-antecipadas/

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  7. presidenta, não precisa de fingir que vai cagar, já toda a gente percebeu que se está a cagar para Góis.

    Arranje uma depressão e desapareça.

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  8. http://marioruivo.pt/cronicas/solidario-com-jose-rodriges/

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  9. realmente se tivesse a cagar para gois nao precisava de se recandidatar outra vez. todos dizem que ja tem o pelouro garantido em lisboa

    no PS nunca faltou a liberdade de expressão.vejam que os "socialistas" que falam são os ressabiados:

    justa - apoia a neta (tá no direito dela, mas nao deve e nem pode fazer campanha contra o partido ao qual é militante)

    mourao - como não virou secretario está revoltado

    felipe - afastado por não aguentar a pressão.. na camara de coimbra o trabalho nao é tanto

    Rodrigues-
    Recursos Humanos - ???
    Educação - escola da ponte sótão
    Ação social, formação, emprego e juventude ????
    Apoio ao desenvolvimento local e empreendedorismo -?????
    Fiscalização municipal - tomara que nao existissem

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  10. Solidário com José Rodrigues
    Sábado, Dezembro 6, 2014 Crónicas Permalink 0
    DSC06114 Mario Ruivo

    Corria o ano de 2009, quando fui confrontado com a novidade numa reunião que tive no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Um amigo comum informou-me que um Dr. José Domingos Rodrigues ia integrar a lista do PS à autarquia de Góis nas eleições de Outubro desse ano. Confesso que não o conhecia pelo que a minha curiosidade se reduziu à importância que essa participação poderia ter para a lista do PS, dada a tensão existente, na altura, no seio dos socialistas locais. As indicações que recebi da sua capacidade e competência não podiam ser as melhores .

    Eleito vereador em 2009 , numa candidatura liderada por Lurdes Castanheira, assumiu as funções de Vice-Presidente da autarquia de Góis revelando-se como um autarca dedicado e competente, assumindo um papel destacado na organização e funcionamento da autarquia e estreitando laços de proximidade com os goienses.

    Com uma personalidade discreta mas eficaz, foi conquistando o respeito e simpatia dos seus munícipes e equilibrando as tensões crescentes de um poder autárquico que apresentava desvios ao projecto a que aderiu quando foi convidado.

    O modelo de gestão, o confronto de personalidades e os desvios na concretização de um projecto coerente na promoção do desenvolvimento daquele concelho do interior do Distrito de Coimbra, fizeram-no reflectir sobre a continuidade do seu mandato autárquico nas eleições realizadas o ano passado. Apenas o sentido de serviço publico, o apelo de muitos goienses e a solidariedade partidária o demoveram desse abandono. E o convite que lhe foi feito pela Presidente da Câmara e da Concelhia do PS de Góis , claro. Um convite onde lhe reafirmava a importância na sua continuidade.

    O resultado das eleições em Góis foi esclarecedor quanto à importância da continuidade de José Rodrigues. O PS perdeu metade da vantagem eleitoral que tinha conseguido em 2009 ,vencendo em 2013 por uma diferença de pouco mais de 100 votos.

    Mas três atos eleitorais internos, e um ano depois, a importância de José Rodrigues no executivo de Góis alterou-se. A Presidente da Autarquia, Lurdes Castanheira, não aceitou democraticamente que José Rodrigues tenha liderado uma lista alternativa em Setembro, para a Federação, e tenha vencido. Como não aceitou que José Rodrigues tenha apoiado António Costa e vencido. E ,finalmente, quando apresentou lista ao Congresso Nacional e venceu, pese as ameaças e pressões. Foram derrotas a mais para quem tinha uma ideia errada do seu poder.

    Num estádio evolutivo inteligente , o normal seria um apelo à reflexão de quem perde. Na lógica mais primária de análise, o vulgar é sentir a ameaça e destruí-la. Infelizmente assumiu a opção que trará maiores dificuldades ao actual executivo .

    O tempo dirá se a vingança mesquinha foi a melhor solução. Mas o presente já explicou que a demagogia não resolve os problemas. Invocar falta de confiança política quando se percebe que se está errado não é sério. Ainda por cima quando rapidamente tenta aderir à solução que recusou.

    A verdade é que José Rodrigues ficou sem pelouros porque venceu essas eleições internas contra a actual Presidente de Câmara. Três vezes lhe disse não. De forma clara e competente. Não adiantará a Lurdes Castanheira fazer as acusações que fez, algumas delas infelizes e injustas. O poder que agora usou foi inqualificável. Como o futuro dirá.

    Ao José Rodrigues, a minha solidariedade. Porque estarei sempre solidário na condenação do abuso de poder, na critica à ausência de compromisso e na defesa dos que assumem as suas convicções contra qualquer tipo de opressão.

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  11. "A verdade é que José Rodrigues ficou sem pelouros porque venceu essas eleições internas contra a actual Presidente de Câmara. "

    Só os energumes não entendem que a atual presidente da camara nao perdeu eleições nenhumas..

    1º se em 2009 ganhou com pouca diferença a culpa deve-se a TODO o executivo - lurdes castanheira, jose rodrigues e mario garcia

    2º - sede poder e vingança pelo sucesso da presidenta - tem mau feitio? pois tem.. mas a competência sobrepõe-se..

    aviso: vale mais ter cuidado com os lobos vestidos em pele de cordeiro do que a loba com dente afiado

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  12. O problema está nos lobos com pele de cordeiro vestida e com dentes muito afiados.

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  13. Última hora:
    José Rodrigues readmitido.
    Presidente reconsidera e atribuí-lhe ainda mais pelouros.
    parece que foi depois de algumas decalarções à imprensa regional, e que se preparava para meter a boca no trombone...

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  14. Hoje não é o 1 de Abril, e, além disso não tem que ser readmitido porque o povo, que o elegeu, não o destituiu.
    E o povo, as pessoas, são o que mais importa.
    Lembram-se ?

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  15. Há gente que se acha intocável e por isso passa por cima de tudo e de todos. Quem defende teve uma boa prenda.

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