sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Câmara de Góis apela a uma gestão participada

Lurdes Castanheira, presidente da Câmara Municipal de Góis, pretende desenvolver uma gestão o mais participada possível da “coisa pública” e, nesse sentido, a autarquia promove, no próximo sábado, um encontro onde pretende reunir as entidades de direito público e de direito privado, «ouvir os seus projectos e ambições» e, a «partir daí, definir as prioridades do executivo».

«Não queremos que a Câmara de Góis seja uma ilha», disse ontem Lurdes Castanheira, ao Diário de Coimbra, recordando uma tese que assumiu enquanto candidata e que, agora na qualidade de autarca, faz questão de colocar em prática. Esta já foi, afirma, «uma prática na Câmara de Góis», recordando que, «há cerca de 10 anos, a autarquia se pautava por elaborar um Orçamento e um Plano de Actividades o mais participado possível». Nessa altura, recorda, «eram ouvidas as entidades de direito público e de direito privado, colectividades e associações». Uma prática que deixou de ser seguida nos últimos anos e que Lurdes Castanheira entendeu recuperar, em nome de uma «prática de gestão o mais participada possível».

«Em causa estão documentos que são decisivos, seja sobre investimentos a efectuar, seja sobre as prioridades a definir para o concelho, quer em matéria de acções imateriais, quer em acções materiais», refere a presidente da autarquia, que sucedeu a Girão Vitorino, justificando a pertinência de «ouvir as diferentes entidades».

A presidente da autarquia refere a participação das juntas de freguesia e da Assembleia Municipal neste encontro, marcado para as 16h00 de sábado, no auditório da Biblioteca Municipal, mas sublinha a importância acrescida da participação de todas as outras instituições e colectividades que trabalham no território concelhio. «Pretendemos transformar esta reunião num mega encontro, com todas as entidades». Desta forma, defende a presidente, será possível, de uma forma mais consistente, «conhecer os projectos, os problemas e procurar as soluções», de forma a quer o Plano de Actividades e Orçamento para 2010, quer o Plano Plurianual de Investimentos  para o próximo triénio (2010/2013) possam ser documentos «o mais participados possível», refere.

Lurdes Castanheira assume que este projecto de gestão participada não constitui nada mais do que «honrar o que dissemos durante a campanha eleitoral» e não tem dúvidas relativamente à adesão e participação das pessoas e das entidades, sublinhando que «sempre que as gentes de Góis são chamadas a participar fazem-no com empenho». Para além da «criatividade» que o projecto envolve, a autarca destaca particularmente o que chama «trabalho em parceria» e «conjugação de esforços», de «forma a conseguirmos priorizar melhor as nossas acções para o concelho».
“A Câmara não é nossa”
«No fundo, participando nesta reunião, as entidades responsabilizam-nos a nós de uma forma acrescida», diz ainda Lurdes Castanheira, assumindo como um dado adquirido que, com toda a certeza, «não vamos conseguir responder a todas as solicitações que nos vão ser feitas, mas vamos ouvir as diferentes entidades e isso vai-nos permitir, também, fazer um planeamento estratégico, uma vez que aquilo a que não conseguirmos responder em 2010, conseguiremos, certamente, responder no ano seguinte», diz, lembrando que o mandato é de quatro anos».

A autarca de Góis defende que «a participação de todos é imprescindível na construção e no desenvolvimento do concelho de Góis» e faz questão de sublinhar que «nós fomos eleitos mas a Câmara não é nossa». «Somos três pessoas, que representam a maioria (o executivo tem cinco elementos, dois dos quais do PSD) e um universo de quase cinco mil habitantes e, como tal, devemos ouvi-los». Todavia, a autarca ressalva que «nem sempre será possível fazer este tipo de plenário», muito embora considere que a reunião de sábado constitui «o momento certo para as instituições darem a conhecer os seus projectos». E é-o tanto mais quanto a Câmara «está disponível para dar todo o apoio» a estas entidades, mormente no que concerne à elaboração de candidaturas a programas disponíveis, no sentido de conseguirem garantir meios financeiros para viabilizar projectos. Desta forma, em parceria, a autarca de Góis entende que será, inclusivamente, possível «desonerar o orça-mento municipal e redobrar os resultados».

Trabalhar de «forma concertada, com todas as entidades, tendo como objectivo o desenvolvimento de Góis» é, pois, o grande desígnio da autarquia liderada por Lurdes Castanheira. «A Câmara é sempre a grande responsável, mas tem de trabalhar com todas as entidades», sobretudo porque «não queremos que a Câmara seja uma ilha».

Outras formas
de enviar propostas

Para além da reunião de sábado, no auditório da Biblioteca Municipal, que o executivo de Góis quer ver transformada numa «audição pública», onde as diferentes entidades poderão apresentar «propostas para o Orçamento e Plano de Actividades de 2010 e para o Plano Plurianual de Investimento para o triénio 2010/2013», a «gestão participada» não se esgota neste encontro. Com efeito, de acordo com o executivo municipal de Góis, a “linha de contacto” com a autarquia mantém-se em aberto e essas mesmas propostas podem ser enviadas através de outros meios, seja com recurso ao endereço electrónico ( correio.gap@cm-gois.ptEste endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ), seja através de fax (235 770 114), seja ainda através de correio normal, dirigido à Câmara Municipal de Góis.
 in DC 23/11/2009

3 comentários:

  1. Mas afinal essa tal reunião foi aberta ao publico ou foi só por convites?
    Não percebo nada!
    Se foi aberta ao publico,porque é algumas associacções e particulares receberam cartas e não foi extencivo á população em geral?

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  2. Como diz a minha filha blábláblá!
    Acham mesmo que a Dra aceita sugestões?!
    Quem a conhece,sabe bem que isto é só uma manobrazinha para dizer EU EU EU faço assim,porque sou eu a presidente!
    E que faça,já que votaram e que ganhou!
    Mas que faça,ou ainda andam de férias?!

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  3. As associações e particulares receberam convites porque só interessa lá ir quem andou na campanha. É uma forma de puxarem os seus interesses. Entre associações e casais há lá famílias inteiras.

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