Como deverão ter percebido, o Jumento não terminou de uma forma natural. Como diz o meu dono, não morreu de “morte morrida”, mas sim de “morte matada”. Um dia destes, explicar-vos-ei melhor o que pretendo dizer com isto.
Ontem, caiu o Governo. Hoje, o que mais se ouve é: até que enfim. Comungo com esta sensação, mas não deixo de estar muito preocupado. Tenho grandes apreensões relativamente ao futuro do nosso País. Como, aliás, todos nós. Ninguém tem a certeza de como realmente está a nossa economia e poucos estarão seguros que vamos caminhar para melhor.
Mas, afinal, quem tem a culpa desta crise em que nos vimos envolvidos? Para mim, só há um responsável: o “Eng.º” José Sócrates. Os meus primos analistas da Política (os politólogos…) dividem-se: uns acham que, propositadamente, Sócrates provocou a crise neste momento, por ser o mais favorável para os resultados eleitorais do PS; outros (em que se inclui o Prof. Marcelo) acham que o seu feitio autocrático o levou a não avaliar convenientemente os riscos da sua atitude de não informar ninguém relativamente ao PEC4 que negociou em Bruxelas. Ora , quanto a mim, quer num caso, quer no outro, ele é o único responsável. No primeiro seria suficientemente calculista e Maquiavélico para provocar uma crise quando lhe convinha, não pensando no País, mas apenas em si próprio e no segundo tê-la-ia provocado por não saber conviver com a Democracia e com os governos minoritários, mostrando um autoritarismo e egocentrismo que não se coadunam com o lugar que desempenha. É, pois, parte do problema e não da solução.
O problema é que logo no discurso de demissão em que afirma que não está agarrado ao poder, ameaça que vai voltar e que se irá candidatar novamente a Primeiro-ministro. Trata-se de Sócrates no seu melhor estilo, passando um atestado de menoridade ao PS, pois vai haver um Congresso e ele poderá (?) não ser eleito. E parece um discurso incoerente de quem não está agarrado ao poder e avisa logo que se recandidata, ao mesmo tempo que acusa a oposição de ter ânsia de poder… Será que sou burro…ou querem fazer de mim burro?
Estou convencido que não vai haver um partido a ganhar com maioria absoluta e que a solução está numa coligação PSD/CDS/PS. Mas, com Sócrates isto será possível? Duvido muito…
Bom, e por cá?
Por cá, tudo na mesma, como a lesma. Nos últimos tempos, tirando as eleições para os Bombeiros, ADIBER e Santa Casa da Misericórdia, de que falarei noutro dia, e uma gestão camarária que definiria de “foguetória”, uma vez que privilegia o espectáculo em detrimento da obra, nada se passa.
Até é notícia o facto da CM se “esquecer” de publicar algumas actas. Parecendo não ter importância nenhuma, de facto, percebe-se que o assunto não é tão desprezável quanto isso. A não publicação foi detectada pelo Movimento de cidadãos e, finalmente, elas foram publicadas no site da CM e também no Varzeense embora neste, não na sua totalidade. Curioso, li-as e percebi que afinal elas dizem respeito a reuniões em que discutiram assuntos importantes e “quentes”. Será que a não publicação não foi um mero lapso? Terá sido premeditado? Se assim for, será preocupante e encaixa-se na perfeição nalgumas posturas prepotentes, persecutórias e tiques de censura que começam a preocupar no município de Góis.
Uma última palavra para a minha fotografia que junto a este artigo. Trata-se da minha fantasia de carnaval com que desfilei no carnaval das aldeias serranas de areia (como o presépio…). É uma homenagem aos irmãos metralhas. Só falta o nº que está do outro lado da barriga…
Consta-se no meu curral que, no final de Abril, vai haver um desfile de metralhas em Arganil, frente ao Tribunal. Já contam com participantes de Góis, Arganil e Coimbra. Até vem um de Lisboa. Será?
(O Jumento)
NOTA: Gostaria de agradecer às duas pessoas que me enviaram mails de apoio e a quem, de imediato, agradeci. Se tiverem assuntos ou informações e que gostassem que o Jumento ruminasse e publicasse, enviem. Estou à vossa disposição: ojumentodegois@gmail.com
recebido a 25/03/11