O primeiro-ministro confirma que o Governo decidiu hoje dirigir um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia. José Sócrates afirmou ter dado conhecimento ao Presidente da República, para que faça as diligências necessárias junto dos partidos para assegurar um entendimento sobre o pedido de socorro.
Sócrates dirigiu-se ao país ao início da noite
“Avaliadas todas as alternativas” e feitos contactos, “especialmente no dia de hoje”, o executivo enviou um pedido de ajuda à Comissão Europeia, disse Sócrates numa declaração no fim do Conselho de Ministros extraordinário convocado para o final da tarde, em São Bento.
Sócrates garantiu ter informado Cavaco Silva da decisão, que, sublinhou, foi tomada tendo em conta “as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão”.
A abertura de crise política diminuiu “a capacidade do Governo de responder às dificuldades” e “não tomar essa decisão [o pedido de ajuda] acarretaria riscos que o país não deve correr”, justificou José Sócrates. Um “último recurso”, nas palavras do primeiro-ministro, que o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, considerou entretanto ser uma medida “responsável”.
A dificuldade de Portugal em aceder “em condições de normalidade” ao financiamento dos mercados de crédito internacionais desde o chumbo do Programa de Estabilidade e Crescimento (o chamado PEC IV) tornou-se “uma ameaça real” ao financiamento do Estado, do sistema bancário e da economia nacional, admitiu.
E o agravamento atingiu esta quarta-feira o limite, defendeu. “As taxas de juro que se verificaram hoje mesmo na emissão de dívida pública de curto prazo são um sinal claro da crescente dificuldade” do país em aceder ao financiamento nos mercados.
“Espero que a negociação deste pedido de ajuda” – o terceiro solicitado por um membro da zona euro, a seguir à Grécia e à Irlanda – “tenha os menores custos possíveis para Portugal e os portugueses”, sublinhou José Sócrates.
Sinais foram surgindo ao longo do dia
As declarações de José Sócrates foram a confirmação do que podia ser entendido após as declarações de Teixeira dos Santos ao Jornal de Negócios, do cenário admitido por Jorge Lacão hoje no Parlamento e do que já falara o líder parlamentar, Francisco Assis.
Numa resposta por escrito ao jornal, o ministro das Finanças admitiu hoje ser “necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu”, face à actual situação “muito difícil nos mercados financeiros”.
Pouco depois, Bruxelas garantia não ter recebido qualquer pedido formal de socorro por parte de Portugal. Amadeu Altafaj, porta-voz da Comissão Europeia para os assuntos económicos e financeiros, esclareceu que teve conhecimento das declarações de Teixeira dos Santos pela imprensa. E sublinhou que existem instrumentos de ajuda operacionais, referindo-se ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês – e especificamente orientado para os países da zona euro) e ao Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSM).
José Sócrates sempre negou estar a ser negociado um pedido de ajuda externa e repetiu-o hoje, negando a notícia de manchete do diário Financial Times, de que Lisboa já estava a negociar com Bruxelas uma ajuda intercalar.
O pedido de ajuda imediato a que se têm referido nos últimos dias os banqueiros portugueses – primeiro, Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP, e, ontem, Ricardo Salgado, do BES – é um empréstimo intercalar de curto prazo, para financiar a economia portuguesa até à tomada de posse do Governo que for eleito a 5 de Junho.
in Publico, 06/04/11
O aldrabão-mor, afinal, teve que pedir ajuda!...
ResponderEliminarA semana passada, um Governo em gestão não podia pedir auxílio, só o PR. Uma semana antes, Portugal não precisava. Enfim mais uma série de mentiras e esitaçãoes que só prejudicaram o País...
ResponderEliminar- Ó Luis, fico bem na fotografia?
ResponderEliminar7 de Abril de 2011 por Tiago Mota Saraiva
À luz do que foi declarado pelo governo, com especial relevância para as afirmações de Sócrates e Teixeira dos Santos, a entrada do FMI é absolutamente surpreendente. Recordemos que, na entrevista que Sócrates deu há três dias, afirmou de forma clara que não iria haver necessidade de recorrer ao “fundo de resgate”. Ora das duas uma, ou Sócrates é um mentiroso compulsivo com perfeita consciência que nos estava a enganar a todos – esta é a hipótese mais benigna, ou Sócrates é um louco desvairado sem qualquer capacidade de prever e controlar a realidade do país que governa. Em qualquer dos casos cai a mascara do político determinado e não devemos deixar de recordar que Sócrates afirmou que não governaria com o FMI o que, depois do dia de ontem, só pode ter como consequência a sua retirada da cena política.
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_Publicado em cinco dias \ sem comentários
Buracos na cabeça
ResponderEliminarBuracos pelo chão
Buracos nos calções
E não há solução
Buracos financeiros
Buracos sexuais
Buracos já não aguento
Os buracos são demais
Buracos no ozono
O mundo está com falta d’ar
Já não há Primavera nem Outono
Os buracos temos de tapar
A todos os buracos tens de fugir
Nos buracos dos buracos não podes cair
Olhem bem a vossa volta e digam-me o que estão a ver
Só buracos ao nosso lado este país esta todo
esburacado
Só buracos ao nosso lado é verdade o que me dizem?
Ó bacano vai mesmo tu ver
São só buracos estamos-te a dizer
Buracos pelo chão
Tens de fugir
Nos buracos dos buracos não podes cair
Mas que grande buraco que nos foram meter
Temos que tapar os buracos antes de morrer
Buracos na cabeça
ResponderEliminarBuracos pelo chão
Buracos nos calções
E não há solução
Buracos financeiros
Buracos sexuais
Buracos já não aguento
Os buracos são demais
Buracos no ozono
O mundo está com falta d’ar
Já não há Primavera nem Outono
Os buracos temos de tapar
A todos os buracos tens de fugir
Nos buracos dos buracos não podes cair
Olhem bem a vossa volta e digam-me o que estão a ver
Só buracos ao nosso lado este país esta todo
esburacado
Só buracos ao nosso lado é verdade o que me dizem?
Ó bacano vai mesmo tu ver
São só buracos estamos-te a dizer
Buracos pelo chão
Tens de fugir
Nos buracos dos buracos não podes cair
Mas que grande buraco que nos foram meter
Temos que tapar os buracos antes de morrer
7.4.11PARA ALÉM
ResponderEliminarDo FMI também devia vir o FBI (apanhado no facebook).
Afina a pandeiretqa, pá, e lembra-te que o "buraco" maior... foi o qye te fez o Arnaldo! "Porra, senhor abade!". MUR
ResponderEliminarOlha o José Homem de Mello, velho ignorante!
ResponderEliminarAfina a pandeireta, pá! MUR
ResponderEliminarUma das primeiras medidas impostas pelo FMI será o fim da chulagem da função pública. Os socialistas enfiados à pressão nas câmaras municipais deverão ir todos para a RUA. Em Góis se correrem com metade mesmo assim haverá gente a mais.
ResponderEliminarÓ pá o Mário ja corrreu com o Zé Nunes
ResponderEliminarXulagem e máfia sicialista, rua dos tachos criados na funçõa puública! Arranjem um patrão que vos queira!
ResponderEliminarSou Socialista mas descordo da forma como o país têm sido desgovernado, e principalmente como muitos se têm governado às custas do país. BASTA DE CORRUPÇÃO, BASTA DE CLIENTELISMO, BASTA DE MENTIRAS ESTRATÉGICAS
ResponderEliminarEu também era socialista até Almeidas Santos, Sócrates, Jorges Coelhos e demais mafiosos dizerem que também o eram.
ResponderEliminarEu quero combater a máfia, não admito ser confundido com ela.
A verdade é que o Socrates sabia, e há muito tempo, que o pedido de ajuda era absolutamente inevitável, no entanto isso seria assumir uma serie de erros e principalmente ter de adoptar uma serie de medidas não populistas e muito menos de esquerda. O descontentamento já era grande e com a força para acabar com o silêncio provocada pelas ultimas manifestações culturais e do povo na rua, o governo viu-se seriamente enfraquecido.
ResponderEliminarTudo não passou de uma estratégia, ele provocou a oposição com quem tinha uma coligação, sabendo que iriam reagir da forma que o fizeram e assim através de chantagem emocional (demissão) Socrates provocou toda esta instabilidade, A AJUDA NÃO VEM POR CAUSA DO P.COELHO, MAS PORQUE JÁ ESTAVA ACORDADO E ESTIPULADO QUE VIRIA DESDE A IDA DE SOCRATES À ALEMANHA!
Há muito que estava tudo programado para a vinda do FMI, apenas se criou maneira de ninguém ficar nos "cornos do touro", o sr. José Sócrates conseguiu assim ficar no papel de vitima e de ser forçado, uma vez que a decisão deixou de ser sua( por estar apenas em gestão)
ResponderEliminarSoluções, queremos soluções....
ResponderEliminarOs problemas já nos sabemos onde estão......
Soluções para apresentar aos nossos dirigentes.