sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago aos 87 anos

José Saramago morreu hoje aos 87 anos na sua residência na localidade de Tías, em Lanzarote, nas Canárias, às 12h30, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma doença prolongada. O escritor morreu ao lado da sua mulher, a espanhola Pilar del Río, depois de ter tomado o pequeno-almoço.
O vencedor do Prémio Nobel da Literatura nasceu a 16 de Novembro de 1922 na aldeia de Azinhaga, no Ribatejo, a 100 km de Lisboa.
Filho e neto de agricultores pobres, Saramago tinha três anos quando a sua família foi viver para Lisboa. Antes de ser um escritor de êxito, foi serralheiro, tradutor, jornalista, director-adjunto do Diário de Notícias e um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura.
Em 1947, o autoditacta publicou o seu primeiro romance, "Terra do Pecado", aos 25 anos, no mesmo ano em que nasceu a sua filha Violante, fruto do primeiro casamento. 
Entre o final dos anos 60 e o início dos anos 70, época em que se tornou militante activo do Partido Comunista, publicou vários livros de poesia (como "Provavelmente Alegria", em 1970, e "O Ano de 1993", em 1975). Mas só viria a alcançar o sucesso com a sua obra "Memorial do Convento", publicada em 1982.
"O Evangelho Segundo Jesus Cristo", com primeira edição datada de 1991, foi o seu livro mais polémico, que veio provocar profundas cisões entre o escritor e a sua pátria, quando Sousa Lara, secretário de Estado da Cultura no governo de Cavaco Silvaimpediu que o livro fosse candidato ao Prémio Literário Europeu (o primeiro-ministro, actual Presidente da República, apoiou Lara na decisão).
 Em 1988, viria a casar-se com a jornalista e tradutora espanhola Pilar del Río, 28 anos mais nova que o escritor, com quem viveu em Lanzarote, nas Canárias, até hoje. 
Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1998 e soube da notícia através de uma hospedeira, depois de ter sido chamado nos altifalantes do aeroporto de Frankfurt.
O seu livro "Ensaio Sobre a Cegueira", publicado em 1995, ano em que ganhou o Prémio Camões -o galardão literário mais importante da língua portuguesa - foi adaptado ao cinema em 2008 pelo realizador brasileiro Fernando Meirelles.
Em 2009, Saramago publicou "Caim", um livro que fez renascer das cinzas a polémica levantada com "Evangelho Segundo Jesus Cristo", desmistificando a parábola bíblica dos irmãos Caim e Abel. Na altura, o escritor disse já estar a preparar uma nova obra sobre a corrupção dos valores das sociedades actuais, que nunca chegou a ser publicada.
in ionline 19/06/10

20 comentários:

  1. Já não era sem tempo.

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  2. A falta de respeito, até pela morte, é aviltante. O anti-comunismo primário, também. Morreu o único P Nóbel da Literatura Português, há que respeitá-lo, mesmo não gostando. No entanto, acho curioso e esquisito que, para alguém ateu, que não acredita em nada, após a morte, tenha como última vontade : Um funeral em Portugal (onde foi escorraçado pelo PS). Não será uma contradição?

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  3. Paz à sua alma. Agora, depois de morto, há-de ser o maior do mundo e arredores! Não há nada a fazer... É assim que somos...

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  4. Que respeito merece o Saramago, que nunca respeitou ninguém nem coisa alguma?! Figas, canhoto! UJC

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  5. Que respeito merece o Saramago, que nunca respeitou ninguém nem coisa alguma?! Figas, canhoto! UJC

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  6. Uma correcção...
    Quem escoraçou Saramago foi Cavaco Silva.

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  7. e quem escoraça os goienses desta terra é este blogue miserável

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  8. ... em que tu fazes questão de participar. UJC

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  9. Ao das 2:52, não leste a notícia pois não?! Viste as imagens e vieste a correr para os comentários. Foi o governo do PSD que o escorraçou.


    Falso UJC/JCN/FDP, que sabe o sr de literatura ou de Saramago? NADA, está visto! Foi simplesmente a mente mais brilhante dos escritores da sua época. O único a trazer um Prémio Nobel para este cantinho de invejosos e corruptos presos a falsa moral e valores desajustados. Que respeito é que ele merece? O mesmo dado a Camões, Pessoa, Eça!

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  10. UJC (o verdadeira)19/6/10 14:35

    Valha-te Deus, pá, com as tuas literatices... de merda! UJC (o verdadeiro)

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  11. UJC (o verdadeira)19/6/10 14:35

    Valha-te Deus, pá, com as tuas literatices... de merda! UJC (o verdadeiro)

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  12. hahaha literatice é a poesia que alguns vão deixando aqui e ali. Dava jeito a muita gente que os Saramagos deste mundo se calassem não dava?!

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  13. Tu lá sabes, pá! UJC (O verdadeiro)

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  14. Já chegou a Góis os agentes Patilhas & Ventoinha para desvendar

    1º Onde está a Fibra Óptica
    2º A Mulher que tem dois maridos
    3º Quinta do Baião

    Estes agentes sabem como é dificil desvendar estes mistérios,as pessoas sabem mas teem medo de falar

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  15. A mulher com dois maridos é fácil

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  16. Chega !!!!!!! Mandem as cinzas para Gois,já que tanto mal disse de Portugal ( Portugueses) ficarão em memória de outros que abandonaram o concelho de Góis, como tantos outros em procura de melhor vida, e mais não fizeram pelo concelho que dizer mal e dificultar a vida aos que por cá ficaram

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  17. Dizem que ter "dois" sempre é melhor que ter só um... Especialmente quando são de enfeitar...

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  18. Ao das 9:59:

    1º, todos os que partiram (provavelmente para por pão na boca)te dificultam a vida? Se não, então não deverias tomar a parte pelo todo.

    2º, o que é que Saramago disse de mal de Portugal? Ou será isso uma ideia ouvida de alguém e repetida sem qualquer conhecimento de causa?
    3º as pessoas saem de Góis por várias razões, mas TODOS deveriam enriquecer-se mais com outras experiências. Só assim se pode contribuir para o desenvolvimento e inovação, de outra forma só se contribui para o marasmo, mesquinhes, inveja e mal estar.

    A isso chama-se intercâmbio. É por essa razão, que as viagens da escola são importantes, que os empregadores dão importância a experiências que nos levam longe da nossa zona de conforto, que as pessoas que não tendo raízes em Góis resolvem investir as suas vidas cá. Pois conseguem ver potencialidades que o Sr. possivelmente não consegue, porque está bloqueado com a mesmice da sua vida, que entretanto de tão aborrecida, fez de si um mesquinho amargurado que provavelmente recebeu um pequeno negócio de herança no ramo da hotelaria, contesta cada vez que alguém quer actuar no mesmo ramo, e ainda acha (ignorantemente claro) que é dono da verdade e faz muito por Góis. Patrocinar umas festas é importante, mas não é tudo.

    Estamos a celebrar a biodiversidade, aproveite para reflectir e deixe que outras pessoas, perspectivas, opiniões e gostos existam!

    Um Goiense de "gema" que fez e faz, mas não se revê na sua forma de estar em Góis.

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  19. Anónimo3/7/10 08:32

    Pelo espaço ocupado qualquer dia temos ai o Salazar.

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  20. Por este andar .....

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