quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Polícias seguem manifestações populares a pensar nos problemas internos




Algumas das manifestações que vão ter lugar, no sábado, em diversas cidades portuguesas, poderão contar com a adesão de polícias. Os mesmos colegas de outros que, por imperativos de serviço, serão destacados para vigiar as acções de protesto contra o actual sistema político e económico.
Em Lisboa, mas também no Porto, Braga, Angra do Heroísmo, Faro, Coimbra, Santarém ou Funchal, deverão desfilar milhares de pessoas insatisfeitas com a situação vigente. Estes protestos, por serem organizados por algumas dezenas de movimentos diferenciados, serão acompanhados, em todo o país, por um efectivo policial elevado, mas não revelado. A PSP, à semelhança do que sempre sucede neste tipo de eventos, não revela a quantidade de efectivos e meios a destacar.

“Há sempre, seja em manifestações, concertos, jogos de futebol ou outros ajuntamentos, quem se exceda, mas a experiência diz-nos que são raros os casos de violência”, referiu um oficial da PSP contactado ontem.

A manifestação de sábado, de resto, nem sequer parece causar grande preocupação entre os polícias. António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia, diz que “preocupante é a situação do pessoal do Corpo de Intervenção [CI], que tem concentrações marcadas diariamente frente às instalações na Ajuda e que, na sexta-feira, vai protestar em frente à Unidade Especial de Polícia”, em Belas.

Também o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, prefere direccionar as preocupações para os protestos internos, afirmando que “para as manifestações de sábado o esquema deve ser o de sempre”. “Acompanham-se os manifestantes, cortam-se as ruas que tiverem de se cortar se for caso disso, fazem-se cordões de segurança e evita-se a aproximação dos manifestantes a menos de 100 metros dos edifícios do Estado”, diz.

“Sei que há muitos polícias que estão a pensar aderir às manifestações”, mas “cada qual irá agir por si”, acrescenta, por sua vez, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Rodrigues.

“Temos contactos feitos com a polícia e não estamos à espera que aconteça nada de anormal”, disse ontem ao PÚBLICO uma das organizadoras da manifestação, Inês Tavares.

Em Lisboa, onde se espera que a adesão seja maior, “haverá uma concentração pelas 15h no Marquês de Pombal e depois a manifestação segue em direcção ao Rato e daí para São Bento”, onde se prevê a chegada pelas 19h. Aí, frente ao Parlamento, realizar-se-á uma assembleia popular, onde os participantes poderão apresentar soluções políticas, propor votações ou sugerir novas acções. No Porto, a concentração acontece também às 15h, na Praça da Batalha.

Mais de 30 movimentos já aderiram aos protestos

Os organizadores das manifestações portuguesas de sábado apelam a todos os que vão aderir para que não se envolvam em desacatos, lembrando que os mesmos não servirão para ajudar a conseguir os objectivos de visibilidade e credibilidade pretendidos.

“Neste momento existem mais de 30 movimentos sociais que já aderiram ao protesto e todos eles são importantes”, disse ao PÚBLICO Inês Tavares, uma das dinamizadoras dos protestos, lembrando que a nível mundial existem cerca de 300 convocatórias de manifestações dispersas por 45 países.

“O colectivo organizador da manifestação de 15 de Outubro faz saber que repudia qualquer acto de violência, bem como repressões policiais sobre cidadãos pacíficos que se têm manifestado por uma democracia mais representativa e por um mundo mais justo e solidário”, refere o texto da convocatória da manifestação, lembrando recentes acções idênticas realizadas em Espanha, França e Bélgica.
in Público 12.10.11

9 comentários:

  1. Só é pena que estes pretestos sejam encabeçados por quem faz pior que os que lá estão e que só se limite a criticar não conseguindo ter ideias ou sugestões luminosas.
    É tal e qual como os nossos queridos homens de Góis que criticam as esposas porque saiem de casa quando eles são os primeiros a também sairem
    criticam se os outros vão a um bar e depois andam toda a noite a dançar com quem lhes apetece
    criticam se a esposa fala com alguem e depois passam horas em reuniões e a falar com quem lhes apetece.
    istó é notório pela insatisfação e pela mágoa que as mulheres de Góis trazem estampadas nos rostos, bem como, pelo elevado número das que se fartam e se limitam a sair de casa.
    Perante esta sociedade que temos e que começa a criticar e a praticar a injustiça dentro do proprio lar, como podemos nós ter pessoas que fazem protestos ou manifestações capazes de mudar o mundo. "Criticar apenas por criticar, quando se faz ainda pior não me parece uma boa solução?"

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  2. Dá vontade de chorar
    perante o estado geral
    a que chegou Portugal,
    sem ter por onde escapar!

    JCN

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  3. Oh la la!... Olha mais uma princesa insatisfeita!...
    Tem bom remédio, cara amiga, enfeita a cabecinha do mais-que-tudo!...
    Vai ver que, depois, até fica mais bonito e charmoso, com um par de chavelhos "à maneira"!...
    Cambada de putéfias!!!

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  4. Anda tudo macambúzio,
    parece a semana santa,
    não se escuta nem um búzio,
    dada a tristeza ser tanta!

    JCN

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  5. Este governo, carago,
    vai deitar-nos a perder,
    mas ante disso eu me cago
    para o que ele anda a fazer!

    TIR

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  6. Realmente 6 anos do Governo Socrates fica na História.
    Aqui em Góis outro exemplo os jovens estão a emigrar,ainda á pouco informaram-me que o Geraldo de Vila nova do Ceira que trabalhava na Marmorista Irmãos Vidal tambem abalou para a Suiça.
    Na televisão a C.Municipal de Barcelos,está a contribuir ajuda na consulta de Estomatologia na sua população
    Agora Góis festas e Petiscos.
    É mesmo ser uma Camara FASCISTA.

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  7. Ao comentário das 5.52, que coisa mais descabida. Só para dizer que é contra os protestos dá-nos com uma ladainha que não tem nada a ver. Como é que sabe que os manifestantes fazem o mesmo se
    nunca lá estiveram?

    As pessoas não estão à procura de poder, mas de trabalho, de um salário digno, de condições de vida, e ver os verdadeiros responsáveis por esta crise serem responsabilizados.

    Não sei se alguém viu um video que circulou pela internet a semana passada, em que um corrector de bolsa deu uma entrevista a um noticiário dizendo que muita gente faz muito dinheiro com a crise, basta estar preparado, ele próprio sonhava todas as noites com a crise e a queda do euro.
    Ora gente como esta provocam a desgraça no sistema financeiro à base de especulação, para poder enriquecer às custas do Zé que vai pagando com as poucas migalhas que lhe restam. E depois ainda dizem que não há burros?!

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  8. Concordo plenamente com o anterior comentador quando diz: coisa mais descabida. Só para dizer que é contra os protestos dá-nos com uma ladainha que não tem nada a ver. Como é que sabe que os manifestantes fazem o mesmo se
    nunca lá estiveram?
    Realmente o comentário descabido é para alguem que nunca esteve em protestos, até porque sempre esteve e continua a estar no grupo dos priviligiados em Góis... É caso para dizer que os castigados são sempre os mesmos e que nem os deixam piar... Que fascismos se vive por estas paragens...

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  9. Se é assim, tens bom remédio! Não és coxo, ainda podes andar? Então fecha a porta pelo lado de fora!...
    Sff.

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