Esta variação, que consta de um relatório oficial publicado esta sexta-feira, 12 de Agosto, contrasta com o aumento de 0,7% no número total de trabalhadores das administrações públicas. A evolução registada no último trimestre está, aliás, em contraciclo: enquanto de uma forma global o emprego no Estado caiu, nestes gabinetes continuou a subir.
Veja o infograma aqui.
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Mais expressiva do que a subida registada na administração central só mesmo a que foi registada nos gabinetes do governo regional da Madeira, onde o número de postos de trabalho subiu 49%, também para o número mais elevado de que há registo.
O governo regional da Madeira tem, aliás, 767 pessoas nos seus gabinetes, cinco vezes mais do que o governo regional dos Açores. O Governo regional diz que aqui também estão incluídos funcionários públicos.
A Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), publicada esta sexta-feira, baseia-se na informação enviada trimestralmente pelos serviços públicos à Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, uma entidade tutelada pelo ministério das Finanças.
Nos gabinetes das administrações central e regionais trabalham agora 1.987 pessoas, que correspondem a 0,3% do total de empregos nas administrações públicas.
O que justifica estas subidas?
Questionada pelo Negócios, fonte oficial da secretaria regional de Finanças e administração pública da Região Autónoma da Madeira responde que neste grupo não estão só nomeações políticas, mas também trabalhadores.
"No caso da Região Autónoma da Madeira, os gabinetes dos membros do Governo Regional compreendem postos de trabalho de livre designação (vulgo cargos de nomeação política), mas também os trabalhadores em funções públicas (isto é, com vinculo à função pública) afectos às unidades orgânicas (direcções de serviço e divisões) e secções ou áreas de coordenação administrativa, que prestam apoio aos departamentos do Governo (ao nível da administração central, por exemplo, estes trabalhadores estão afectos às secretarias-gerais)", responde fonte oficial.
"Dito de outro modo, a realidade da RAM não é comparável com as realidades da Administração Central e da RAA, já que nestes casos os gabinetes têm apenas os trabalhadores de nomeação política", acrescenta.
Quanto ao aumento de postos de trabalho registado nos gabinetes, "o mesmo resulta da reestruturação de serviços que foi operada, e que fez com que trabalhadores com vínculo à função pública que estavam afectos às áreas de reabilitação psicossocial e terapêutica e inclusão de pessoas com deficiência que se encontravam integradas numa direcção regional da Secretaria Regional de Educação (SRE) passassem, de forma transitória, para o Gabinete da Secretaria Regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais", conclui.
E na administração central? O Negócios colocou questões idênticas esta sexta-feira ao final da manhã ao Ministério das Finanças, que ao fim da tarde remeteu para a Presidência do Conselho de Ministros, e aguarda resposta.
CATARINA ALMEIDA PEREIRA in Jornal de negocios 12.08.2016
Só agora dei por ela.
ResponderEliminarObrigado por estar de volta, agradeço que mantenha o nível.
Seja bem vindo. vamos fazer todos os possíveis para isso.
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