sábado, 30 de janeiro de 2010

A Política Explicada

FEUDALISMO: Tens duas vacas. O teu senhor fica com algum do leite.

SOCIALISMO PURO: Tens duas vacas. O governo pega nelas e mete num celeiro com as vacas de toda a gente. Tens que tratar de todas as vacas. O governo dá-te todo o leite que precisas.

SOCIALISMO BUROCRÁTICO: Tens duas vacas. O governo pega nelas e mete num celeiro com as vacas de toda a gente. São tratadas por ex-tratadores de galinhas. Tens que tratar das galinhas que o governo tirou aos tratadores de galinhas. O governo dá-te o leite e os ovos que a legislação diz que precisas.

FASCISMO: Tens duas vacas. O governo fica com elas, contrata-te para tratar delas e vende-te o leite.

COMUNISMO PURO: Tens duas vacas. Os teus vizinhos ajudam-te a tratar delas, e vocês dividem o leite.

COMUNISMO RUSSO: Tens duas vacas. Tens que tratar delas e o governo fica com o leite.

COMUNISMO CAMBOJANO: Tens duas vacas. O governo fica com elas e dá-te um tiro.

DITADURA: Tens duas vacas. O governo fica com elas e recruta-te para o exercito.

DEMOCRACIA PURA: Tens duas vacas. Os teus vizinhos decidem quem fica com o leite.

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Tens duas vacas. Os teus vizinhos elegem alguem para decidir quem fica com o leite.

DEMOCRACIA IRAQUIANA: Tinhas duas vacas. Os americanos mataram-nas com uma bomba, mas por engano.

BUROCRACIA: Tens duas vacas. O governo começa por regulamentar o que lhes podes dar de comer e quando as podes ordenhar. Depois paga-te para não as ordenhares. Depois tira-te as duas, mata uma, ordenha a outra e deita o leite pelo cano abaixo. Finalmente obriga-te a preencher papelada a pedir satisfações pelas vacas desaparecidas.

ANARQUIA PURA: Tens duas vacas. Ou vendes o leite a um preço justo ou os teus vizinhos matam-te e ficam com as vacas.

CAPITALISMO: Tens duas vacas. Vendes uma e compras um touro. 

  • CAPITALISMO IDEAL: Tens duas vacas. Vendes uma e compras um boi. Eles multiplicam-se , e a economia cresce. Vendes a manada e aposentas-te. Ficas rico!


  • CAPITALISMO JAPONÊS: Tens duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois crias desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-los para o mundo inteiro.

  • CAPITALISMO BRITÂNICO: Tens duas vacas. As duas são loucas.

  • CAPITALISMO HOLANDÊS: Tens duas vacas. Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e 'tá tudo bem.

  • CAPITALISMO ALEMÃO: Tens duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que tu querias mesmo era criar porcos.

  • CAPITALISMO RUSSO: Tens duas vacas. Contas e vês que tens cinco. Contas de novo e vês que tens 42. Contas de novo e vês que tens 12 vacas. Páras de contar e abres outra garrafa de vodka.

  • CAPITALISMO SUÍÇO: Tens tem 500 vacas, mas nenhuma é tua. Tu cobras para guardar as vacas dos outros.

  • CAPITALISMO ESPANHOL: Tens muito orgulho em ter duas vacas.

  • CAPITALISMO HINDU: Tens duas vacas. Ai de quem tocar nelas.

  • CAPITALISMO PORTUGUÊS:
    Tens duas vacas.
    Uma delas é roubada.
    O governo cria O IVVA- Imposto de Valor Vacuum Acrescentado.
    Um fiscal vem e multa-te, porque embora tu tenhas pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
    O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do teu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que tenhas 200 vacas
    E para te livrares do sarilho, dás a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho.

    SURREALISMO: Tens duas girafas. O governo pede-te que aprendas a tocar concertina.

    Goiense

    sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

    O adeus de Góis ao amigo Girão

    Das figuras públicas ao mais
    simples munícipe, foram largas
    centenas de pessoas que se
    despediram do ex-presidente,
    que todos viam como homem bom.
     Image
    Os populares não se cansam de elogiar o homem que, dizem, estava sempre disponível para ajudar. Entre aquele que foi até há alguns meses o presidente da Câmara de Góis, Girão Vitorino, e aqueles com quem se cruzava diariamente na rua, não havia diferenças. Era sobretudo «um amigo», disse ontem um dos muitos munícipes presentes no último adeus ao ex-presidente da Câmara de Góis. A doença – um cancinoma pulmonar detectado há dois anos – foi mais forte e Girão Vitorino não resistiu. Faleceu quinta-feira e ontem foi a enterrar, no cemitério de Góis, depois de uma missa de corpo presente na igreja matriz à qual assistiram largas centenas de pessoas.

    Da personalidade do homem que foi presidente da Câmara de Góis, o seu povo, aquele a quem serviu durante nove anos, destaca a humildade e simpatia. «Era uma pessoa exemplar», comentava Fernando Barata, no decorrer do funeral do seu antigo presidente, lembrando o tempo em que conheceu Girão Vitorino, na altura em que este começou a trabalhar em Góis por conta da EDP. Conceição Custódio, também habitante de Góis, vai mais longe e afirma mesmo que «toda a gente gostava dele, mesmo quem não era da sua cor política».

    De facto, diferenças políticas foi o que não se notou existir no funeral do ex-presidente. De uma ponta à outra do distrito, praticamente todos os autarcas fizeram questão de marcar presença no último adeus ao antigo colega. Porque, na verdade, Girão Vitorino foi isso mesmo: um companheiro de profissão. De Oliveira do Hospital a Tábua, passando por Soure, Penacova, Miranda do Corvo, Lousã, Penela ou Pampilhosa da Serra, entre muitos outros presidentes de Câmara, todos estiveram lá, nas cerimónias fúnebres, assim como o governador civil, o presidente da Federação Distrital do PS e muitos outros responsáveis a nível distrital.

    O secretário de Estado Paulo Campos representou o Governo, mas acabaria por estar em dupla condição. «Venho também como homem da região, que está reconhecido pelo trabalho feito pelo Girão. Toda a sua vida foi um lutador e nesta região os lutadores são precisos», afirmou Paulo Campos, prestando a «homenagem» e «reconhecimento» ao antigo presidente da Câmara de Góis.

    Lutou por Góis,
    lutou contra a doença

    A simpatia que todos apontam a Girão Vitorino estende-se a Espanha. O alcaide de Oroso, vila geminada com Góis, deslocou-se de propósito para o adeus àquele que diz ter sido «um amigo». O relacionamento com Girão Vitorino começou com o processo de geminação, mas foi muito além disso. «Era mesmo amizade», recordou Manuel Miras Franquilha, afirmando mesmo que desde o momento que o conheceu o achou uma pessoa «muito humana» e «amigo dos seus amigos».

    Girão Vitorino iniciou a sua vida autárquica em 1977, como vereador e acabaria por assumir a presidência da Câmara de Góis em 2000, com a saída de José Cabeças para a ARS. Manteve esse cargo até 2009, e foi mesmo com alguma dificuldade que o terminou, devido à doença. Diz quem com ele privou mais de perto nesta fase mais difícil da sua vida que ele foi um lutador. Victor Baptista foi um deles. Falando no homem «simples, de trato fácil, mas inteligente e estratega», o presidente da Federação Distrital do PS reconheceu também que «estava em profundo sofrimento». «A natureza roubou cedo Girão Vitorino», lamentou Victor Baptista, recordando o dia de segunda-feira passada, em que esteve com ele no hospital e ele «ainda estava consciente» e com vontade de «regressar por um dia a Góis». «O concelho perdeu um grande homem, o PS perdeu um dos grandes no distrito e eu perdi um amigo», disse, com emoção, o presidente da distrital.

    Lurdes Castanheira, que acabaria por encabeçar uma candidatura socialista em virtude da doença de Girão Vitorino, recorda os longos anos de amizade entre os dois e tudo aquilo que aprendeu com o antigo autarca. «Foi a pessoa que mais me ajudou a avançar com uma candidatura», reconheceu, considerando ser «um privilégio suceder a um autarca como Girão Vitorino». Qualidades? «A extrema humildade, carinho, dedicação, sentido de filantropia e grande disponibilidade para ajudar», sintetizou a autarca.

    «Foi sempre um lutador convicto, nunca baixou os braços e foi um autarca exemplar», reconheceu, por sua vez, o governador civil, Henrique Fernandes.

    Vozes
    Estava sempre disponível. Alguma coisa que nós pedíssemos ele ajudava no que fosse preciso. O Sr. Girão Vitorino lidava bem com toda a gente.”
    Fátima Neves
    Habitante de Góis

    Góis perdeu um grande defensor das causas do concelho que, não sendo seu natural era seu de adopção. Eu perco um grande amigo.”
    Helena Moniz
    Vereadora no último mandado de Girão Vitorino

    Girão Vitorino era uma pessoa muito humana e amigo dos seus amigos. Desde o momento em que o conheci que me brindou com a sua amizade.”
    Manuel Miras Franquilha
    Presidente da Câmara de Oroso, Galiza, Espanha

    Conheci-o no ano de 81, quando vim para Góis trabalhar. Foi uma pessoa com quem tive a oportunidade e o grato privilégio de conviver e aprender.”
    Lurdes Castanheira
    Presidente da Câmara de Góis
    in Diario de Coimbra, 30/01/2010

    Foi presidente da câmara entre 2002 e 2009 - Último adeus a Girão Vitorino

    O anterior presidente da Câmara Municipal de Góis, Girão Vitorino, faleceu na última madrugada vítima de doença prolongada.

    A notícia chegou logo pela manhã. José Girão Vitorino despediu-se durante a madrugada do “mundo dos vivos”. Internado há alguns dias no Serviço de Cuidados Paliativos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o antigo presidente da Câmara Municipal de Góis acabou por não conseguir combater a doença que o tinha obrigado a não recandidatar-se ao cargo e, principalmente, a estar mais afastado do que ele gostava, a gestão diária do executivo goiense.
    Nascido a 1 de Novembro de 1947 em Santo Varão (Montemor-o-Velho), era casado, tinha dois filhos e a sua habilitação literária era o curso industrial de “montador electricista”. Antes de iniciar a carreira autarca e política, o que aconteceu no ano de 1977, Girão Vitorino foi funcionário da Companhia Eléctrica da Beiras / EDP na Lousã, Ourém e Góis com o cargo de chefe de departamento desde Fevereiro de 1966 até 1 de Fevereiro de 1990. Para além do período entre 1977 e 1979, a sua experiência autárquica começou em 1983, onde foi eleito vereador em permanência tendo a seu cargo o pelouro das obras e urbanização. Depois, e até 2002, ainda ascendeu à vice-presidência do município. Nesse ano, foi o cabeça-de-lista do PS e ocupou a presidência da câmara até ao ano passado.
    Para além do município, foi também presidente de direcção da Casa do Povo de Góis, tendo participado em elencos directivos da Associação Educativa e Recreativa de Góis, Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Góis e Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Góis. O falecimento de Girão Vitorino levou a que a presidente da Câmara, Lurdes Castanheira, tenha declarado luto municipal por dois dias – que termina hoje – e o encerramento dos serviços municipais a partir das 12H00 de hoje.
    O corpo está desde ontem em câmara ardente no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Góis, e o funeral realiza-se hoje, pelas 15H00, para o cemitério local.

    discurso directo

    Lurdes Castanheira
    Presidente da Câmara de Góis
    “Sinto que Góis perdeu um dos seus cidadãos exemplares. Fico a dever-lhe muito do que sei hoje”

    José Cabeças
    Ex-presidente da Câmara de Góis
    “Foi meu vice-presidente durante seis anos. Era um homem com H grande. É uma grande perda para o concelho”

    Horácio Antunes
    Deputado do PS
    “Um homem muito digno, um socialista convicto e um autarca que dignificou o PS e muito lutou para contribuir para o desenvolvimento do concelho”

    Jaime Soares
    Presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares
    “Perdi um grande amigo e o concelho um grande autarca. Um homem que pautava a sua vida pelos valores e pela dignidade do exercício da função dedicada às populações”

    Diamantino Garcia
    Vice-presidente da Câmara de Góis entre 2002 e 2009
    “Foi um privilégio enorme trabalhar com ele. Queria aqui destacar a qualidade humana e a preocupação com as pessoas que sempre teve na forma como geriu o concelho”

    Victor Baptista
    Presidente da Federação
    Distrital do PS
    “Perdi um apoiante de sempre. Foi notável o esforço que ele fez para levar o segundo mandato até ao fim. Sempre com espírito de sacrifício mas, também, de serviço público. Ainda na segunda-feira estive com ele e convidou-me a ir jantar a Góis. Nunca pensei que partisse tão cedo. Era um homem simples e bom”
    in, Diario as Beiras 29/10/2010

    quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

    Faleceu José Girão Vitorino

    Sr. José Girão Vitorino, anterior Presidente da Câmara Municipal de Góis, faleceu esta madrugada em Coimbra, aos 62 anos de idade. O velório está a ser feito no salão dos Bombeiros Voluntários de Góis.
    O funeral realizar-se-á amanhã, sexta-feira dia 29 de Janeiro, às três da tarde na Igreja Matriz de Góis.

    Comitiva de Oroso visitou Góis

    Uma delegação de Oroso, da província da Corunha, na vizinha Espanha, presidida pelo alcaide D. Manuel Miras Franqueira, visitou Góis, na passada sexta-feira. Uma prresença que se integra no âmbito de geminação dos dois municípios.

    A comitiva daquela região da Galiza foi recebida pela presidente da autarquia, Lurdes Castanheira, e membros do executivo, bem como pelo presidente da Assembleia Municipal, Pereira de Carvalho, e pelo presidente da freguesia de Góis, Jorge Reis.

    Uma visita que, no entender da autarquia de Góis, perspectiva "um plano conjunto de trabalhos, que deverá envolver a OrosoArtes", iniciativa semelhante ao GoisArte, bem como outras iniciativas "que contribuirão para o desenvolvimento conjunto das áreas de maior relevância para ambos os concelhos". Por outro lado, "reaviva-se a geminação entre as duas localidades", que estão empenhadas em reforçar os seus laços estabelecendo parcerias e desenvolvendo intercâmbios em diversos sectores, "com destaque para a cultura, turismo, educação, acção social e economia".

    A comitiva fez ainda questão de visitar o ex-presidente da autarquia, Girão Vitorino, que se encontra doente, com objectivo de "agradecer todo o apoio e disponibilidade " no processo de geminação entra as duas localidades, bem como às acções que têm sido desenvolvidas. 

    in Diário de Coimbra 28/01/2010

    sábado, 23 de janeiro de 2010

    PROGRIDE entregou instrumento musical à Filarmónica de Góis

    O Projecto “Progredir em Igualdade e Cidadania” [do Programa PROGRIDE], cuja Entidade Executora é a Santa Casa da Misericórdia de Góis e a Entidade Promotora a Câmara Municipal de Góis, promoveu, no dia 8 de Janeiro do corrente ano, uma Cerimónia de Entrega de um instrumento musical à Banda Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis [AERG].
    A Cerimónia de Entrega decorreu no salão da Associação Educativa e Recreativa de Góis e contou com a presença da Dra. Maria de Lurdes Castanheira, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Góis, do Sr. José Serra, Vice – Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Góis, do Sr. Rui Sampaio, enquanto Presidente da Direcção da AERG, do Sr. Paulo Monteiro, Maestro da Banda Filarmónica, bem como com a Equipa Técnica do Projecto e demais individualidades das respectivas Entidades.
    O instrumento musical entregue foi um Saxofone alto, da marca Yamaha, que vai certamente enriquecer a panóplia de instrumentos já existentes na Banda Filarmónica da AERG.
    Esta aquisição foi possível graças à prorrogação, por mais 12 meses, do Projecto “Progredir em Igualdade e Cidadania” que criou a oportunidade de ampliar não só a sua duração, mas também as acções e o financiamento.
    O Presidente da Direcção da AERG manifestou enorme regozijo ao afirmar que, contrariamente ao que acontece com outras Bandas do País, a Banda Filarmónica de Góis tem vindo sempre a usufruir de apoios das Entidades Locais, em particular da Junta de Freguesia de Góis e Câmara Municipal de Góis.
    Pretende-se, com a entrega do Saxofone, contribuir para a formação musical, motivar o público infanto-juvenil para a sensibilidade sonora, porquanto as Bandas Filarmónicas continuam a cumprir um papel valiosíssimo ao nível da promoção cultural, sendo consideradas, por muitos, um baluarte da cultura portuguesa.
    in RCA

    quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

    Novo campo de futebol

    Se a Casa da Cultura é uma batalha praticamente ganha, Lurdes Castanheira junta-lhe outra, mais recente mas não menos complexa. Trata-se do novo campo relvado sintético de Góis, cuja candidatura foi finalmente aprovada. "É uma excelente notícia", reconhece a autarca, que no passado 14 teve a informação, da parte da Secretaria de Estado do Desporto, depois de um sem número de diligências, que o novo campo está aprovado.
    Trata-se, também, de uma candidatura do anterior executivo camarário, que chegou a provocar a indignação geral de Girão Vitorino, uma vez que viu todas as candidaturas aprovadas e os relvados sintético a "crescerem" em toda a região, à excepção de Góis. Parte dos atrasos justificam-se, uma vez que o município reestruturou a sua candidatura e, para além do relvado sintético avançou com um projecto mais envolvente, que envolve também o campo relvado, a remodelação dos balneários e a construção de uma bancada.
    "É um projecto com outra abrangência", sublinha Lurdes Castanheira, que, com entusiasmo, diz que "vamos ter um autêntico estádio em Góis".
    O projecto agora aprovado no âmbito do Programa Operacional de Valorização do Território, implica um investimento de 998 mil euros, comparticipado a 70 por cento, sendo o restante garantido pelo município.
    Lurdes Castanheira quer aplicar ao "estádio" o mesmo princípio de rigor da Casa da Cultura e, por isso, garantiu-nos que vai, na próxima reunião do executiva, a realizar no dia 26, propor o mesmo tipo de diligência, ou seja, remeter o processo ao Tribunal de Contas.

    in MCpG

    Góis - Casa da Cultura espera visto do Tribunal de Contas

    É uma obra estruturante para o concelho de Góis e ambicionada há muito. Falamos da Casa Municipal da Cultura, cuja construção deverá arrancar em breve, estando unicamente dependente do visto do Tribunal de Contas. Uma diligência que o executivo liderado por Lurdes Castanheira entende necessária, dadas as verbas envolvidas e o esforço financeiro que a obra exige.

    Em causa, de acordo com a presidente da Câmara de Góis, está um investimento na casa do milhão e setecentos mil euros (sem equipamento), que tem garantido financiamento do Programa Operacional Regional do Centro. A assinatura do contrato de financiamento foi efectuada no final do ano e representa o desfecho de uma candidatura do município, através da Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte e constitui a «efectivação material de que o projecto vai ser financiado», sublinha a presidente da autarquia.

    A Casa Municipal da Cultura «é uma obra estruturante para o concelho de Góis», sublinha Lurdes Castanheira, considerando que vem «colmatar um lacuna com mais de uma década», uma vez que «há mais de uma década que a Associação Educativa e Recreativa de Góis, a nossa banda, a escola de música e o futebol lutavam por instalações que estivessem à altura dos muitos jovens e menos jovens que servem». Lurdes Castanheira recorda que a Associação Educativa e Recreativa de Góis é a principal parceira deste projecto, uma vez que em causa estão as instalações, um velho edifício, onde há décadas funciona aquela colectividade e as diferentes valências que possui. Edifício que, de resto, vai ser demolido, para dar lugar a um novo espaço, concebido para dar resposta às necessidades actuais das colectividades e associações, mas também do concelho, uma vez que vai poder receber os mais diversos espectáculos, congresso ou seminários. Trata-se, sem dúvida, da futura “sala de visitas” de Góis, uma espaço que Lurdes Castanheira considera fundamental. «É uma obra estruturante para o concelho», enfatiza, adiantando que a sua construção, mais do que necessária, «só peca por tardia».

    A presidente da Câmara de Góis “herdou” o projecto do anterior executivo e sempre se mostrou «solidária com ele», o que não significa que, e uma vez que passou bastante tempo, Lurdes Castanheira não sinta necessidade de acautelar algumas situações. Assim, e uma vez que o projecto de arquitectura foi aprovado há dois anos, «numa postura pró-activa e preventiva, pedimos um parecer externo a um arquitecto, no sentido de validar tudo o que foi feito e ver se está de acordo com os imperativos legais de uma obra pública», refere, admitindo que possa ter havido alterações às quais importa dar a resposta, evitando quaisquer desajustamentos.

    Acompanhamento sistemático
    Mas, para além da “actualização” do projecto da Casa Municipal da Cultura, Lurdes Castanheira quer também «que a obra tenha um acompanhamento sistemático», de forma a evitar o mais possível situações de «trabalhos a mais», por exemplo. Aliás, este acompanhamento e fiscalização da obra é um princípio de gestão que Lurdes Castanheira vai imprimir ao seu executivo, em nome do bom andamento da obra, mas também de uma boa aplicação das verbas. Recorda, a propósito, que para além do financiamento do Programa Mais Centro, a obra envolve também verbas da Câmara de Góis, que obrigaram a recorrer à contracção de um empréstimo junto da banca. «Temos uma responsabilidade acrescida na gestão dessas verbas», faz questão de referir.

    Aliás, o «rigor» com que a autarca quer pautar o seu trabalho levou-a a avançar com a proposta de remeter o processo ao Tribunal de Contas, «tendo em conta os valores envolvidos». Uma proposta que, diz com visível satisfação, colheu a unanimidade do executivo.

    Aliás, a empreitada está adjudicada (pelo executivo anterior) e a obra vai arrancar assim que o Tribunal der “luz verde”. «Penso que não vai haver qualquer problema», diz a autarca, que sublinha o investimento de um milhão e setecentos mil euros, referente apenas à construção da obra que, com equipamento, deverá rondar os dois milhões e meio de euros.

    Câmara cumpridora exige cumprimento
    A obra tem um prazo de execução de 15 meses e Lurdes Castanheira promete «atenção ao cumprimento dos prazos», uma vez que a «Câmara de Góis sempre foi muito cumpridora nos pagamentos e vai continuar a ser, mas se somos cumpridores para com os nossos prestadores de serviços, também vamos ser exigentes com aqueles com quem contratualizamos», remata.
    in Diario de Coimbra 19/01/10

    sábado, 16 de janeiro de 2010

    “Btt Serra do Açor”

    O grupo “Btt Serra do Açor” vai levar a efeito no próximo dia 7 de Março uma prova de Maratona em BTT, num trajecto em linha que decorrerá em caminhos rurais e trilhos na região de Arganil, com a extensão de 40 [meia-maratona] e 80 Kms. As inscrições, no valor de 15 euros por participante, estão abertas até ao próximo dia 1 de Março, sendo que a “Btt Serra do Açor” assegura o apoio de fornecimento de água, fruta e barras energéticas nas zonas de reabastecimento, e ainda, da placa do dorsal, Seguro de Acidentes Pessoais e Almoço de confraternização.Os interessados podem obter mais informações em www.bttserradoacor.com.
    in RCA

    sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

    Góis entre os nomeados para as 7 Maravilhas Naturais de Portugal

    Góis está entre os 323 nomeados a “7 Maravilhas Naturais de Portugal®”. Segundo o Campeão das Provincia, o centro é a região que apresenta mais candidaturas com 69 propostas.
    Fraga da Pena (Arganil), Serra do Açor (Arganil), Rio Mondego (Coimbra), Paul de Arzila (Condeixa), Falésias do Cabo Mondego (Figueira da Foz), Montes de Santa Olaia e Ferrestelo (Figueira da Foz), Meandros do Zêzere (Pampilhosa da Serra), Livraria do Mondego (Penacova), Pedra da Ferida (Penela) e Sistema Espeleológico do Dueça (Penela), estão entre as 13 nomeações do destrito de Coimbra.
    O concelho de Góis apresenta Penedos de Góis na categoria de Grandes Relevos e o Vale do Ceira na categoria de Zonas Aquàticas Não Marinhas.

    As 323 candidaturas foram apresentadas no dia 7 de Janeiro de 2010 em parceria institucional com o Ministério do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), Liga para a Protecção do Ambiente (LPN), Quercus, GEOTA e National Geographic Portugal.

    De acordo com Humberto Rosa, Secretário de estado do Ambiente, “O nosso país tem um património natural muito valioso e variado, que é frequentemente esquecido ou desvalorizado. Pô-lo em evidência através das “7 Maravilhas Naturais de Portugal®” é especialmente oportuno, no contexto do Ano Internacional da Biodiversidade em curso”.

    António Vitorino, Comissário para as “7 Maravilhas Naturais de Portugal®” acrescentou que “Consciencializar os portugueses para a preservação do meio ambiente e do património natural é o nosso grande objectivo. O primeiro passo está dado e acreditamos que a partir daqui o envolvimento das pessoas será ainda maior. Cuidar das belezas naturais do nosso país vai ser uma prioridade de todos em 2010”

    Os critérios de base para a escolha serão:
    1. Beleza e unicidade do sítio nomeado;
    2. Diversidade dos nomeados (segundo as sete categorias);
    3. Importância ecológica (per si ou o seu significado para os seres humanos);
    4. Significado histórico e cultural;
    5. Distribuição geográfica dentro do país;
    6. Estado de conservação do local;
    7. Não tenham sofrido alterações humanas por razões estéticas.

    A próxima fase do projecto consiste na criação de um painel de 77 especialistas, representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional, que de acordo com os sete critérios chegarão a uma short list de 77 locais naturais pré-finalistas. Posteriormente um painel de 21 personalidades notáveis do nosso país irá escolher as 21 Maravilhas finalistas, as quais serão apresentadas para votação pública a 7 de Março de 2010.

    Nesta lista de 21 Maravilhas finalistas terá que estar presente, no mínimo, um finalista de cada uma das sete regiões do país: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira. Desta forma, a New 7 Wonders Portugal assegura a representatividade geográfica do país.

    A votação, auditada pela PricewaterhouseCoopers, termina a 7 de Setembro de 2010 e as “7 Maravilhas Naturais de Portugal®” serão conhecidas no mesmo mês.

    Para mais informações visite:
    http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/pt/home

    quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

    Acta da Reunião Ordinária da CM de 9 de Dezembro de 2009

    Caros leitores, depois de tanto se mencionar achei pertinente deixar aqui um link para a acta da Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Góis.
    http://www.cm-gois.pt/files/1706.pdf

    segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

    Presidente da C.M. de Góis eleita para o Conselho Geral da ANMP

    A cidade de Viseu acolheu durante os dias 4 e 5 de Dezembro, o XVIII Congresso da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, sob a temática “Investir nas pessoas – Desenvolver Portugal”.
    O Município de Góis fez-se representar pela Sra. Dra. Maria de Lurdes Castanheira, Sr. Jaime Garcia e Sr. Jorge Reis, nas qualidades de Presidente da Câmara, representante da Assembleia Municipal e Junta de Freguesia de Góis, respectivamente.

    Durante o Congresso foram votados os novos representantes do Conselho Geral da ANMP, que é o seu Órgão deliberativo, com competências para, entre outras, aprovar anualmente o relatório de actividades e contas apresentadas pelo Conselho Directivo; Criar comissões especializadas permanentes ou eventuais, estabelecer a sua composição e fixar a sua competência, sob proposta do Conselho Directivo, da Mesa ou dos membros do Conselho Geral; pronunciar-se sobre quaisquer assuntos relevantes para a consolidação e o desenvolvimento do Poder Local, da descentralização administrativa e da autonomia da administração autárquica, nos termos da Constituição.


    O Município de Góis congratula-se com a eleição da Presidente da Câmara Municipal de Góis, Dra. Lurdes Castanheira, como membro efectivo do referido órgão, sendo a primeira vez, em mais de 35 anos de democracia, que um representante da Câmara Municipal de Góis ocupa tão honrosa função, assumindo um reconhecimento não só para Góis como também para a Beira Serra.
    in CM Góis, 19/1272009

    sábado, 2 de janeiro de 2010

    Aldeia recuperada graças à vontade dos habitantes

     Mêstras, um paraíso a descobrir

    A viagem da descoberta das casas de pedra e dos sonhos que podem ser os de qualquer um. A vida tem o inimitável poder de juntar, separar e voltar a juntar pessoas e histórias. Na freguesia do Cadafaz, uma aldeia conseguiu (re)nascer para não mais morrer.

    Ver. Rever. Passaram mais de 30 anos, tanto tempo. Olha-se para um lado e para o outro, dá para reconhecer. As casas continuam lá, foram-se as pessoas, não as pedras. O verde imenso que atravessa o olhar, as árvores a perder de vista. A natureza num estado quase puro. Durante anos e anos, a vida nascia, crescia e desenvolvia-se por ali, nas Mêstras. Entretanto, o número de pessoas a partir na busca de melhores oportunidades de vida cresceu. Foram-se os filhos da terra, aos poucos. Vieram também as mortes, uma após uma, e a aldeia acabou mesmo por ficar deserta. Sem ninguém, apenas pedras deixadas ao abandono. E imaginar que em tempos mais de 90 habitantes, os Fossa Lameiros, davam vida a uma terra que acabou por morrer. Mas não morreu.
    Ver. Rever. Passaram mais de 30 anos, muito tempo, Isabel Antunes ou Reinaldo Simões Alves voltam a pisar a calçada onde tantas vezes caíram quando eram crianças. Voltam as lembranças, a memória. Histórias de um passado que parece voltar, aos poucos, a um lugar onde já foi feliz.
    Aldeias perdidas algures numa montanha no centro de Portugal. O tempo também passa pelas pedras e faz estragos. Há oito anos que as Mêstras ganharam um novo impulso, vida. Vieram os homens, veio a mudança. E de repente as casas de grandes blocos de xisto, com janelas e portas em carvalho e castanho foram reabilitadas. Os trilhos continuam os mesmos, as florestas verdes escuras, salpicadas de cogumelos, também. A diferença está na cor, mais nítida, mais perfeita, mais viva. Diferença que se nota por fora e por dentro. A recuperação de muitas casas antigas – um trabalho que está longe de acabar – é uma realidade que a Liga dos Amigos das Mestras não quer ver desaparecer. Jorge Veiga Antunes não é da terra, mas não importa. Tinha a ideia, a vontade, a determinação e assim fez renascer as casas, a capela, o centro de convívio. Ele e todos os membros da liga, sobretudo com apoios do QREN. Oito anos depois a ideia – que “isto não morresse” – superou todas as dificuldades.

    Mil euros por uma casa

    Reinaldo Simões Alves foi dos tais que um dia partiu. Foi com 25 anos mas regressou com muitos mais. Não tinha ideia de voltar às Mêstras, mas a altura para a despedida final ainda não chegou. Hoje Reinaldo tem 70 anos e é com força que anda para baixo e para cima na terra que o viu crescer. Também Isabel Antunes regressou, ou melhor, vai regressando sempre que pode. Lá atrás, no tempo, está uma partida para Lisboa “aos 12 anos, quando ainda cá estava muita gente”. Ainda mais atrás estão os “caminhos feitos debaixo de chuva e ao frio para uma escola ali perto”. Memórias, histórias com passado, presente e até futuro. A família ficou, as raízes também. Agora, aos 57 anos, Isabel Antunes continua a vir, ela e o marido Jorge Veiga, que não é da terra, mas não importa.
    Aldeia abandonada? A aldeia não está deserta 365 dias por ano. De quando em quando vêem-se rostos, ouvem-se risos e brincadeiras de crianças. Pessoas que recuperaram as suas casas e que ainda vão tendo tempo para uma escapadela, um hábito que não querem perder.
    Continua a haver casas por recuperar. Habitações de pedras junto ao rio que ainda não secou. Os preços não são elevados. por mil euros, por vezes um pouco mais, pode-se comprar uma habitação em ruínas. Depois, é (re)transformá-la, como quem dá corda a um relógio, mas para trás. Jorge Veiga Antunes, Isabel Antunes e Reinaldo Simões Alves não se arrependem. E de repente tudo volta ao seu normal e o som das águas do rio volta a ser ouvido. A aldeia continua à espera. A idade fica lá na outra cidade. Os olhos continuam postos no (des)conhecido, junto ao rio, junto às casas de pedra. O relógio anuncia o nosso tempo. Paramo-lo. Imagine o verde da floresta que atravessa o olhar. Imagine as pedras que se erguem nas encostas. Consegue? 



    Nomes da terra não são esquecidos

    MUITOS ATALHOS, caminhos sinuosos, caminhos de pedra escorregadia. À primeira vista, nem vivalma. Contudo, há corações a bater e pulmões a respirar por ali, nas Mêstras. Por momentos até a calçada das ruas ganha vida, uma existência que vai muito para além do momento presente. Na pedra continuam gravados os nomes das pessoas da terra, como por exemplo de Luciano Assunção Antunes, o primeiro soldado do concelho de Góis a morrer no Ultramar, corria o ano de 1962. Toda a localidade tem electricidade e até água. Há três anos que um depósito de água, com capacidade para 30 mil litros, abastece as pessoas e dá uma "ajudinha" em caso de incêndio.

    Por Raquel Mesquita
    in Diário da Beiras, 2/01/10