sábado, 27 de novembro de 2010

"Chá" de Alvares


O Silêncio dos Inocentes e dos Bons

M artin Luther King, grande pacifista americano, defensor dos direitos humanos, lutador anti- segregação racial, acabou assassinado por segregacionistas, que num acto criminoso e de pura selvajaria, acabariam por criar um mito e uma lenda, que perdurará na memória do tempo. Hoje, choraria ao ver um dos seus na sala oval da Casa Branca, ao leme dos EUA Nas lutas anti-segregação racial da década de sessenta, do séc. XX, ficou célebre um seu discurso às massas, que dizia:
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem carácter, nem dos sem ética, o que mais preocupa é o silêncio dos bons".
A situação que se tem vivido nos últimos anos em Portugal, é de autêntico "regabofe" e "fartar vilanagem, escandaleiras, aproveitamentos ilícitos, para não dizer roubo, que é uma palavra feia; "o que mais preocupa" perante isto, é o silêncio dos inocentes e bons ante esta marginalidade. Estas imoralidades e abusos duma classe política, está já inseri da num patamar elevado de decisão do aparelho de Estado. Estes maus exemplos, acabam por se enraizar e contaminar, os seus fiéis seguidores, quais "rafeiros" sempre à espera de deitar a "luva" ao que podem. Antigamente, no tempo da outra senhora, para se poder roubar, tinha que se ter classe e prestígio. Hoje os ladrões não têm nível; a discrição e o recato, deram lugar à opulência, muito ronco e visibilidade. Já nem a roubar somos assertivos. Rouba-se ao toque de caixa e trombone.
Os "rafeiros" têm diversas cores, portanto não são incolores, não são tão pouco inodoros, porque cheiram mal à sua passagem. São isso sim, dotados de grande sentido de oportunidade; por outras palavras, são "oportunistas". Os "rafeiros" quando se instalam, são insaciáveis, anti-sociais; tudo querem para si e para os seus, ás urtigas o próximo, e o sentido de partilha. É vê-los às "cavalitas" do povo infeliz, se preciso for, "arrotando" dos excessos do banquete, de bandeira em riste, gritando palavras de ordem, raramente com convicção, tentando demonstrar a sua fidelidade, aos seus amos e senhores. É assim a vida dum "rafeiro', por vezes infeliz por não ter vontade própria, e ser obrigado a engolir sapos vivos, para com isso obter algumas vantagens, mesmo ultrapassando pela direita, os que já se encontram na" bicha", a aguardar pacientemente e com muita civilidade, a sua vez. Atropelam se for preciso, quem se lhes oponha. O poder instalado, nunca deixa um seu "rafeiro" pendurado, mesmo que nada tenha para lhe dar a fazer. Se preciso for, inventa.
Os "rafeiros" sabem que estão sujeitos à alternância no banquete; hoje uns, amanhã outros. Tanto assim, que já outros de outra cor e matiz, se perfilam no horizonte espreitando à esquina, em bicos de pés, aguardando a sua vez, e esfregando as mãos de contentes. É a repetição duma cena degradante, já muito vista.
Enquanto decorre este "bacanal o povo simples, sofre as agruras da vida, fazendo das tripas coração para ultrapassar certas dificuldades. É aqui que entra o silêncio dos inocentes e dos bons, que orientados por boas práticas de cidadania continuam a colaborar nesta "ópera bufa". Os problemas começam a ser muito grandes e o povo começa a acordar. A "sopa do Sidónio" e do "Barroso" espera-os. Contudo, os senhores que se tornaram donos do país por roubo, continuam a ir ao "Tavares Rico", e os seus rafeiros, pelo menos, com disponibilidades para irem ao "João do grão". Guerra Junqueiro, em 1896, escreveu estas palavras que para nosso infortúnio, são bem actuais:
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que já nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas."
É altura do povo simples, bom e com ética, se levantar e fazer ouvir a sua revolta, e mais do que nunca atentar nas palavras sábias de Martin Luther Kíng, e Guerra Junqueiro, tendo presente que tem uma arma poderosa na mão: o voto, que cumprindo cada um o seu dever de cidadania, pcder-se-á dar uma lição a esta seita, que se aparenta com escumalha e marginalidade.
VALDEMAR F TOMÉ
valdemarftome@hotmail.com
in Jornal de Arganil, 25/11/2010

22 comentários:

  1. O tipo que escreveu o texto esqueceu-se de um pequeno pormenor: os vampiros são eleitos pelo povo. Ora se é o povo que elege quem o rouba e suga o sangue, esse povo é estúpido e imbecil, logo merece tudo o que de mal lhe possa acontecer.
    No caso de Góis, entre os eleitos e a oposição, ambos tinham os caninos afiados. Por mim, prefiro que seja uma senhora geitosa a morder-me no pescoço que um tipo feioso a cheirar a vinho.

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  2. Olha que não é "Chá" que escreve; é "Chã", seu parvalhão! CBS

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  3. Este Valdemar Tomé anda perdido por Alvares. Com a sua grande sabedoria política ainda vai parar a deputado da Nação! Vai atrasado aís uns 40 anos, mas sempre é melhor tarde que nunca!...

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  4. ó nunes, vai marrar com o comboio da linha da Lousã, seu monte de esterco.

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  5. Ó pá, essa do comboio era uma boa "aposta", mas não pode! Estes súcias tiraram de lá as "motoras", roubaram e venderam os carris e agora nem para "marrar" há em quê!...
    Se não fose trágico esta era a anedota do século!...

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  6. Para anedota... arranja outra, que esta não serve! Não tem miolo! UJC

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  7. Eu sei ó Nunes, eu sei! O que tu queres é marrar! Mas olha, em vez disso, escolhe uma linha onde ainda passem combóios e põe lá o pescoço! Imediatamente antes da passagem do combóio, claro, senão não faz efeito!...

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  8. Devolvo-te o conselho, pá! Já agora, espera pelo TGV: sempre é mais rápido! UJC

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  9. Alguém que me explique o porquê do "chá de Alvares"...
    E já agora...O rafeiro tem nome?...

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  10. Eh pá não sabes o que é chá?!! Não é o chá-chá-chá, isso é uma dança! Nem àgua de pau de marmeleiro com folhas dentro! É chá, daquele dos ingleses às cinco, embora a tradição mesmo em terras de Sua Majestade já não é o que era...
    É daquele chá, tipo carrascão que o vice tem bebido com fartura desde que para cá veio, de tal maneira que ontem foi parar aos HUC, parece que com um enfarte!...
    Bem talvez não seja só isso, também se emborcam uns bagacinhos, umas amarelas e tal...
    Ou então foi do stress de aturar a presidenta, que aquilo é um mulherão de muito consumo... psicológico. Põe tudo a andar à roda!...
    Seja como for, desejo-lhe uma boa recuperação, que não temos cá mais ninguém para abanar a cabeça à senhorita como ele!...

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  11. Com um bom chá de marmeleiro precisavas tu, ó pá, mas era pelas costas abaixo, até aprenderes que não se escreve "chá", mas "Chã", quando se trata de escrever o nome da terra, seu parvalhão! CBS

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  12. Expliquem-me uma coisa:
    A presidenta tem que andar com motorista por Coimbra?
    Deve ser para mostrar às camaradas que Góis é mesmo uma quinta deles, como dizia o mestre dela.

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  13. Há parvalhões que borram a escrita, e porfim pedem desculpa!!!...

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  14. Ainda bem que o motorista também o faz em Coimbra senão passa a vida a fumar cigarradas na rua encostado a uma esquina.

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  15. A Sra. até sabe conduzir. O problema são os saltos altos, que não os larga. Há quem diga que até dorme com eles (os saltos, nada de más interpretações.

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  16. Ó Nunes/CBS és o maior parvalhão à face da terra. Mas quem é que te disse que o autor do artigo quiz escrever "Chã"! É evidente que escreveu "chá"! E fê-lo por motivos de ironia crítica, com o intuito característico daquela expressão popular de "dar um chá a alguém"! Ou seja dar um recado, fazer uma crítica indirecta, dissimulada! Só que tu és burro até a andar, por isso não entendes...

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  17. Dormir de saltos! Ui, mas que bem! Temos por aqui gente com senso de humor artistico e sensual. Ora imaginem...Hummmmmmmm....

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  18. Essa do "chá"... é boa para contares aos parvalhões da tua freguesia, ó pá! Aprende mas é a escrever português correctamente e deixã-te de ironias, pois não tens "saltos altos" para isso. Não passas de um rasteiro... filho da puta! CBS

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  19. Ó Nunes tu és mesmo um grande e corajoso tipo! Atrás do teclado és o maior... Até um dia o monitor te explodir nesse focinho de porco mal cheiroso... Vai cantando, que entretanto o pio acaba-se...

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  20. A "Goislandia" é que vos há-de enrabar a todos, seus malandrins! UJC

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  21. Claro, claro! A começar por ti! O que não é propriamente mau, porque tu até gostas!...

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