O Governo anunciou, ontem na Lousã, uma mudança de paradigma no combate à doença do pinheiro-bravo defendendo uma responsabilidade partilhada.
Na apresentação do programa de acção nacional para o controlo do nemátodo do pinheiro, doença que fustiga a população de pinheiro bravo, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro reuniu com os deputados da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, no Centro de Operações e Técnicas Florestais na Lousã.
Optimista, o secretário de Estado mostrou-se confiante nas medidas tomadas até agora e afirmou que a evolução da doença está controlada, defendendo uma «mudança de paradigma», através da adopção de estratégias direccionadas para a gestão activa da floresta, não só no que concerne ao nemátodo, mas também a outros agentes bióticos nocivos para a flora portuguesa.
«O combate ao nemátodo tem de ser uma responsabilidade partilhada entre o Estado, os proprietários e os produtores. A sua erradicação depende do esforço de todos», referiu.
Também nesse sentido, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou um novo decreto-lei, «que está neste momento a ser preparado» e que propiciará a gestão activa das florestas. «Achamos extremamente importante que haja medidas legislativas que facilitem a gestão activa da floresta, que permitam que os produtores florestais e todos os agentes do sector sejam ao mesmo tempo responsabilizados e responsáveis na actuação de um problema que é de todos, não é só do Governo», acrescentou Rui Barreiro.
Questionado pelos jornalistas acerca das dificuldades impostas nas candidaturas ao PRODER, o secretário de Estado garantiu que têm sido tomadas medidas para agilizar e simplificar as candidaturas a este apoio comunitário por parte dos proprietários e produtores agrícolas, assegurando ainda, que os protocolos celebrados até aqui com as entidades florestais vão ser mantidos.
Pedro Soares, presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, do Bloco de Esquerda, mostrou-se bem menos confiante. Afirmando estar «muito preocupado com a situação», alertou para «o atraso de dez anos no início da batalha» e sublinhou a importância de investir na investigação e não só.
«É preciso reordenar a floresta, nomeadamente na criação de entidades como as zonas de intervenção florestal que agreguem as pequenas propriedades e que permitam que os proprietários possam também ser capazes de combater a doença», afirmou, acrescentando que é necessário também, «reforçar o controlo da circulação de madeira no país, proveniente de outros países comunitários».
Optimista, o secretário de Estado mostrou-se confiante nas medidas tomadas até agora e afirmou que a evolução da doença está controlada, defendendo uma «mudança de paradigma», através da adopção de estratégias direccionadas para a gestão activa da floresta, não só no que concerne ao nemátodo, mas também a outros agentes bióticos nocivos para a flora portuguesa.
«O combate ao nemátodo tem de ser uma responsabilidade partilhada entre o Estado, os proprietários e os produtores. A sua erradicação depende do esforço de todos», referiu.
Também nesse sentido, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou um novo decreto-lei, «que está neste momento a ser preparado» e que propiciará a gestão activa das florestas. «Achamos extremamente importante que haja medidas legislativas que facilitem a gestão activa da floresta, que permitam que os produtores florestais e todos os agentes do sector sejam ao mesmo tempo responsabilizados e responsáveis na actuação de um problema que é de todos, não é só do Governo», acrescentou Rui Barreiro.
Questionado pelos jornalistas acerca das dificuldades impostas nas candidaturas ao PRODER, o secretário de Estado garantiu que têm sido tomadas medidas para agilizar e simplificar as candidaturas a este apoio comunitário por parte dos proprietários e produtores agrícolas, assegurando ainda, que os protocolos celebrados até aqui com as entidades florestais vão ser mantidos.
Pedro Soares, presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, do Bloco de Esquerda, mostrou-se bem menos confiante. Afirmando estar «muito preocupado com a situação», alertou para «o atraso de dez anos no início da batalha» e sublinhou a importância de investir na investigação e não só.
«É preciso reordenar a floresta, nomeadamente na criação de entidades como as zonas de intervenção florestal que agreguem as pequenas propriedades e que permitam que os proprietários possam também ser capazes de combater a doença», afirmou, acrescentando que é necessário também, «reforçar o controlo da circulação de madeira no país, proveniente de outros países comunitários».
Reforçar medidas
de combate
No que concerne ao programa de acção, remete para a intensificação da prospecção e amostragem, bem como para a gestão activa das árvores em declínio (risco de ser afectadas). A erradicação do nemátodo do pinheiro em pontos isolados e o tratamento dos produtos e subprodutos de madeira (através de fumigação, tratamento térmico e destruição dos sobrantes através de queima ou estilha) são outras estratégias apontadas.de combate
A sensibilização de proprietários e produtores florestais, bem como de operadores económicos e até mesmo do público em geral é outro investimento deste programa que pretende continuar a apostar na investigação da doença.
A fiscalização e o controlo vão ser reforçados através da cooperação das várias entidades intervenientes, nomeadamente a Autoridade Florestal Nacional, a GNR e a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
O nemátodo do pinheiro é um verme microscópico, que se propaga através de um insecto vector entre os meses de Abril a Outubro, enfraquecendo e originando a morte das árvores afectadas. O primeiro foco da doença em Portugal foi detectado em Setúbal, em 1999, e em Abril de 2008, foram encontrados novos focos da doença em pinhais da Lousã e Arganil, alastrando a outros concelhos da região.
AFN cria zona de contenção
na Serra do Buçaco
na Serra do Buçaco
A Autoridade Florestal Nacional (AFN) divulgou hoje que em todo o país foram prospectadas 604 mil árvores, tendo sido abatidas 400 mil, 229 mil na região Centro, que concentra 60 por cento da mancha de pinheiro bravo existente em Portugal e é actualmente, segundo a AFN, a região mais crítica no que se reporta a esta doença fitossanitária.
Na visita técnica ao perímetro florestal da Serra do Buçaco, em Penacova, a comitiva do Governo observou de perto as intervenções, que estão actualmente a decorrer, no sentido de prevenir a propagação da doença. Com esse objectivo, estão a ser abatidas todas as árvores numa faixa de contenção, de cerca de um quilómetro, no sentido de evitar a transmissão da doença pelo insecto vector nas árvores saudáveis, uma vez que este tem uma capacidade de voo de cerca de um quilómetro e meio.
«Neste momento a região Centro do país é o caso mais grave a nível nacional», referiu José Manuel Rodrigues, chefe da divisão de Sanidade Florestal da AFN. Apesar disso, o técnico mostrou-se confiante e explicou que o facto de terem aparecido novos focos na região Centro «não é claro que seja uma expansão da doença, o que se tem feito é uma maior monitorização, prospecção e amostragem de árvores pelo que foram detectados novos focos, fora da anterior zona de restrição».
in Diario de Coimbra 17/03/10
Não há nada para dizer sôbre este assunto? No concelho não houve ou ainda há arvoredo contaminado?
ResponderEliminarNão, até isso nos passa ao lado.
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