quinta-feira, 11 de março de 2010

Góis – Presidente da câmara envolvida em processo judicial

“Não viciámos qualquer documento, conforme é dito”

Lurdes Castanheira está envolvida num processo de alegada utilização de fundos comunitários, enquanto dirigente associativa. Factos já confirmados pelo TIC.

“Não foi nenhuma surpresa porque achei que desde o princípio que estava mais do que formatada a decisão”, declarou à Agência Lusa Maria de Lurdes Castanheira, afirmando que apenas requereu a abertura de instrução por ser “uma figura possível do direito”, tal com outros da dezena de acusados.

Na passada terça feira, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra emitiu o despacho de pronúncia sobre um processo envolvendo, dirigentes e autarcas, relacionado com a aquisição de uma parcela da Quinta do Baião pela Adiber – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, à Câmara Municipal de Góis, para aí desenvolver um projecto agro turístico. Segundo Lurdes Castanheira uma formalidade não foi cumprida, que foi a escritura do imóvel em tempo útil, devido a um problema registral, que era do conhecimento dos gestores do programa comunitário, e não impediu a transferência do financiamento, sete meses após a sua aprovação. A propriedade onde foi adquirida a parcela à câmara tinha sido objecto de “um destaque”, um acto registral que se pode efectuar apenas de dez em dez anos, o que apenas viabilizava a escritura em nome da associação em 2004.

Girão Vitorino, vice-presidente de José Cabeças em 1999, tenho lhe sucedido quando este assumiu as funções de responsável da ARS de Coimbra, procede a um novo destaque, mas protela a escritura ao longo de três anos, o que só acontece em 2007, quando a situação é detectada numa inspecção à autarquia. “O município de Góis à data só precisava de dizer faço, ou não faço, a escritura, em 2004. Nada disto hoje estava a acontecer se efectivamente tivesse havido uma vontade manifesta para formalizar a escritura, porque o dinheiro existiu sempre”, sustenta Lurdes Castanheira José Cabeças, também presidente da Adiber, no termo das funções na ARS tenta recandidatar-se à câmara, provocando uma cisão no PS, mas é Girão Vitorino, recentemente falecido, que se mantém até às últimas autárquicas, sucedendo-lhe Lurdes Castanheira, também socialista.
Participação económica em negócio, desvio de subsídio para fim diferente para o qual foi atribuído são outras acusações. Para Lurdes Castanheira, a acusação “é demasiado forte” mas “não viciámos qualquer documento, conforme é dito”, afirmou, rejeitando também outras acusações como a de recebimento indevido de um subsídio.

Outros
acusados

Maria de Lurdes Castanheira era na altura secretária da direcção da ADIBER, mas entre os acusados encontram-se ainda os membros do executivo municipal que em Dezembro de 1999 deliberou a venda do prédio, entre eles os antigos presidentes Girão Vitorino e José Cabeças. Nuno Jordão, então Presidente da Comissão Nacional de Gestão do Programa LEADER II, é outro dos acusados. A venda da parcela da quinta efectuou-se por 250 mil euros, e a Adiber obteve 75 por cento desse valor do programa Líder II, e fundamentou a sua candidatura a esses fundos comunitários com as deliberações da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Góis.
in Diário as beiras 12/03/10

12 comentários:

  1. É só mentiras. A história do destaque é treta, porque o que aconteceu é que a Adiber não tinha o dinheiro para dar à Câmara. Queriam o terreno de borla, ou como contrapartida de uns projectos que o Girão nunca aceitou. E só compraram quando se soube da história e foram fiscalizados pela PJ. Aí foram a correr ao banco fazer um empréstimo para comprar a quinta. Empréstimo que agora têm que pagar porque a garantia foi dada pela direcção, incluindo a actual presidente. É por isso que ela quer devolver a quinta à Adiber, porque senão lá se vão dez mil contos... a cada um.

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  2. É curioso ela atacar a Câmara quando, à data, era vereadora. Já se esqueceu? Parece-me que estas posições só agravam a sua situação perante a justiça. Estarei enganado?

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  3. De facto assim é. Quanto mais fala mais se enterra... Aliás ela nunca tem culpa, são sempre os outros... Não sei se já repararam...

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  4. Já repararam como na entrevista as Beiras é só o sr Girão que ela culpa!
    Não tem vergonha nenhuma!
    Agora que ele não está cá é facil carregar para o lado dele!
    Podia não ter dito nada para o jornal por respeito á familia,mas não,sem escrupulos e respeito acusa-o!

    E a vergonha na cara da sra presidente onde é que está?!

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  5. As coisas não têm que ser silenciadas simplesmente por respeito a este ou aquele. Se fez, fez. Esse argumento é um tanto ou quanto vazio.
    Que a verdade venha à tona!

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  6. A dr.Lurdes dá baile aos de Gois.
    Gois são Portugues Suave
    Tomem lá esta e vão se curar.

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  7. Então o que é que nós queremos? Que ela se afaste? Se calhar, até tudo estar resolvido...

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  8. Pois as coisa não teem que ser silenciadas por respeito a este ou aquele,mas também não tem que se dizer mentiras sobre quem não se pode defender!
    Ou foram acusados por o Sr Girão ter falecido!

    E é-me indiferente que ela vá ou fique.
    Muitos de nós achamos é que quem tem destes processos pendentes,não devia poder candidatar-se!
    Ou não havia outras pessoas???
    No fim de resolver os seus problemas com a justiça,aí sim estavam livres para se candidatarem(mas todos e não especialmente em Góis)

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  9. Quem ainda vai pagar é o morto.
    Isto parece uma peça de teatro.
    O PS de Gois é PORTUGUES SUAVE e PSD IDEM.
    Deviam estar todos em Custóias - Porto

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  10. áte prova em contrario todos são inocentes, mas onde a fumo a fogo.

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  11. Os jornais falam dra.Lurdes e Miguel Ventura
    O PADRINHO dr.Cabeças onde ele anda ?

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  12. Tão ladrão é aquele que vai à vinha, como aquele que fica ao portão!

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