terça-feira, 2 de março de 2010

A Casa Goiense e o seu Desígnio

Adriano Pacheco
Ainda estão bem presentes os ecos efusivos da numerosa assistência que esteve presente no almoço do quinquagésimo quinto aniversário da Casa do Concelho de Góis, a qual acolheu no seu seio, para cima de cem pessoas, unidas num desejo comum de celebrar esta efeméride, carregada de simbolismo e de calor humano, que unifica o povo da Beira Serra e a todos contagiou.

Sendo assim e não obstante os sinais preocupantes de falta de rejuvenescimento dos seus dirigentes, como se pode explicar esta presença maciça de quem persiste
em reavivar a alma do povo beirão e do sentimento regionalista que não se fica nem se esgota na festinha da sua aldeia? Como explicar este reacender da chama regionalista goiense quando muitas vozes já entoaram e lhe endereçaram os pêsames e decretaram o prematuro luto? Também nós temos dúvidas, muitas dúvidas, mas caminho é persistir, persistir.

Todos seremos unânimes em reconhecer que há um grande défice de sangue novo no regionalismo, movimento que vive de entrega, empenhamento e sobretudo da paixão que à todos nos toca e nos faz mexer. Do mesmo modo, reconhecerão que, os jovens não aderindo a esta causa, o regionalismo vai definhando até que por fim morrerá em morte lenta, a curto ou médio prazo. Esta corrente de opinião é consensual e tem já umas décadas de existência, os sinais mais superficiais apontam para tal conclusão sem qualquer retrocesso. Contudo"navegar é preciso".

Importa aqui lembrar algumas causas que nos conduziram a este estado de coisas, não esquecendo a culpa que cabe a cada um dos pais e dos avós, por não se terem feito acompanhar dos seus filhos nas festas regionais, deixando que as actuais e imensas solicitações dos jovens tomassem conta das suas reais potencialidades. Para nós
é ponto assente que se trata duma batalha perdida e sem ' qualquer possibilidade de recuperação. É tempo agora de se encontrarem caminhos desta era, novas saídas do
mesmo templo.

Neste momento, os sócios têm de pensar na colaboração que podem dar aos actuais corpos gerentes que já levam muitos anos de entrega à causa e ninguém se chega à frente para ajudar à renovação de quadros com gente madura, disponível mas não gasta, criar nova atitude sem desvirtuar a identidade que unifica e' areja ideias sem
descolorir as cores vivas e o empenhamento. Em suma: começar a trilhar um novo caminho. A Casa do Concelho de Góis, para lá de congregar ideias e sentimentos,
é também a casa mãe que a todos acolhe num espaço próprio, físico e simbólico que importa preservar.

Não somos cavaleiros dos fulgentes velhos tempos, mas vivemos intensamente esta fase de sobrevivência em que todos temos de dar um pouco mais de nós próprios para que esta causa viva. A Casa não é um santuário fechado a sete chaves, nem uma masmorra, ela está aberta a todos os regionalistas, nomeadamente aos goienses. Se um almoço aniversariante foi capaz de reunir à volta de cem pessoas, acreditamos que o próximo plenário do Conselho Regional, a realizar o dia 20 de Fevereiro, seja motivo suficientemente atractivo para que os goienses se interessem mais um pouco pelos problemas da sua aldeia.
Assim o esperamos.
in O Varzeense, 15/02/2010

6 comentários:

  1. Anónimo3/3/10 15:02

    Será que alguém da Casa do Concelho de Góis (este é o seu nome) se lembrou que em Góis também há goienses?
    O que já foi feito para "trazer" para a Casa do Concelho de Góis os jovens que continuam a manter o desejo de viver e trabalhar no Concelho?
    A minha opinião é que nada foi feito, nem sequer há o plano de fazer no futuro, pois em Góis nem sequer se "sabe" que a Casa existe.
    Quantas AG foram feitas no Concelho de Góis? ZERO.
    Assim, em minha opinião, não vamos lá.
    Para colher há que semear.

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  2. Anónimo3/3/10 15:26

    Esses desejos são absolutamente absurdos, quem é que lhes disse que eles podiam ter desejos desses? Ficar em Góis?! Trabalhar em Góis?!
    Para trabalhar em Góis é preciso ser de fora!

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  3. Anónimo4/3/10 03:16

    Tens razão. Agora até há um presidente de Junta que diz que santos da terra não fazem milagres. Adivinhem quem é...

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  4. Anónimo6/3/10 15:23

    Isso de"santos da porta não fazem milagres"foi na entrevista do presidenta da junta de Alvares.
    Só dele mesmo!
    Coitado!
    Não liguem,o homem tem atrofios!
    Ele de ter algum problema no cerebro!
    Tambem se assim não fosse,não se tinha metido no que se meteu,de se candidatar á junta.
    Se não consegue fazer o curso,ou as habilitações para se candidatar a chefe de enfermagem(do centro saude,que é o que queria),que é o que sabe fazer,como hade saber gerir uma junta?

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  5. Anónimo8/3/10 03:28

    No próximo dia 13 de Março ha eleições na Casa Concelhia, em Lisboa, por isso paga as quotas de 2009 e vai votar. Desta forma poderás contribuir para que as tuas "ideias" não se transformem em "idiota".

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  6. Anónimo8/3/10 03:29

    No próximo dia 13 de Março ha eleições na Casa Concelhia, em Lisboa, por isso paga as quotas de 2009 e vai votar. Desta forma poderás contribuir para que as tuas "ideias" não te transformem em "idiota".

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